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Entre a Realização e a Desilusão

por Rodolfo Fonseca em Autoconhecimento
Atualizado em 11/09/2023 09:26:25


As Armadilhas da Realização na filosofia de Schopenhauer

A vida está repleta de desejos. Queremos coisas, pessoas, sucesso, felicidade e muito mais. Mas você já parou para pensar como esses desejos afetam nossas vidas? O filósofo Arthur Schopenhauer trouxe uma perspectiva fascinante sobre esse assunto, sugerindo que os desejos podem nos humilhar de duas maneiras básicas: negando sua realização ou permitindo que se realizem.

Negando a realização de nossos desejos

Schopenhauer argumentou que, às vezes, a vida parece conspirar contra nós. Você pode desejar algo profundamente, como um emprego dos sonhos, o amor de alguém ou uma oportunidade única. No entanto, muitas vezes, esses desejos não se realizam. É como se o universo estivesse negando nossas aspirações, e isso pode ser profundamente desanimador.

Imagine que você se esforçou muito para conquistar um prêmio, mas não o alcançou. A decepção e a tristeza que isso pode causar são exemplos da forma como nossos desejos negados podem nos humilhar. Ele sugere que essa negação constante dos desejos é uma parte inevitável da vida e pode nos fazer sentir impotentes e desencorajados.

Realizando nossos desejos

Aqui está o aspecto realmente intrigante da filosofia de Schopenhauer: ele argumenta que, às vezes, a realização de nossos desejos também pode nos humilhar. Isso pode parecer estranho à primeira vista, afinal, se conseguimos o que queríamos, deveríamos estar felizes, certo? Bem, não necessariamente.

Pense em alguém que deseja muito uma promoção no trabalho. Quando finalmente a consegue, percebe que o novo cargo demanda muito mais tempo e responsabilidade do que imaginava. Agora, essa pessoa se vê atolada de trabalho, estressada e com menos tempo para a família e os amigos. A realização do desejo trouxe consigo desafios inesperados, e isso pode ser humilhante de uma maneira diferente.

Outro paradoxo do desejo é que, muitas vezes, quando finalmente conseguimos o que desejamos, nos cansamos disso rapidamente. Isso ocorre porque o desejo é frequentemente acompanhado pela expectativa de que a realização nos proporcionará felicidade duradoura.

O Caminho do Meio

Schopenhauer não está sugerindo que devemos abandonar nossos desejos para evitar a humilhação. Em vez disso, ele nos convida a refletir sobre nossos desejos e a abordá-los com sabedoria. Em vez de perseguir desejos de forma cega, devemos considerar suas implicações e consequências.

A felicidade não é tão simples quanto parece quando está associada a um desejo. Uma vez que o desejo é realizado, a euforia inicial pode se dissipar rapidamente, deixando-nos em busca de novos desejos.

Também é importante lembrar que a felicidade não está apenas na realização dos desejos, mas também na apreciação das coisas simples da vida e na busca de um equilíbrio entre nossas aspirações e nosso bem-estar emocional.


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Rodolfo Fonseca é co-fundador do Site Somos Todos UM
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