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Os símbolos e arquétipos de Jung

por WebMaster em Almas Gêmeas
Atualizado em 12/09/2001 17:01:47


Por Rodrigo de Souza

Para que possamos falar de símbolos e arquétipos é necessário explicar o conceito de inconsciente coletivo. De maneira simples, inconsciente coletivo é a parte do inconsciente individual que resulta da experiência ancestral da espécie, ou seja, ele contém material psíquico que não provém da experiência pessoal.
Jung compara o inconsciente coletivo ao ar, que é o mesmo em todo lugar, é respirado por todos e não pertence a ninguém.

O conteúdo psíquico do inconsciente coletivo são os arquétipos. Que são uma forma de pensamento universal com carga afetiva, que é herdada. Os arquétipos são como diferentes ‘formas de bolo’ que dão características ao bolo. Eles dão origem às fantasias individuais e também às mitologias de todas as épocas. Por exemplo, todo mundo quer encontrar seu ‘par perfeito’ ou alma gêmea. Pode-se dizer que isto se resulta de um arquétipo, da figura de Adão e Eva ou de outra, pois em todas as religiões existe uma história que ilustra a união entre as ‘polaridades’.

Este conceito se propaga e por mais que qualquer pessoa negue, sempre existe um desejo ainda que inconsciente de se encontrar alguém muito especial que corresponda ao que esperamos. Esta é uma fantasia individual resultante de um mito. Jung nos diz que o conceito de arquétipo é muito mal compreendido, pois não expressa uma imagem ou conteúdo definido, mas sim uma variação de detalhes e um motivo, mas nunca perdendo a configuração original.

Seguindo o mesmo exemplo anterior das almas gêmeas, existe o desejo de encontrar alguém que seja o mais próximo possível da perfeição (talvez você esteja negando isso bem agora, mas lembre-se que isso é inconsciente!), mas o que é ser perfeito? Para cada pessoa existe um conceito. Entendeu agora?
Todo arquétipo traz características positivas e negativas. Por exemplo, você pode querer ser o príncipe da Branca de Neve, com o cavalo branco e tudo, mas também existe uma imagem e um medo de que este vire um sapo, ou que o romance acabe como o de Romeu e Julieta.

Estes arquétipos e muitos outros presentes em nós, como a figura materna, a figura do irmão ou da irmã, entre outros, não podem ser destruídos e permanecerão em nós por toda a nossa existência, mas necessitam ser constantemente trabalhados. As principais estruturas formadoras de nossa personalidade são arquétipos.

Bom, agora vamos falar um pouco sobre os símbolos. Estes não podem ser comparados aos arquétipos, já que os arquétipos não têm um conteúdo definido. Nosso inconsciente se expressa basicamente pelos símbolos.
Os símbolos podem ser individuais ou coletivos. Jung se interessou mais pelos coletivos universais, como: a estrela de Davi, a Cruz, entre outros, em sua grande maioria, religiosos. Um dos mais famosos símbolos é o Martelo de Thor, adotado por Hitler como a Suástica. O Martelo de Thor (Deus do Trovão) é do tempo dos vikings e simboliza a proteção divina contra o perigo. Mas como foi mal usado por Hitler hoje vemos esse símbolo com medo e desaprovação. Para conseguir desprogramar esse estado, não basta saber a verdade, mas sim repeti-la várias e várias vezes até se reprogramar a mente.
Os símbolos podem ser nomes, imagens familiares entre outros. Eles possuem um significado óbvio, mas também trazem conotações específicas. A imagem, o nome ou outra coisa, só pode ser considerada símbolo quando evoca algo mais que seu simples significado.
Por exemplo, o nome de Jesus não é apenas um nome. Tornou-se símbolo porque traz consigo muitas outras coisas, mesmo para quem não é Cristão. O nome de Jesus traz um aspecto inconsciente, que não pode ser definido ou explicado plenamente. Assim são os símbolos.
O símbolo é algo dinâmico e vivo, que vai além do consciente. Eles podem ser encontrados nos sonhos com uma representação individual ou coletiva. Por isso, quando aparecerem símbolos em seus sonhos, procure saber o que representam para você, fazendo uma ponte para com sua situação de vida. Jung dizia que como uma planta produz flores, assim também a psique cria os símbolos.

Toda essa história de símbolos, arquétipos e inconsciente coletivo nos deixa várias portas abertas à diferentes interpretações. Um médico poderia dizer que tudo isso é transmitido geneticamente, um sociólogo poderia dizer que é pelo meio ambiente e a cultura que impõem esses conceitos desde cedo, ou ainda, um espiritualista pode compreender isso como uma referência à imortalidade do espírito e à bagagem da alma em suas muitas viagens pelo planeta.

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