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Características da Consciência

Atualizado dia 12/1/2007 2:48:01 AM em Autoconhecimento
por Marcos Spagnuolo Souza


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Consciência Sincrônica

Goswami (2007) salienta que uma das características da consciência é a sincronicidade, isto é, todas as consciências possuem percepções dos quadros mentais de cada consciência. A sincronicidade ocorre simultaneamente, independente do tempo e do espaço, ou seja, numa velocidade superior à da energia eletromagnética. A sincronicidade exige a não-localidade da consciência. A conexão entre as consciências ocorre no domínio transcendente da realidade, no aspecto ontológico. Com a conexão não local somos forçados a conceituar um domínio de realidade fora do espaço-tempo porque uma conexão local não pode nele ocorrer.

Consciência Ilimitada

A física clássica aceita três dimensões, sendo elas: comprimento, largura, altura (profundidade). Os cientistas que trabalham com a teoria das supercordas delinearam a existência de onze dimensões espaciais. Nós não conseguimos ver as outras dimensões justamente porque nossa consciência é prisioneira das três dimensões e não estamos aptos para avançarmos além do realismo elaborado pelo cérebro, pois a nossa aparelhagem sensitiva captura apenas as três dimensões com as quais estamos acostumados. Tudo o que conhecemos e conseguimos enxergar acontece apenas nas três dimensões, pois a nossa rede neuronial formada pela nossa consciência está apta apenas para vivenciar uma existência tridimensional. Para facilitar o entendimento podemos dizer que as onze dimensões seriam o “pão de forma” cortado em onze fatias e vemos apenas as três primeiras fatias, sendo que as outras não são percebidas. O ter consciência das outras dimensões é necessário para libertar a consciência de inúmeros bloqueios e fazermos o salto para fora do realismo. A consciência, eliminando os bloqueios tridimensionais, pode ampliar seu próprio nível de consciência para todas as dimensões.

Consciências Entrelaçadas

Todas as consciências estão no nível metafísico e todas elas estão entrelaçadas surgindo a possibilidade de uma consciência localizada em uma terceira dimensão ter consciência de todas as dimensões e mesmo ter consciência de todo o cósmico. A hierarquia entrelaçada das consciências parte do pressuposto de que não existe uma hierarquia horizontal ou vertical entre as consciências e sim uma hierarquia entrelaçada predominando a cooperação entre elas. A autoconsciência é justamente a Consciência Humana ter experiência dos entrelaçamentos existentes no campo unificado. A Consciência Humana deve operar fora do sistema cérebro-mente vivenciando a hierarquia entrelaçada. (GOSWAMI, 2007)

Consciência Onipresente

Conforme aumenta a velocidade a massa aumenta, o tempo passa mais lento e o comprimento diminui, ou seja, passa a existir a contração do espaço. Quando se aproxima da velocidade máxima, todas as leis e conceitos básicos (do que sejam massa, energia, tempo e espaço) desaparecem no ponto de singularidade. No ponto de singularidade o tempo pára, a massa some e o espaço deixa de existir. Além desse espaço/tempo nada é físico, nada é mensurável, é apenas sentido. A partir do ponto de singularidade, com o desaparecimento do tempo e espaço, pode-se estar em todos os lugares ao mesmo tempo, tornar-se onipresente. A partir do ponto de singularidade não existe passado e futuro e tudo se concentra no presente, pois o tempo não existe de forma linear (passado antes do presente e esse antes do futuro), mas co-existem simultaneamente. A consciência está além do ponto de singularidade. (STEPHEN, 2005)

Consciência Descontínua

Estudando os elétrons, logo se evidenciou que eles saltam (saltos quânticos) subitamente de nível energético quando recebem níveis paulatinamente crescentes de energia configurando a existência de transições descontínuas instantâneas. O mesmo ocorre com a evolução das espécies e especificamente com a consciência que atinge níveis mais elevados não de forma contínua e sim através dos saltos descontínuos, instantâneos e de forma imprevisível.

Consciência Sobrevive ao Corpo

O corpo físico é apenas uma das infinitas possibilidades da consciência. O somático é uma representação da consciência vivenciando a forma com baixa entropia. Mesmo depois da morte do corpo físico a consciência permanece e para ilustrar essa possibilidade relatamos a experiência desenvolvida por Stanislav Grof no centro de pesquisa do Maryland Psychiatric Resarch Center envolvendo Walter N. Pahnke, membro da equipe de pesquisa. “No verão de 1971, Walter foi passar as férias à beira-mar num chalé no Maine, com sua esposa Eva e seus filhos. Um dia ele foi mergulhar sozinho e não retornou do mar. Uma busca extensa e bem organizada não conseguiu encontrar seu corpo nem qualquer parte de seu equipamento de mergulho. Sob essas circunstâncias, Eva teve muita dificuldade para aceitar e trabalhar sua morte. Por ser psicóloga, ela estava qualificada para uma sessão de treinamento dirigida aos profissionais de saúde mental, oferecida por um programa especial em nosso instituto. Na segunda metade da sessão ela teve uma visão muito poderosa de Walter e estabeleceu um diálogo longo e significativo com ele, que lhe deu instruções específicas a respeito de cada um de seus três filhos e liberou-a para começar uma vida nova, livre e não presa a um senso de compromisso com sua memória. Foi uma experiência muito profunda e libertadora. No momento em que Eva questionava se todo o episódio não havia sido apenas uma criação de sua própria mente, Walter apareceu mais uma vez, com o seguinte pedido: ‘Eu esqueci uma coisa. Você poderia me fazer um favor e devolver um livro que eu peguei emprestado de um amigo meu? Ele está no meu estúdio, no sótão’. E lhe deu o nome do amigo, o nome do livro, a prateleira e a ordem seqüencial do livro na prateleira. Seguindo essas instruções Eva foi capaz de encontrar e devolver o livro, de cuja existência ela não tinha nenhum conhecimento”. (Grof, 1997, pg. 115)

“A morte é a coisa mais difícil vista de fora e enquanto nós estamos fora dela. Mas, quando estamos dentro, sentimos o gosto de sua plenitude paz e satisfação, e não queremos voltar”. A frase de Jung foi suscitada por uma experiência de quase-morte que ele teve ao sofrer um ataque cardíaco em 1944. De dentro, Jung considerou que a morte significa que a consciência se libertou dos destroços do corpo. (GOSWAMI, 2007, pg. 210)

Texto revisado por Cris

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