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Neurose

Atualizado dia 6/24/2013 2:32:58 PM em Espiritualidade
por Fernando Cavalher


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O que é uma neurose?

Popularmente, quando chamamos alguém de "neurótico", estamos querendo dizer "chato" ou "problemático".

Mas, deixa eu lhe contar uma coisa: você, leitor, é neurótico. Não importa se você é homem ou mulher, negro ou branco, rico ou pobre, chato ou legal. VOCÊ É NEURÓTICO. Acostume-se com isso.

Na verdade, é bom ser neurótico. Digo isso porque, se você não fosse neurótico, seria perverso (potencialmente criminoso) ou psicótico(doido de hospício). Este é um ensinamento básico da Psicanálise, que Freud já explicou no início do século XX.

Existe um desconhecimento ENORME a respeito dos termos psicológicos, que chegaram ao grande público com significado completamente diferente. Por isso, dizer que alguém chato é neurótico - além de redundante -só faz sentido na linguagem do dia a dia.

Há muitas boas definições de "neurose"; todas certas. Mas o basicão que você precisa saber é: NEUROSE É UM COMPORTAMENTO REPETITIVO INCONSCIENTE USADO PARA ESCONDER DE SI MESMO ALGO MAIS INCONSCIENTE AINDA. Para não ficar na maluquice de discernir entre uma coisa "inconsciente" e outra"mais inconsciente ainda", vou dar exemplos. A propósito: vou dar exemplos meus, para lhe mostrar que não apenas você é neurótico, mas eu também sou.

Primeiro, um exemplo bem freudiano. Quando alguém está me paquerando na balada, eu tenho uma tendência a fazer-me de bobo. Digo "tenho uma tendência" porque esta é uma neurose que eu já tratei. Há alguns anos, não era uma "tendência", mas um comportamento inevitável. Bastava alguém me paquerar, eu fazia cara de bobo. Eu nem via o que estava fazendo. SEM PERCEBER, AUTOMATICAMENTE, eu fazia cara de bobo. Por quê? Porque dessa forma eu gerava na pessoa o desinteresse. E por que eu queria gerar desinteresse em quem estava me paquerando? Porque eu queria evitar reconhecer que eu estava com tesão.

Outro exemplo, nem tão freudiano assim. Quando eu era criança, tive alguns fenômenos mediúnicos, ou parapsicológicos. ("Parapsicológico" é um jeito científico de dizer que alguém é anormal e que sentem medo dele.) Isso assustou meus pais, assustou as pessoas próximas e, lógico, assustou-me também. Eu não tinha como viver assustado e assustando todo mundo. Então, SEM PERCEBER, AUTOMATICAMENTE, fiz o maior esforço possível, reprimi toda aquela anormalidade espiritual e tornei-me um erudito. A erudição, em mim, era um comportamento neurótico que durou até meus 21 anos e tem resquícios até hoje.

Vamos agora retomar nossa definição de neurose. NEUROSE É UM COMPORTAMENTO REPETITIVO INCONSCIENTE USADO PARA ESCONDER DE SI MESMO ALGO MAIS INCONSCIENTE AINDA.

No primeiro exemplo, o comportamento repetitivo inconsciente é "fazer cara de bobo quando alguém paquera". Esse comportamento era usado para esconder de mim mesmo algo mais inconsciente ainda: "meu tesão".

No segundo exemplo, o comportamento repetitivo inconsciente é "aumentar a erudição, a cultura". Esse comportamento era usado para esconder de mim mesmo algo mais inconsciente ainda: "minha anormalidade", os fenômenos espirituais que ocorrem comigo.

Observe que os comportamentos neuróticos não são ESCOLHAS CONSCIENTES. São atitudes que você tem SEM PERCEBER.

E os comportamentos neuróticos, por si inconscientes, servem para ESCONDER coisas mais profundas.

Se a neurose traz tanta inconsciência, porque ela existe? Para que possamos viver em sociedade. A sociedade atual perturba-se quando alguém mostra publicamente que está com tesão. Perturba-se mais ainda quando alguém diz que está vivendo fenômenos espirituais incomuns. E isso já é velho: nos evangelhos lemos que queriam apedrejar Maria Madalena, porque era uma profissional do tesão, e que mataram o Cristo, porque ele tinha a coragem de contar pra nós que vivia fortes experiências espirituais, era um anormal.

Eu me tratei e percebi que eu não precisava fazer cara de bobo, nem precisava ficar lendo um livro atrás do outro. Percebi que eu podia sentir tesão. Percebi que eu podia viver os fenômenos espirituais que acontecem comigo.

Hoje, a maior parte da sociedade acha que sou puto ou que sou louco. Ou que sou puto e louco, o que é mais estranho ainda.

Na verdade, eu sou feliz.

E você? O que está escondendo de você mesmo?

Se você pensou que não está escondendo nada, lembre-se: a neurose é inconsciente.

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