Você sabe o que está sentindo?
por Rosana Braga em Almas GêmeasAtualizado em 08/04/2020 11:35:14
Presta atenção em você agora! O que está sentindo? Tranquilidade, ansiedade, fome, sono, cansaço, tristeza, raiva, impaciência, amor, saudade, alegria? O que? Você consegue identificar facilmente, com clareza? Ou fica em dúvida, sem saber exatamente o que é?
Num primeiro momento, muitas pessoas tendem a acreditar que é muito fácil, simples e rápido identificar seus sentimentos. Ousam até a nomear os sentimentos alheios, como se soubessem o que o outro está sentindo sem sequer perguntar. Porém, na prática, isso não é tão fácil quanto pode parecer.
Reconhecer o que você está sentindo é resultado de treino. Treino diário e atencioso. E como tudo o que se torna corriqueiro, caímos no terrível erro de considerar bobagem, sem importância. E assim vamos levando a vida. Vamos nos relacionando sem saber, de fato, o que estamos sentindo diante das situações. Diante do que o outro fez. Diante do que nós mesmos fizemos. Ou deixamos de fazer.
Ou pior: inconscientemente, sentimos uma coisa e demonstramos outra. Por exemplo: sentimos medo de perder e demonstramos raiva. Sentimos ciúme e demonstramos indiferença. Sentimos insegurança e demonstramos agressividade. Sentimos vazio interior e demonstramos entusiasmo. Sentimos tristeza e demonstramos cansaço.
Parece doideira? Não, não parece! É doideira! É de enlouquecer qualquer um. E depois ainda tem muita gente que não entende por que não consegue se sentir em paz e satisfeito em seus relacionamentos. Claro! Como é que dá para ter paz se a gente nem reconhece o que está sentindo?
E o exercício insano tem via de mão dupla. Um endoidece o outro. Um não entende o outro. Até tenta, mas não consegue. Porque não conecta, não faz sentido. Ta bravo por quê? Tá com raiva de que? O que foi que eu fiz? E os dois simplesmente não falam coisa com coisa. Inventam motivos. Perdem o foco. E a relação vai desandando, dia após dia.
E olha que isso pode acontecer até com quem você nunca viu pessoalmente. Você começa um bate papo virtual, tá tudo muito bem, tudo muito bom, até que um dos dois fica diferente. Aparentemente do nada. Pode ser que o outro pergunte. Pode ser que não. Depende do que ele decide (percebendo ou não) demonstrar.
Veja bem! Até que você se decida, de uma vez por todas, a olhar para si mesmo e aprender a reconhecer o que realmente está sentindo, é quase certo que suas relações serão uma sequência de frustrações cada vez maiores.
Mas não basta reconhecer. Você precisa aprender a mostrar. E a perguntar se o outro entendeu o que você mostrou, caso pareça que não. Até porque, quem ama mostra! E quanto mais claramente você mostrar o que sente, muito mais facilmente conseguirá resolver qualquer mal entendido.
Assim, viverá encontros leves, fluidos e saudável. Encontros que, independente do tempo que durarem, deixarão aprendizado, amadurecimento e histórias deliciosas de se contar.
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