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ESPECIAL STUM: O sentido da vida - um ponto de vista

A cada ano que passa, um ciclo se abre, inexorável e cheio de conteúdo. Em todo lugar, as festas deste período proporcionam uma grande movimentação de pessoas que procuram lazer, descanso, ir às compras na Meca do consumismo ou simplesmente voltar para o berço, o lugar de suas origens para reencontrar os familiares, aquelas pessoas que nos conhecem a fundo desde sempre, com as quais as trocas podem ser mais espaçadas e demoradas mas não menos intensas.

O primeiro contato no aeroporto de Veneza ainda é superficial e ouvimos um monte de coisas, como por exemplo, que o cabelo ficou mais ralo e ainda um pouco mais branco, lembrando-nos que durante o ano não olhamos direito para o ponteiro da balança; que o filho que ontem achávamos baixinho está quatro dedos mais alto que nós; que ficou pronta uma casa nova aqui, um apartamento trocou de dono e está em obras ali... Contam que alguns amigos ganharam orgulhosamente netos e netas, que aquela professora e aquele técnico de basquete, que tanto foram importantes em nossa juventude, voltaram para o outro plano e assim, aparentemente, a vida cursa seu rumo normal.

Mas ao chegar em casa, as coisas começam a assumir seu verdadeiro peso, percebe-se que a atmosfera estava bem diferente das outras vezes, bastante tensa e angustiante.
Um fêmur quebrado - da pessoa que nos deu a vida - tinha alterado totalmente a rotina dos quatro filhos e agregados, incluindo noras, netos e bisnetos. A outrora fortíssima genitora de 91 anos precisava de ajuda permanente. Bruscamente sua vitalidade tinha desaparecido, seus movimentos estavam gravemente prejudicados; sua mente encontrava-se por vezes confusa e perdida entre acontecimentos recentes e remotos, exigindo muito cuidado e alguma capacitação por parte de quem estava se revezando ao lado dela.
Descobri de uma hora para outra este lado, aparentemente cruel da existência, quando os papéis dentro da família se invertem e passamos a tomar conta de quem cuidou de nós durante tantos anos, mas que agora acha difícil - ou impossível - aceitar que um filho ou uma nora troque suas fraldas e suas roupas e prepare seu alimento. Havia bastante desconforto, cansaço e tristeza. Uma situação aparentemente muito complicada.
Na verdade, apresentava-se a todos somente um infinito exercício de amor.

Abria-se um período em que cada membro da família recebia uma chance fabulosa de se harmonizar com os outros, um sentimento de perceber-se honrado e abençoado por poder contribuir, aprender, participar de algo tão importante. Bom para doar-se, buscando em cada atitude a paz, a serenidade, a divindade do outro ser e, por fim, a imensa realização do dever cumprido e mais: identificando-se, espelhando-se na outra pessoa, pois ela e nós somos um só. A separação nunca existiu, somente não sabíamos nada sobre esse pequeno detalhe.

É claro que existe um problema real, prático, que exige soluções bem convencionais, mas, ao olharmos com os olhos do espírito, tudo fica mais leve e suportável, mesmo precisando cuidar dela sozinho na noite do último dia do ano - quando os fogos a acordaram e assustaram. No primeiro dia de 2008 aconteceu algo esplêndido, um sinal belíssimo do Universo que me iluminou e confortou. Ian, o filho querido que me acompanhou à Itália, tinha saído com as primas e o tio para visitar uma antiga casa de campanha nas proximidades, num dia frio e ensolarado. Mas a casa encontrava-se fechada à visitação... um pouco desapontado, Ian tirou umas fotos da parte externa e ao retornar me mostrou.


Era a mensagem de que precisava, que explicava tudo.
A velha e hospitaleira casa que tanta beleza espalhou e tantas histórias tinha a contar, representava minha mãe. Estava temporariamente fechada, mas somente até que a gente percebesse que - pelo que no portão era recomendado, simplesmente bastava usar a chave do amor.
Emocionei-me então e agora também ao lembrar.
De fato, tratava-se de algo familiar que faz muito tempo o Site está passando a Você nas palavras da Rubia e do Jens. A antiga sabedoria Kahuna, que cura a Alma e o corpo e que nos sugere utilizar - na prática - aquelas mesmas palavras entalhadas numa placa em formato de coração, num portão de ferro batido, enferrujado pela ação do tempo e dos elementos:

A vida é simples e tudo, tudo, tudo mesmo faz sentido. Basta olharmos para ela com os olhos do coração, abrindo-o como se faz com uma janela num dia de sol. A vida se mostra em toda sua força quando amamos. Quando nos amamos, quando damos um afago, um carinho, um abraço, um beijo, um toque suave ou um sorriso espontâneo. Às vezes basta um leve aceno com a cabeça para um aparente desconhecido, ou buscar um pensamento de unidade, de pertencermos, de termos aqui muito amor para doar, agora mesmo, neste instante, onde V. estiver, seja o que for que estiver fazendo. Basta enviar um pensamento de amor verdadeiro para alguém distante, V. sabe que chegará lá. Poderá ser um beijo soprado na palma de sua mão para alguém que precise ou, último, mas não menos importante, levantar a cabeça, olhar pra cima com aquele sentimento bem profundo de agradecimento a quem bolou isso tudo aqui na Terra, mesmo sabendo que na realidade este Ser/Energia cósmica mora bem dentro de nosso peito.

Sejamos abençoados. Somos Todos UM! Sergio - STUM

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Leia a seguir textos em sintonia com este especial.
ARTIGOS
  • Coincidência
  • A prisão do apego
  • Colhendo os frutos do Ho´oponopono
  • Ho´oponopono... um caminho de Luz
  • No infinito de dentro, a sabedoria do eterno

  • Luz
  • Amar Incondicionalmente é uma arte
  • Amor incondicional e o desapego
  • Psicologia espiritual
  • Resolver conflitos
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