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Quando o outro é você!

por Rosana Braga em Almas Gêmeas
Atualizado em 26/08/2005 13:10:15


Toda vez que abordo temas difíceis, tais como fim de relação, abandono, atitudes confusas, traição e quaisquer outras situações que provocam sofrimento, falo diretamente com quem se vê diante da dor, tal qual uma ‘vítima’, embora não acredite neste termo.

Entretanto, hoje, quero falar com quem costumo chamar de ‘o outro’, ou seja, quem provoca – ainda que sem intenção ou inconscientemente – estas dores todas, as quais todos nós já provocamos em alguém ao menos uma vez na vida.

Você está num relacionamento, mas quer terminar; você está só e quer continuar assim, sem se comprometer e ‘ficando’ com quem quiser; você está namorando ou casado, saiu com outra pessoa e foi descoberto; você é comprometido, mas apaixonado por outro alguém...

E agora? O que fazer para não se desrespeitar, mas também não desrespeitar o outro? Como agir para que a dor não seja devastadora? Seguir os seus desejos ou colocar-se no lugar do outro? Assumir seus atos ou deixar-se consumir pela culpa e pelo arrependimento?

Bom seria se existisse uma resposta única, exata e eficiente para cada uma dessas situações, não é? Perfeito seria se houvesse uma maneira de realizar todas as suas fantasias e desejos sem correr o risco de magoar, ferir ou desrespeitar a integridade da pessoa que espera de você uma determinada postura – até porque, de alguma forma, você alimentou expectativas, fez promessas e escolhas que deram a ela o direito de esperar certas atitudes suas.

Só que é justamente no momento em que nos vemos completamente confusos entre a razão e a emoção e entre o certo e o duvidoso que está a chance de amadurecermos, de descobrirmos mais sobre nós mesmos e o que verdadeiramente queremos para nossa vida. É por isso que a minha resposta não serve para você. Porque quando você está nesta encruzilhada afetiva, é a sua chance e não a minha!

Eu sei que a probabilidade de errar numa ocasião como esta é maior, especialmente porque nossa capacidade de discernimento está abalada; mas é assim, não tem jeito! São os extremos que nos impulsionam à busca do equilíbrio.

Então, resta-nos o seguinte: refletir, ponderar, talvez até escrever num papel os prós e os contras de cada situação. Considerar o outro é sempre fundamental, indiscutível. Claro que isso não pode significar auto-anulação, mas lembre-se de que você não pode ser feliz se suas atitudes estão – o tempo todo – causando infelicidade.

E se, por fim, sua decisão for provocar – ainda que não intencionalmente – a dor no outro, procure ser digno, inteiro, claro, objetivo, sem meias palavras ou silêncios que mais atordoam e enlouquecem do que atenuam qualquer sofrimento.

Fale a sua verdade, exponha seus sentimentos. Se for absolutamente necessário (para engrandecimento de cada um), acuse, chore, grite, pontue... mas nunca, em hipótese alguma, acredite que você é dono de toda a razão. Cada um tem a sua, sempre!

Desta forma, ouça também e, ao ser acusado, reconheça onde você falhou, admita suas limitações e, sobretudo, enxergue aquele que está diante de você como um mestre. Você pode aprender e crescer com o que ele diz, por pior que seja ouví-lo. E em última instância, saiba que a sua vida e a sua felicidade dependem da coerência com que você fala e também com que você cala. Portanto, são suas palavras e seus silêncios que determinam quem você é e onde você está.


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Rosana Braga é Especialista em Relacionamento e Autoestima, Autora de 9 livros sobre o tema. Psicóloga e Coach. Busca através de seus artigos, ajudar pessoas a se sentirem verdadeiramente mais seguras e atraentes, além de mostrar que é possível viver relacionamentos maduros, saudáveis e prazerosos.
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