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Meu inimigo sou eu!

Meu inimigo sou eu!

por Paulo Tavarez
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Por que tanta crueldade consigo mesmo? Por que autoinfligir tanto sofrimento? A vida já não tem desafios suficientes? Qual é o sentido de tanta cobrança?
Se já vivemos em um terreno inóspito de vicissitudes incessantes, se temos que matar um leão todos os dias para encontrarmos segurança financeira, se precisamos estar equilibrados em sociedades cada vez mais fragmentadas e se é imperativo conquistarmos a harmonia nos relacionamentos familiares, profissionais, etc., nosso fardo já não é bastante pesado? Por que nos perseguimos com tanta voracidade?

São perguntas que precisam de um certo grau de consciência para serem respondidas. Procuramos a resposta olhando para o mundo que nos cerca, mas não há nada de errado com ele ou com as pessoas. O mundo é apenas um espelho do ser e, na verdade, em geral, é o reflexo de nossa imaturidade emocional que está sendo projetada. Existe um mundo para cada pessoa porque cada um o encara de forma distinta, cada ser humano vive dentro do ambiente que criou, lidando com as suas mazelas emocionais e com as programações desajustadas da mente. Cada pessoa traz um "software" pessoal e, na grande maioria delas, ele encontra-se desatualizado. O pior dessa história é perceber que o ser humano reluta em atualizar versões desse programa; resiste, prefere sofrer do que "largar o osso" dos valores e modelos com os quais se sente seguro.

Chega de acionarmos velhos comandos feitos com crenças que estão há muito tempo ancoradas. Esse tipo de atitude só nos faz sofrer, por isso empurramos os problemas para debaixo do tapete, não temos recursos emocionais a cognitivos à altura deles. Estejam certos que essa sujeira continuará lá embaixo. Enquanto não nos conscientizarmos, teremos que conviver em ressonância com aquilo que escondemos ou recalcamos. Os medos, os anseios, as preocupações, os remorsos, não deixarão de existir simplesmente pelo fato de não termos tido estrutura emocional para enfrentá-los. É preciso combater o bom combate e a arma mais poderosa, simplesmente um presente dos deuses, é o autoperdão!

Quem é esse juiz que está o tempo todo falando contigo, ao pé do ouvido? Simplesmente, você mesmo!

Quem é esse padre, pastor ou autoridade religiosa que lhe enche de culpas e remorsos? Ah... vai dizer que você não sabe? Então, você precisa se conhecer. É você, meu amigo.

Os complexos freudianos, junguianos, não são nada mais do que memórias turbinadas de elementos afetivos que trazemos, ou seja, experiência que guardam remanescentes de ódio, raiva, indignação, medo e assim por diante. Para ser mais claro ainda, são personagens nossos do passado que ainda não foram embora por estarem portando combustíveis emocionais. Enquanto residirem nesse condomínio do nosso inconsciente, estarão nos influenciando, quase sempre, de forma negativa.

Culpar espíritos obsessores é fácil, na verdade, é uma forma de não enfrentar o problema, é um mecanismo de fuga, faz parte do vitimismo de cada um. "Oh, meu Deus, sou um pobre coitado sofrendo com influências espirituais". Acorde! Não tem espírito nenhum do seu lado. Eles não são loucos! O problema é você. Os espíritos têm até medo de estarem ao seu lado. Você poderia até fazer mal a eles, sua energia é altamente corrosiva. Se você já faz o trabalho pesado e sujo de destruir-se, por que pensa que eles perderiam tempo contigo? Espera aí... quer dizer que não existem obsessores? Claro que sim. Não podemos negar, mas eles vão acionar e potencializar os pontos fracos que você já possui, aqueles autoconceitos negativos que foram construídos de forma deliberada; que são simplesmente fruto da avaliação distorcida do seu próprio ser. Deus quis assim, permite que eles o atormentem, é um forma de fazê-lo acordar, crescer e deixar de ser esse "coitadinho" que você insiste em preservar como o personagem sofrido do drama da própria existência (coitado literalmente é aquele que sofreu um coito).

Portanto, meu amigo, está na hora de assumir responsabilidades, é o momento de olhar para a própria sombra, não adianta fugir, lembre-se da canção genial da Pitty: "Onde quer que eu vá minha sombra está...", e estará lá mesmo, durante muito tempo, até que você resolva iluminá-la.

Para fazer a viagem de volta, reconectar-se com a própria Essência, será preciso arrumar todas essas malas, depois de arrumá-las, simplesmente, abandoná-las. É o princípio do desapego: "Aquilo que lhe serve de escândalo precisa ser extirpado". Acredite, o Reino de Deus, o Shangri-lá, a Casa do Pai, o Satori, o Nirvana, o Samadhi, enfim, qualquer que seja o nome que você queira dar à sua autorrealização, é um lugar que para ser alcançado será necessário estar nu.

Espero que você entenda a necessidade de fazer as pazes consigo, aprovar-se, compreender-se, perdoar-se, permitir-se, até conseguir as "vestes nupciais" adequadas para participar do Grande Banquete que o espera.

Texto revisado
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Atualizado em 7/8/2014

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