ESPECIAL STUM: Complemento Divino

Recebi a sugestão de falar um pouco sobre relacionamentos, tema tão importante na vida de todos e que está sempre em primeiro plano em muitos textos do Site e nos comentários dos Blogs. Pois é... como é legal dar e receber um abraço, um afago, um carinho, um beijo, uma troca de energia legal e amorosa entre duas pessoas que se gostam, que naquele momento vibram alegria, experimentando como que um transporte para um lugar mágico e tentador. Quem nunca provou, com certeza quer vir a ter e quem já teve procura reviver a beleza deste momento de entrega e de felicidade pura, quando o tempo pára e tudo à nossa volta se torna brilhante, encantador... pode ser algo tão profundo e intenso que parece somente existirmos para isto, esquecendo o resto. O Universo nos protege e nos transforma, fazendo-nos sentir a sua respiração, a sua conspiração, a grande magia da vida...
Sim, isso é verdadeiro, desde que possamos sintonizar a Fonte diretamente, criando nossa realidade, que deveria ser baseada no amor incondicional e não mais em regras impostas de fora por entidades que somente querem que vivamos nossa vida de acordo com a cartilha deles.

Não dá para não comentar o que ocorreu durante a visita do Papa ao Brasil, quando o assunto foi bastante focado... creio que muitos tenham lido ou ouvido sobre a "ferida do divórcio", sobre a proibição do uso da camisinha, sobre as uniões de segunda categoria não abençoadas pelo sacramento do matrimônio e muito mais...
Sinto que preciso falar sobre isso com absoluta tranqüilidade, visto que casei em Roma, em Dezembro de 1973, numa Igreja católica; o padre realizou ao mesmo tempo a cerimônia religiosa e a civil e, quase no fim da cerimônia, ergueu um quadro contendo diploma e selo, um presente oferecido gentilmente por um amigo do sogro, se tratava da Benção do Papa Paulo VI ao nosso casamento.
Vivi no Brasil, durante um tempo, ainda seguindo os preceitos da religião católica que me foi presenteada por ter nascido lá numa família praticante. A religião agüentou talvez até o batizado do primeiro filho, mas o relacionamento não estava muito disposto a acompanhar aquelas regras que tínhamos concordado diante do padre... a paixão arrefeceu, as diferenças de pontos de vista fizeram o resto.
Não foi a morte que nos separou...
A não ser que tenha sido a morte do Papa, o da tal bênção! De fato, papas também morrem e, coincidências, junto com o funeral dele, enterrei também o meu matrimônio. A Itália acabava de aprovar o divórcio. Foi legal, resolvemos - contra a vontade das famílias - divorciar, algo muito pouco comum por lá.
A partir deste momento, encontrei-me assim novamente livre, ainda que sozinho, vendo que - mesmo depois de anos de relacionamento, de ter criado e educado um filho, de ter labutado com perseverança para garantir um futuro digno à prole - muito pouco sabia sobre o que é realmente dividir o ar que se respira com um outro ser humano... percebi que podia me encaixar perfeitamente, aos 35 anos, na descrição que o saudoso Eraldo Manfredi freqüentemente usava: sim, eu era mais um legítimo analfabeto emocional!

Mas senti um grande alívio quando cortei o cordão umbilical que me unia aos preceitos da igreja de Roma... a decisão do divórcio me deu automaticamente o status de excomungado, pois não mais poderia receber os sacramentos... e fiquei assim no meu habitat como uma carta fora do baralho. Os amigos casados se volatilizaram e me encontrei de repente num vácuo assustador. Por que motivo esse comportamento, se eu continuava a mesma pessoa... não me sentia em culpa, sempre tinha agido de forma digna com todos! Foi grande a decepção que sofri e creio que na ocasião eu tenha chegado ao fundo do poço, mas tudo sempre passa e, talvez pelo cordão partido se iniciou um processo incessante de transformação que a cada ciclo se torna mais e mais profundo e compensador. Vida Nova! Outros relacionamentos se deram, mais um filho está feliz no mundo, e começou o caminho do autodescobrimento, da busca da Verdade que com certeza liberta...

Não sou ninguém para dar conselhos, pois - para mim - é indispensável que cada um busque, sobretudo, dentro de si as bases, as informações, os conceitos para uma melhor convivência, de acordo com sua própria identidade e singularidade, encarando o relacionamento como uma oportunidade de exercer ainda melhor o amor incondicional, a autodescoberta, o crescimento da Alma, transformando a união numa Entidade única pela sinergia consciente das duas individualidades. Ambos na busca por soluções amorosamente criativas para todas as situações do dia-a-dia e que visem o bem-estar não somente do núcleo familiar, mas de tudo que existe, incluindo nisso todas as criaturas, de todos os reinos à nossa volta, numa fusão real com o Todo, para somar, para iluminar como o farol que guia e protege outros navegantes perdidos.

Qualquer relacionamento pode ter seu prazo de validade, sim... pode ser quando naquela união absorvemos e trocamos tudo que era necessário na nossa caminhada. Podemos ficar então amigos - virar sapo ou bruxa é horrível - mantendo a amizade e a lembrança dos bons momentos vividos juntos. E agora?
Bem, como a roda gira, estando abertos e cultivando com carinho nosso jardim, em qualquer momento - a idade nunca é obstáculo para quem sabe - de novo algo acontece e nova troca começa, ainda mais gostosa e confortante, em novo patamar, não mais exigente, mas mais iluminado e suave. Basta estarmos abertos, serenos e confiantes...
Um pedido especial: que todos consigam respeitar o Sagrado compromisso que duas almas assumem perante elas mesmas, neste mundão de Deus que é regido pelo Amor.

* Veja a seguir, nas palavras de Miriam Carvalho, o significado deste conceito:
Complemento Divino vai muito mais além do que a alma gêmea, no encontro com a alma gêmea ainda existe a presença do Ego, mas o Complemento Divino é o encontro com a SUA totalidade.
* é a luz diante do incompreensível;
* é descobrir profundamente nossa totalidade;
* é a comunhão com o Eu Superior - o Eu Divino;
* é o princípio abstrato de uma coisa inteligente;
* é a substância divina que existe em cada Ser;
* é o encontro da Alma com o Espírito;
* é o laço que une o ser e o não ser;
* é a lei do equilíbrio no poder manifestado;
* é o absoluto, a imagem do vazio e do nada;
* é a compreensão do que já transcendemos;
* é a duração do movimento do reino da natureza;
* é a percepção das energias sutis;

Deus te abençoe! Somos Todos Um. Sergio - STUM

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ARTIGOS
  • Com o coração aberto algo acontece
  • Exerça a sua espiritualidade inteligente
  • Qual é a linguagem do amor?!?
  • Em nome do Amor
  • Crise e Transformações
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  • Sinastria Astrológica

  • Você é Católico?
  • Almas gêmeas, segundo o espiristismo
  • Complementos Divinos
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  • Ninguém pertence a ninguém
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