Lennon: podemos imaginar a emoção deste reencontro?

Lennon: podemos imaginar a emoção deste reencontro?
Autor Íris Regina Fernandes Poffo - [email protected]
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Algo Além da Sepultura - Parte 2

Pelo livro “Paz, afinal” (1982) elaborado por Jason Leen, nos EUA, nós podemos conhecer as experiências do músico inglês John Lennon, após sua passagem. Lennon foi um dos quatro músicos da famosa banda The Beatles (1960 a 1970).

A infância de Lennon foi muito difícil. Nasceu na Inglaterra, durante a II Guerra Mundial, em 09.10.1940, fruto do relacionamento de sua mãe com um oficial militar, que não quis assumir a paternidade. Sem conseguir lidar com a gravidez inesperada, ela o deixou aos cuidados de seus tios quando ainda era criança. Foram se reencontrar, quando era adolescente, e dela ganhou sua primeira guitarra. Quando o relacionamento começava a se fortalecer, ela faleceu após ter sido atropelada.

Na noite de 08.12.1980, John e Yoko estavam voltando do estúdio de gravação do álbum Double Fantasy, quando ele foi baleado por um fã na frente do prédio onde moravam. Desligado do corpo físico, ele podia ver o desespero de Yoko. Tentou se comunicar com a esposa, mas ela estava em estado de choque. Essa descrição lembra uma cena do filme Ghost, exibido em 1990, com Patrick Swayze e Demi Moore nos papéis principais. O rapaz é baleado na rua durante um assalto. Ela se debruça sobre o corpo do amado, caído no chão, enquanto o ladrão fugia. Ele se desespera tentando dizer que estava vivo, mas ela não tinha condições de ouvi-lo nem de percebê-lo.

John tinha consciência de tudo o que se passava. No livro, ele descreve que sentiu uma força invisível puxando-o para longe daquela situação, mas tudo o que ele queria era ficar perto de Yoko. Viu um túnel de luz intensa, cuja descrição já havia lido a respeito. Seres de grande bondade apareceram irradiando luzes coloridas “como uma cascata de água brilhante”. Uma sensação de paz e serenidade envolveu seu coração e ele adormeceu. Essa proteção também se fez necessária para isolá-lo da crescente demanda de lamentações, emanada pelos seus entes queridos e pelos fãs, de vários países, que se revoltaram contra o ato violento e desumano que o levou tão bruscamente. 
No final do túnel, ouviu seu nome de maneira inconfundível. Era sua mãe. Podemos imaginar a emoção deste reencontro? Lembranças sobre a infância e adolescência afloraram em sua mente. Lembrou-se de Yoko e de Sean. Entristeceu-se, preocupando-se como seria a vida deles na sua ausência.
Nas primeiras semanas, ainda abalado pela forma violenta como partiu, o livro descreve que John deixava claramente transparecer a dor que sentia por estar separado da família tão amada. Também estava incomodado pela maneira com que milhares de fãs choravam sua morte. Sentia toda essa energia como algo muito desagradável. No dia 14.12.1980, Yoko realizou uma cerimônia de dez minutos de silêncio, pedindo aos fãs que se unissem em pensamento, em várias partes do mundo, em homenagem a John e em nome da paz. Isso muito o ajudou, porém semanas depois, em função das reportagens sobre o fato de que o “sonho” de ver os Beatles juntos novamente havia acabado e sobre a condenação do assassino, fazia-o sofrer novamente.

Com ajuda da sua mãe e dos seres de luz ao seu redor, esforçava-se para se libertar do que havia acontecido, e passou a observar onde estava. Era um lugar bonito, com árvores, flores, pássaros, e havia um belo rio. Júlia explicou a John que ele foi poupado da fase de “purgação” (de ir ao umbral ou purgatório), por ter se dedicado ao bem e à paz com suas canções*. Conta o livro que o processo de desligamento é mais lento e doloroso para a maioria das pessoas que deixa a vida terrena e permanece no estado da negação, ou seja, não aceita que tenha desencarnado e não acredita que continua viva (respirando, falando e andando).

Cada dia que passava, ficava mais maravilhado com a beleza e harmonia dos lugares que visitava. Encontrou amigos, familiares e músicos famosos que já haviam partido, surpreendendo-se por apresentarem-se rejuvenescidos. John foi guiado por espíritos de nível maior, para vivenciar uma série de experiências em lugares especiais, visando ajudar o processo de descoberta do seu potencial interior, de expansão da sua consciência e do seu coração, encontrando o ser divino que habita no seu interior. Um dos mestres espirituais lhe passou a seguinte orientação (p. 8):

 “a humanidade não mais deverá temer a morte! Você está sendo solicitado para ajudar as pessoas da Terra a entenderem que a morte é apenas uma ilusão. Elas precisam se libertar do medo de perecer a fim de conhecer a verdade da própria imortalidade”. *Entre suas músicas destacamos: “Give Peace a Chance”, “Imagine”, “All we need is love”, “Starting Over”, “Power to the People” e “Beautiful Boy”. A canção  “Happy Xmas” (de 1975), que passou a ser muito tocada no mês de dezembro nas rádios de vários países, inclusive no Brasil, também é denominada “The war is over”, referindo-se ao fim da Guerra do Vietan.   PAZ, AFINAL: AS EXPERIÊNCIAS PÓS-MORTE DE JOHN LENNON. Pelo espírito John Lennon. Psicografia de Jason Leen. Trad. Mauro de Campos Silva. Mithus Editora. SP/SP. 150 pp. 1982.    O livro foi publicado em 1982 nos EUA e em 2000 no Brasil.

Por Iris R. Fernandes Poffo – São Paulo/SP – outubro de 2017
Este texto foi retirado do livro: “Passagens entre mundos entrelaçados” de Iris R. F. Poffo e adaptado para a página do STUM.

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Texto Revisado



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Conteúdo desenvolvido por: Íris Regina Fernandes Poffo   
Bióloga, espiritualista, terapeuta holística e escritora.
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