O ego é o cárcere principal do qual precisamos nos libertar. Ao nos desapegarmos dele, experimentamos a verdadeira libertação. Ele nos embota de tal maneira que perdemos o contato com a realidade, vivendo hipnotizados pelas pulsões do nosso mundo interior, guiados por enredos mentais e desconectados da consciência testemunhante que repousa em nosso estado original — movidos por ilusões.
A saga de todo herói, presente nas mais variadas mitologias, simboliza essa mesma batalha: a luta contra o falso eu. É ele o inimigo representado por dragões, minotauros, medusas, magos e tantas outras figuras simbólicas. O imaginário ancestral quis nos mostrar, por meio dessas imagens, a guerra interior entre o ser essencial e o ego.
Jesus enfrentou as tentações do ego no deserto; as filhas de Mara que tentaram Buda eram representações desse mesmo falso eu. Tudo aquilo que as tradições esotéricas e místicas chamam de forças contrárias à realização espiritual nada mais é do que a resistência do ego à expansão da consciência.
Libertar-se do ego é libertar-se da ilusão — é despertar, sair do torpor desse mundo imaginário em que nos tornamos personagens de uma trama fictícia. Tentar realizá-lo por meio de conquistas, inflamentos ou polimentos nada mais é do que tentar salvar uma vida que precisa morrer (como disse Jesus).
A dor, o sofrimento, as dificuldades — enfim, todo o desconforto que enfrentamos — não são mais do que um constrangimento necessário imposto pelo Universo para que ajustemos nossa direção e empreendamos a desidentificação com esse personagem que escolhemos para representar o nosso ser.
Texto Revisado
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