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Muitas vezes, não é o que se fala, mas como se fala...

por Rosana Braga em Almas Gêmeas
Atualizado em 21/04/2006 12:15:59


Não foram poucas as vezes em que presenciei conversas entre casais onde tudo o que bastaria para um ‘final feliz’ seria um outro modo de se dizer as coisas... Inclusive comigo mesma, que sou uma auditiva assumida (todos nós temos uma predominância entre ser mais ‘auditivo’, mais ‘sinestésico’ ou mais ‘visual’), sei que diferentes sentimentos e percepções podem aflorar em mim dependendo da forma como cada verdade me é dita e, claro (!), com que maturidade eu me disponho a interpretá-las!

Quanto às verdades – penso que devemos, antes, ponderar sobre duas questões. A primeira é o quanto estamos, em cada fase do nosso amadurecimento, preparados para ouvi-las – e isso significa que algumas vezes é melhor não desejar obter uma informação com a qual não saberíamos o que fazer. E a segunda é que precisamos aprender a usar as verdades para crescer e nos tornar mais confiáveis ao Outro e não para arquitetar acusações deliberadas e inúteis.

Portanto, em vez de distorcer as palavras ou economizar os sentimentos, o que serviria apenas para aumentar o número de relações rasas e inconsistentes e colaborar para aprofundar os buracos internos das pessoas que passam pelas nossas vidas, creio que esteja na hora de aprendermos a usufruir melhor da comunicação.

Note: quando duas pessoas que se gostam estão em sintonia, interessadas em realmente se entender, geralmente falam baixinho, muito proximamente uma da outra; porque, afinal, o objetivo é ficar bem. Entretanto, quando não estão em sintonia, ainda que se gostem, alteram o tom, aumentam o volume e perdem a noção do que estão dizendo. E pior do que isso: o que uma diz é, muito recorrentemente, interpretado equivocadamente pela outra.

Suponho que mais produtivo do que nos escondermos atrás de omissões ou vender uma imagem que não corresponde com a nossa essência, seria apostar mais no acolhimento das diferenças, na percepção dos limites e na coerência entre o que se diz, o que se sente e o que se faz - tanto em relação a nós mesmos quanto em relação ao Outro.

Por fim, quando a gente fala com o intuito de resolver e crescer, termina descobrindo que palavras são apenas palavras, muitas vezes traiçoeiras, mas que as entrelinhas estão sempre carregadas de desejos, sentimentos, intenções e verdades que só podem ser ouvidos com o coração. Esta é a idéia: uma troca íntima entre dois corações... para que todo o resto possa fazer sentido e valer a pena!


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Rosana Braga é Especialista em Relacionamento e Autoestima, Autora de 9 livros sobre o tema. Psicóloga e Coach. Busca através de seus artigos, ajudar pessoas a se sentirem verdadeiramente mais seguras e atraentes, além de mostrar que é possível viver relacionamentos maduros, saudáveis e prazerosos.
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