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Pureza

Publicado por Maria Guida em Espiritualidade

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Muita gente me pergunta como fazer para estabelecer contato com o Ser Divino que existe dentro de si. Não existe uma resposta única para essa pergunta.

Todo ser humano pode receber, diretamente da Fonte, a orientação e a proteção de que precisa, para reconhecer e manifestar em seu dia-a-dia as qualidades divinas.
O número de caminhos que conduzem à conexão são tantos quanto o número daqueles que se propõem a alcançá-la.

Toda busca que um ser humano empreende para conectar-se com sua natureza divina, conduz inevitavelmente, mais cedo ou mais tarde, à experiência da conexão. Cada ser humano é livre para buscar alcançá-la do jeito que lhe convém. Por isso, todos os relatos que descrevem um caminho individual de autoconhecimento são diferentes em sua forma, e, ao mesmo tempo, muito semelhantes na essência.

Um de meus instrutores - talvez o mais severo deles - vem exigindo de mim, há algum tempo, compartilhar com os outros minha experiência pessoal de busca.

Ele insiste em dizer que contar aos outros como foi que consegui acessar minha Fonte Interior, pode motivar muita gente a tentar trilhar o mesmo caminho, que fatalmente acabará por se tornar diferente do meu, para se mostrar, ao final de algum tempo, o mesmo e conhecido caminho. O caminho do meio.

Aqui estou. Minha experiência com a Luz não apresenta nenhuma grande novidade. Tudo o que fiz - e enquanto me esforçava em realizar não tinha nenhuma garantia de que chegaria a algum lugar - foi, ao fim de muita resistência, reconhecer e aceitar a orientação daqueles que, com bondade e firmeza me conduziram até a margem do caminho. Dar o primeiro passo é sempre uma decisão difícil, até porque não há um primeiro passo, mas vários, sendo um a cada nova tentativa.

Sempre agradeço por ter tido muitos guias. Desde meu avô, que depois de me ensinar a ler, colocou diante dos meus olhos dois exemplares magníficos de Lin Yutang, até Sara Marriot, que encontrei em Nazaré Paulista, depois de dar muitas cabeçadas, apenas para descobrir, em um dos seus livros, um mapa do tesouro, um pequeno manual de vida, que me preparou, passo a passo, para o grande salto.

Ela me aconselhou a não ter medo, a seguir em frente, e não olhar para trás.
Ela me mostrou que nunca é tarde para ser feliz, que as quedas são inevitáveis, e que os dias foram feitos para serem vividos um a um. Ela me mostrou que a comunhão com a divindade tem que ser constantemente renovada, que é preciso trabalhar para intensificá-la, até que ela se torne contínua, até que nos tornemos nada mais do que simples expressões das divinas qualidades.

A partir da conexão, as transformações se tornam visíveis em nosso mundo.
As bênçãos, principalmente aquelas que chegam de onde menos esperamos, não deixam duvidas. A Luz jamais abandona aqueles que a ela se entregam e que por ela se deixam trabalhar.

No caminho do autodesenvolvimento, cada um tem sua pedra de tropeço.
O simples fato de decidir colocar o pé sobre a poeira da estrada, exige uma mudança de perspectiva.

O primeiro passo obriga o caminhante a deslocar sua atenção, de tudo o que é, ou representa negatividade, fixando o seu olhar - interno e externo - nas virtudes que ele um dia deseja manifestar.
Os Mestres da Grande Fraternidade Branca são unânimes em afirmar que a Pureza é a primeira virtude divina que um discípulo deve manifestar.

No começo do aprendizado cheguei a questionar essa orientação, tomando-a como um contra-senso.

Eu dizia a mim mesma que, pela lógica, a pureza deveria ser a última das qualidades a alcançar, já que, quando iniciamos nossa jornada estamos tão impregnados de negatividade e nos sentimos tão separados do todo, que atraímos para o nosso mundo presenças e vibrações que o tornam ainda mais carregado e impuro.

Em minha ignorância, eu pensava que só à custa de muito esforço conseguiria atingir a Pureza que os Mestres apontam como base para todo o desenvolvimento espiritual.
Felizmente, meus instrutores colocaram diante de meus olhos, um livro que me ajudou a entender o que era essa pureza que os Mestres insistentemente, e desde o início, exigiam de nós.

Lendo o Bhagavad Gita entendi que não há pureza sem limpeza.

Sabemos que todo movimento no sentido de buscar qualquer tipo de conexão com a Luz deve começar pela meditação, que consiste em dedicar um breve período diário, pela manhã ou à noite, à simples atitude de permanecer sentado, com a planta dos pés pousadas sobre o chão, a coluna ereta e a atenção fixa na própria respiração.

Sabemos ainda, que, logo depois de implantado o hábito da meditação, entraremos em contato com nossa atividade mental, reconhecendo o formato, o padrão e o conteúdo dos nossos pensamentos. Esse primeiro efeito nos leva a estabelecer uma diferença entre aquilo que somos, e o que pensamos.

O hábito da meditação nos leva a reconhecer, dentro de nós, a presença de um outro eu, o observador, aquele que vê como se formam e se desenvolvem nossos pensamentos, como se eles pertencessem a uma outra pessoa.
Depois que conseguimos identificar em nós, o ser pensante, podemos, finalmente, perceber algo mais.

Lentamente, veremos emergir, dentro de nós, como um segundo discurso, a princípio lacônico e depois cada vez mais falante, forte e persuasivo, uma outra natureza. Aquela a quem Sara Marriot chamava de Minha Pequena Voz Interior, e que nada mais é do que a manifestação personalizada da Luz dentro de nós.

Mas, como ter certeza de que essa Voz é realmente uma manifestação da Luz e não a de um obsessor?
Como saber se, ao nos abrirmos para o invisível, não estaremos atraindo para nós, manifestações de seres que, ao invés de nos auxiliarem, podem retardar ainda mais nosso desenvolvimento? Como garantir que estaremos a salvo das sugestões maliciosas de seres desencarnados, que vagueiam no astral?

A primeira forma de separar o joio do trigo é tomar como regra as palavras de Jesus: “A árvore boa dá bons frutos”.
Se nossa Pequena Voz Interior nos fala de Paz e de Amor, se ela eleva o padrão dos nossos pensamentos, estimula nossos melhores sentimentos, nos sugere práticas de natureza bondosa e nos inspira sentimentos nobres como generosidade e misericórdia, sua origem só pode ser divina.

Se ela nos aconselha a calma e a disciplina, nos estimula a combater a negatividade, nos inspira um profundo respeito a tudo o que é vivo, e nos faz sentir unidos com tudo e com todos, então, podemos ter certeza de que ela é uma manifestação da Luz.
Mas esta não é a única forma, nem a mais eficaz, de nos certificarmos de que não estamos sendo abordados por assediadores e obsessores. A única forma de garantir que os resultados obtidos na meditação diária são de natureza divina é o grau de Pureza que estamos conseguindo manifestar em nosso mundo. É justamente por isso que a Pureza deve ser a primeira qualidade que devemos procurar desenvolver.

Semelhante atrai semelhante. Esta é uma das principais leis que regem o Universo. Ela funciona em qualquer planeta, em qualquer dimensão, circunstância, ou aspecto, de seres, fenômenos, ou acontecimentos.

Assim, se pensamos, sentimos falamos e agimos de forma negativa, atrairemos para nós pensamentos, sentimentos, palavras, acontecimentos, pessoas, objetos, condições e recursos que estejam em sintonia com o padrão vibratório daquilo que emitimos.

O contrário também é verdadeiro. Então, além da meditação, a outra prática diária para quem busca o contato com a Divindade é prestar atenção na qualidade daquilo que emite.
Sabemos o quanto o ser humano é suscetível às influências do meio. Então, para elevar a qualidade do que emitimos, é preciso que elevemos a qualidade vibracional daquilo que nos cerca.

A melhor maneira de garantir a pureza de um ambiente é aumentar a qualidade dos elementos que nele se encontram. Quanto mais atulhado nosso mundo estiver, com coisas, pessoas, estímulos, pensamentos e sentimentos negativos, mais dificuldade teremos de manter um padrão vibracional positivo. Não pode haver pureza onde não há limpeza. Para estabelecer conexão com a divindade é preciso limpar o ambiente em que vivemos.

Parece bobagem, mas, as práticas diárias de higiene pessoal e os cuidados com a alimentação, são parte do ritual de purificação a que deve se submeter todo seguidor da Luz.
Manter o corpo limpo, por fora e por dentro é uma das melhores maneiras de evitar assédios e obsessões.

O mesmo cuidado que temos com nosso corpo deve ser estendido ao lugar onde vivemos. Varrer o chão com freqüência, abrir as janelas para que o ar possa circular, manter limpos e em ordem roupas e objetos de uso pessoal, são fatores decisivos para o desenvolvimento espiritual.

Vocês devem estar se perguntando porque estou insistindo sobre coisas que parecem tão óbvias, mas devo lembrar a vocês que um dos primeiros sinais que um obsidiado apresenta, é justamente o desleixo, o abandono das práticas mais elementares de higiene pessoal. Assim, uma das melhores maneiras de impedir que um obsessor se aproxime, é fazer da higiene pessoal um verdadeiro escudo protetor.

Aqui faço um parêntesis para mencionar que durante todos esses anos de caminhada, observando a sombra e sendo por ela observada, descobri que para se instalar, a negatividade precisa encontrar em nosso campo, ou, em nosso mundo, um ponto qualquer, onde possa se fixar.

Ë o que chamo de “ponto de aderência”. Chamo assim, porque é a partir desse pequeno núcleo de negatividade, que a sombra vai atrair o quê, em nós, lhe é semelhante, e é nele que toda a negatividade dos ambientes que freqüentamos vai aderir, ou se prender.

Aderências são aqueles aspectos negativos de sua personalidade, que você sabe que deve combater, mas que ainda não se dispôs a enfrentar. Aderências são maus hábitos, relacionamentos ambíguos, convivência com pessoas que cultivam maus hábitos, assim como permissividade, falta de critério nas escolhas, e excessos de todas as ordens.

Uma das melhores maneiras de reduzir as aderências é simplificar a vida, eliminando tudo o que não contribui para o desenvolvimento de nosso espírito imortal.
Livre-se daquilo que não usa, faça circular a energia, passando adiante o que não lhe serve mais. Esta é uma das melhores maneiras de purificar sua vida, atraindo fartura e prosperidade.

Examine com atenção a natureza dos vínculos e compromissos que assumiu, e os motivos que levam você a se relacionar com pessoas, compartilhar recursos e defender idéias.
Habitue-se a identificar a origem de todos os seus pensamentos, sentimentos, palavras e ações, assim como os motivos que levam você a desejar ou realizar algo. Se a origem estiver na negatividade, procure encontrar uma maneira de transmutá-la para o seu correspondente positivo.

Se seus motivos forem egoístas, trabalhe sobre si mesmo para que eles se tornem cada vez mais generosos. Se um comportamento tem como origem o medo, procure desenvolver a confiança e a coragem. Se há orgulho em seus atos ou palavras, reconheça que todos somos expressões da divindade, e que, portanto, não há ninguém melhor ou pior do que você.

Ë certo que a pureza absoluta, aquela que elimina totalmente o risco de um assédio, dificilmente será alcançada. Entretanto, ela deve ser buscada, porque só num mundo puro, uma conexão verdadeira poderá se estabelecer e se manter.
Ë certo também que quanto mais puro for o mundo do buscador, mais intensa e freqüente será sua conexão com a Luz.

Mais certo ainda é que quanto mais intensa e freqüente for a conexão, mais fácil se torna identificar e eliminar as aderências.
Assim, a expressão - Orai e vigiai - utilizada um dia por Jesus Cristo para orientar os seus discípulos, faz muito mais sentido hoje, e pode ser substituída por “Meditai e purificai”.

Só meditando poderemos aumentar nossa capacidade de conexão. Só purificando nosso mundo poderemos garantir que esta conexão seja uma autêntica manifestação da Luz. Só aumentando a qualidade da conexão é possível sustentar, sem grande esforço, um padrão de pureza permanente em nossa vida. E só um padrão permanente de pureza em nossa vida abre caminho para que todas as qualidades divinas se manifestem através de nós em toda a sua plenitude.

E, quando finalmente nos transformarmos em manifestações da divindade em tudo o que fizermos, já não teremos nenhuma dúvida de que somos todos um.


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Sobre o autor
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Maria Guida é
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