Há muitas situações onde a medida usada para medir o outro não é a mesma para si. Inconscientemente tendemos a ‘’ puxar a sardinha’’ para o nosso lado, esquecendo que se nós fôssemos o outro não nos sentiríamos confortáveis.
Defendem-se os afetos, já os desafetos não possuem os mesmos direitos. Quando indagados sobre o motivo de tal conduta nos justificamos. E não é a nossa justificativa sempre válida? Se outro agisse assim, aceitaríamos? A questão é que todos têm motivos para agir como agem. E são válidos, para eles, nem sempre para todos.
Esta tendência, sob meu ponto de vista, tem a ver com o instinto de sobrevivência. Ao agir assim estamos defendendo a nossa existência. É salvar o meu lado, o lado de quem está comigo. Porém, já adquirimos o Livre-Arbítrio. E podemos usá-lo!
Instinto de sobrevivência é reagir, Livre-Arbítrio é agir, pensar antes de tomar uma atitude, usar a consciência, recordar que todos possuímos os mesmos direitos. Ter em mente de que o que é certo é certo, mesmo que ninguém esteja prestando atenção, e o que é errado é errado, mesmo que muitos façam.
Quem fura uma fila, não deseja que furem a fila onde está. Quem se utiliza da influência de algum conhecido parar passar à frente dos outros, não aprova que passem na sua frente. Quem se atrasa, não suporta atrasos.
Usar a consciência para agir da forma como gostaríamos que agissem conosco, tratar o outro como desejamos ser tratados.
Se cada um “medir o outro como deseja ser medido”, teremos um mundo mais justo. Que independente do que faça o vizinho, que nós façamos a nossa parte. Talvez uma pessoa não possa mudar o mundo, mas pode começar a mudança com seu exemplo. Lembre disso!
Artigo escrito em 24/02/2016 para o Hora Certa - programa de notícias da Rádio Cacique 1510 AM /Santos, onde Mônica Turolla faz o quadro "Terapia da Felicidade", toda segunda-feira, às 11:30h. Ouça ao vivo no link ou 1510AM - Rádio Local Acesse o canal no youtube e ouça os programas gravados link