Muitos astrólogos e astrólogas começaram na astrologia exatamente para tentar provar que ela não funciona, e ao aplicar astrologia, acabam provando que, além funcionar, também o faz com incrível exatidão.
Muitos praticantes e estudantes da astrologia, assombrados por presenciar inúmeros eventos e situações descritos com exatidão nos mapas astrológicos, começam a afirmar que foi Saturno que trouxe aquela restrição ou Marte aquele conflito, e por aí vai.
Mas o que realmente ocorre, até onde sabemos até o momento, é que os planetas e seus movimentos não influenciam a vida na Terra. O que acontece é que os planetas evidenciam, mostram, refletem o que acontece e quando.
Claro que, mesmo com as importantes descobertas científicas realizadas até o momento, muito ainda se desconhece do universo e da sua relação com a vida na Terra. Talvez algum dia a ciência possa trazer mais dados sobre a vida na Terra e sua relação com o cosmos, que apoiem a astrologia, mas no momento, isso não acontece. Então, afirmar que Saturno restringe seus relacionamentos, não é uma forma correta de pensar a astrologia, e ajuda a reforçar as críticas à mesma.
Os planetas, suas características e movimentos, refletem no céu o que ocorre na Terra. Essa é a forma correta de pensar astrologia. Essa visão é encontrada em diversas culturas antigas por todo o mundo. A cultura Guarani, de talvez 8 mil anos atrás, é toda baseada no firmamento, e afirma que “tudo o que está no céu está na Terra, a Terra é apenas um reflexo do céu”. No Caibalion, escrito por Hermes Trimegistro (1500 antes de cristo), “afirma uma de suas leis: o que está acima é como abaixo”.
Bem mais recente, é a ideia de sincronicidade, um conceito muito interessante descrito por Jung*, que também poderia ser aplicada com o que ocorre com a astrologia, ao evidenciar nos astros correspondências da vida na Terra.
No fundo, a grande questão que está acima de tudo o que pode ser medido e mensurado, é a conexão que existe entre tudo o que existe. Entre cada pequena ou grande expressão da vida com o todo universal. Cada ser é singular e tem uma razão importante para existir. Somos muito pequenos para compreender as dinâmicas misteriosas da vida, como o fluxo do nascer, viver e morrer. A expressão e o tempo de cada existência tem sua razão. A breve existência da gota d’água que salta da onda na beira da praia ou da vida do Sol que vai explodir luz e calor por bilhões de anos. O ar que o recém nascido inspira para chorar pela primeira vez, é o mesmo que passou por infinitas folhas de árvores, pelo plâncton alimento das baleias, e que foi o último suspiro de seu avô.
Texto Revisado
Fabrizio Ranzolin é astrólogo, escritor e professor em cursos holísticos alternativos. Membro CNA Astrologia do Brasil. Ativista ambiental na preservação da natureza. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
Avaliação: 5 | Votos: 1
Compartilhe
