Não se engane, meu amigo, minha amiga, estamos todos andando sobre a mesma rede. Nós e tudo que pertence ao Universo, das poeiras microscópicas aos leões africanos com sua insaciável voracidade. Portanto, não se exclua das guerras e das aflições, dos partos das novas crianças, dos relacionamentos que começam e dos que acabam, do sorriso da torcida quando surge o gol.
Tudo que um sofre ou se deleita reflete em todos nós. Como disse, vivemos dançando numa gigantesca rede em que cada passo nosso faz a rede balançar. Portanto, ande mais devagar, fale com mais carinho, doe mais sua ternura ao que está perto, porque todos estamos perto.
Não maltrate os animais porque você está neles, não bata numa criança porque há uma parte dela que é sua. Não fique doente porque todos ficamos também um pouco doentes. Sorria, vamos lá, sorria, mesmo que isso custe muito e mais pareça uma mímica. A mente acredita que é um sorriso de verdade e grava o sorriso para reproduzir mais tarde. Quando você sorri, me faz sorrir... Quer ver como isso é verdade?
Apareça bem disposto no seu trabalho e sorria para todos. Fale de algo agradável que viu ou viveu. Dali a pouco vai ver. Todos estão bem dispostos sorrindo com você.
Quer outro exemplo?
Marte está por perto. Ele também está na rede. Ele é guerreiro e todos nós ficamos um pouco mais bélicos. Isto explica um pouco mais para você a lei da sincronicidade?
Vamos pensar juntos:
Havia um tempo em que a medicina e a biologia viam os seres humanos como máquinas (o coração como uma bomba, etc. e tal). A gente era vista como pedaços que não se relacionavam. Portanto, o seu mau humor não afetava o meu bom humor; exterminar os sapos não afetava o equilíbrio ecológico, jogar restos químicos na água não matava os peixes, queimar florestas não desregulava o clima e assim por diante. Para eles, partes não se comunicavam, portanto, minha dor de cabeça não tinha nada a ver com os gritos que ouvi na esquina. Isso era coisa de bruxa, de malucos, de insanos que falavam com os espíritos.
Felizmente, a nova ciência vê os seres humanos e tudo o mais como um sistema organizado que funciona como uma rede que se intercomunica.
Quer ver isso agora? Então abra a janela e observe a natureza. Olhe para o trabalho das abelhas. Já pensou o que aconteceria se elas não trabalhassem em rede?
Se você tiver um tempinho, tente saber um pouco mais sobre a mecânica quântica. Vai se surpreender como os físicos estão provando a teoria dos sistemas.
Um organismo vivo é um sistema que se autoorganiza. Os nossos ossos, por exemplo, possuem células que desgastam um excesso, repõem uma perda, enfim, um conjunto celular que trabalha 24 horas sobre 24 para permitir que nosso esqueleto esteja firme, nos levando daqui para ali sem demonstrar desgaste.
Já pensou, os seres humanos organizados em sistemas pacíficos de construção de um mundo onde tudo é para todos, orientados na melhor qualidade de vida? Não seria magnífico? Todas as ações seriam planejadas para que até a última molécula do sistema fosse beneficiada. Assim como no corpo humano onde o cérebro, por exemplo, ao ser informado que o inverno chegou, envia sinais ao restante do sistema que precisa comer mais carboidratos para armazenar gordura. Não é fantástico?
Como viu, somos um exemplo perfeito do método sistêmico. É só aplicar aqui fora a inteligência fantástica que herdamos desde sempre.
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Sobre o autor
Izabel Telles é terapeuta holística e sensitiva formada pelo American Institute for Mental Imagery de Nova Iorque. Tem três livros publicados: "O outro lado da alma", pela Axis Mundi, "Feche os olhos e veja" e "O livro das transformações" pela Editora Agora. Visite meu Instagram. Email: Visite o Site do Autor
Publicado por Izabel Telles
em Espiritualidade
