AS QUATRO RELAÇÕES – PARTE FINAL
Atualizado dia 10/23/2014 9:43:42 AM em Autoconhecimentopor Jay Reiss
A Quarta relação é a relação com Deus, como quer que você o conceba.
Sou consciente de que a palavra “Deus” é profundamente polêmica. Historicamente, guerras e jogos de dominação foram desenvolvidos em nome da “propriedade” de Deus.
Portanto, acho importante clarear algumas coisas aqui: palavras são uma tentativa de traduzir experiências e comunicar conceitos. Portanto, quando eu uso essa palavra, você busca as representações dessa palavra nas suas referências internalizadas a respeito dela. Mas, suas referências podem ser muito diferentes das minhas. E nem as suas referências e nem as minhas são a experiência em si. Isso é muito importante de ser compreendido.
A experiência “Deus” é o que os místicos chamam de transcendência.
Ao redor de pessoas que tiveram a experiência transcendente, foram construídas instituições com normas e leis próprias. O problema é que quando se tenta explicar aquilo que não é totalmente compreendido pela vivência, o conceito se torna vago ou dogmático.
Então, ciente da minha ignorância vivencial, quando eu falo “Deus” eu humildemente menciono possíveis direções de expansão e crescimento, pois na minha percepção, Deus está aí.
Penso da seguinte maneira: Tudo o que existe é parte da criação, com igual direito de existir e diferentes expressões de sua natureza.
A necessidade de explicar tudo – inclusive Deus (?!?!) destrói a visão de reverência e apreciação para com a vida. A vida é um mistério insondável e uma oportunidade de celebração e expansão, e viver é uma dádiva.
Aí, entram vários conceitos a respeito de Deus e que você tem que ser isso ou aquilo, desse ou daquele jeito…
Agora imagine o seguinte: você é um abacateiro. Um abacateiro em toda a sua exuberância. E você foi criado e vive num meio que te diz que a grande felicidade é ser uma pereira, porque peras são suculentas e sexys e abacates são escuros demais, pesados e ainda por cima tem um caroço grande…
Se você – na qualidade de abacateiro – comprou essa idéia, você iniciou um processo esquizofrênico muito doloroso.
Você realmente acha que para o Grande Mistério da Criação uma pereira é superior a um abacateiro? Eu espero sinceramente que não.
E, o que um abacateiro pode fazer para ser feliz? A resposta é simples: ser um abacateiro em todo o seu esplendor!
Autocompreensão, aceitação e totalidade são chaves aqui.
O que o mistério da criação “espera” de você? Ou melhor: o que o mistério da criação “possibilita” a você? Que você seja você mesmo em sua totalidade!!!Esse é o presente da sua existência!
Uau. Mas isso dá medo. SIM!!! Dá medo porque não tem nenhum mapa pra isso e esse é um caminho que só você pode percorrer. É você! E é a sua vida! É a sua oportunidade e o seu desafio.
É nesse ponto que a maioria prefere se encolher na multidão a correr o risco de fazer o seu próprio caminho.
Me faz lembrar uma estória contada na peça teatral “A Alma Imoral”:
“ – Por que estás tão inquieto? perguntou o discípulo ao Rabino Sússia, ao vê-lo em seus momentos finais de vida.
– Tenho medo, respondeu Sússia.
– Medo de quê, rabino?
– Medo do Tribunal Celeste
– Tu? Um homem tão piedoso, cuja vida foi exemplar? Se tu tens medo, imagine nós, cheios de defeitos e imperfeições.
Rabino Sússia, então, diz: Não temo ser inquerido por não ter sido como o profeta Moisés, não deixei um legado de seu porte. Eu posso me defender dizendo que eu não fui como Moisés porque eu não sou Moisés. Nem temo que me cobrem profecias como as de Maimônides… porque eu não sou Maimônides.
O que me apavora neste momento é que me venham indagar: Sússia, por que não foste Sússia ?”
Uma tragédia realmente.
Então…Onde está Deus? Sinto muito, mas não está nas escrituras sagradas, nem nas igrejas repetindo aquelas chatices num blá-blá-blá sem vida, e muito menos nos pastores (Deus que nos livre deles!)
Deus está na possibilidade de você vivenciar a você mesmo(a) em sua vida, em todo o seu potencial, em todo o seu esplendor. Com paixão!!
Deus está na totalidade da inocência do coração da criança, está na plenitude do erotismo do casal vivenciando o sexo apaixonadamente, ele está na entrega apaixonada do artista pela sua obra, ele está na presença do afeto genuíno e no vigor de uma amizade sincera, está no serviço feito com presença e amor.
Deus está no desejo compartilhado por todos nós de se unir a algo muito maior do que a nossa referência individual e de pertencer nessa comunhão. No nível mais elevado da consciência essa é a experiência descrita pelos mestres como Iluminação.
A relação com Deus é portanto, uma possibilidade aos corajosos que se atrevem a viver apaixonadamente.
A sua relação com Deus? Você decide.
Termino esse artigo com duas frases de Joseph Campbell que se entrelaçam profundamente no contexto:
“O privilégio de toda uma vida é ser aquele que nascemos para ser.”
“Encontre a paixão da sua vida e siga-a. Siga o caminho que não é o caminho.”
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Constelador Familiar, Facilitador de Barras de Access®, Facilitador de EFT, Instrutor de Breema Bodywork®, Master e Wizard Avatar ®, estudante contínuo de Astrologia como orientação pessoal e profissional. Trabalho com atendimentos e cursos http://terapia.net.br http://www.terapiacomjay.com.br E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
