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Por que prejulgamos?

por Graziella Marraccini em Astrologia
Atualizado em 17/02/2006 11:17:19


Essa historinha não é minha e me foi enviada pela internet. Mas gostaria de compartilhá-la com os internautas que freqüentam as páginas de nosso site para que todos nós possamos, através dela, tirar algumas lições importantes para nosso dia a dia. Vamos lá:

O CACHORRO E O COELHO
Eram dois vizinhos. Um deles comprou um coelho para os filhos. Os filhos do outro vizinho também quiseram um animal de estimação. O homem comprou um filhote de pastor alemão.
Conversa entre os dois vizinhos:
- Ele vai comer o meu coelho!
- De jeito nenhum. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos, "pegar" amizade...
E, parece que o dono do cão tinha razão. Juntos cresceram e se tornaram amigos. Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. As crianças, felizes com os dois animais. Eis que o dono do coelho foi viajar com a família e o coelho ficou sozinho. No domingo, à tarde, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche quando, de repente, entra o pastor alemão com o coelho entre os dentes, imundo, sujo de terra, morto. Quase mataram o cachorro de tanto agredí-lo, o cão levou uma surra e tanto!
Dizia o homem:
- O vizinho estava certo, e agora? Só podia dar nisso!
Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. E agora?! Todos se olhavam. O cachorro, coitado, chorando lá fora, lambendo os seus ferimentos.
- Já pensaram como vão ficar as crianças? Não se sabe exatamente quem teve a idéia, mas parecia infalível:
- Vamos lavar o coelho, deixá-lo limpinho, depois a gente seca com o secador e o colocamos na sua casinha. E assim fizeram. Até perfume colocaram no animalzinho. Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças. Logo depois, ouviram os vizinhos chegar. Notaram os gritos das crianças.
- Descobriram!
Não passaram cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.
- O que foi? Que cara é essa?
- O coelho, o coelho...
- O que tem o coelho?
- Morreu!
- Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem.
- Morreu na sexta-feira!
- Na sexta?
- Foi. Antes de viajarmos as crianças o enterraram no fundo do quintal e agora reapareceu!


Pronto, a historinha terminou, mas podemos tirar várias conclusões a partir dela.
Primeiro: não devemos julgar as aparências! Vocês já fizeram isso? Creio que sim, todos nós temos essa tendência. Vemos uma pessoa mal-vestida e pensamos: ”Puxa, que relaxada! Será que ela não tem dinheiro para se vestir melhor? E que mau gosto”! Pois é, julgamos á partir de nossos padrões. Julgamos o ‘outro’ por ser diferente, por não seguir aqueles padrões que nós consideramos ideais. Mas, afinal, os costumes são tão diferentes e cada povo tem os seus! O que é considerado ideal e desejável para nós pode não ser para o outro.

Outra coisa: temos a tendência a nos colocar como padrão de comparação. Julgamos o outro ‘lento’ porque estamos sempre correndo, julgamos o outro lerdo porque estamos sempre tensos e apressados, julgamos o outro burro porque nos consideramos inteligentes... Enfim, a comparação é sempre feita a partir de nossos próprios modelos pessoais. Mas vocês já pensaram como esses modelos foram parar em sua mente?
Normalmente são assimilados através de nossa educação básica, aquela que adquirimos na infância, na nossa família, através da escola e dos meios que freqüentamos. Por essa razão uma pessoa criada numa favela não terá os mesmos padrões de uma pessoa criada num condomínio de alto luxo. Padrões diferentes geram julgamentos diferentes.
E o pior de tudo isso é que nem sabemos que são esses valores que nos levam a cometer muitas injustiças. Quantas vezes paramos para analisar a razão que leva ‘aquela pessoa’ a se vestir daquele jeito que julgamos errado? Um pouco de humildade não faria mal algum, nesse caso. Evitaria que nós cometêssemos injustiças e batêssemos injustamente em outro ser humano, assim como aquele pessoal da historinha bateu naquele cachorro! Podemos pensar que o cachorro, que amava tanto o coelho, simplesmente foi procurá-lo, como sempre fazia, e, não o encontrando, farejou o cheiro até encontrá-lo morto! Então o desenterrou e o levou aos seus donos, desesperado, para que eles fizessem alguma coisa! E o que recebeu em troca? Uma surra! Os donos prejulgaram o ato do cachorro sem analisar que o comportamento anterior do cachorro em nada levaria a pensar que ele mataria o coelho! Eles não deram ao pobre cachorro nem mesmo uma chance! E nós, fazemos isso? Já fizemos isso alguma vez?

Então, vamos aproveitar essa deliciosa historinha para pensar nesse assunto. Essa semana aproveitemos a energia do Sol em Peixes para desenvolver uma grande virtude ligada a esse signo zodiacal: A COMPAIXÃO. Antes de julgarmos tenhamos em mente que o outro, aquele que julgamos diferente, o é por alguma razão. Tenhamos compaixão do pobre, do desvalido, do doente, do velho, da criança, do cachorro, gato e dos outros animais que são maltratados e descriminados. Vamos abrir nosso coração e tenhamos a humildade de compreender que Deus nos fez a todos diferentes NA APARÊNCIA, mas IGUAIS NA ESSÊNCIA e, se julgamos o outro, estamos julgando a nós mesmos. E o que fará DEUS, então? Nos julgará ou nos olhará com compaixão e acolherá ao seu lado, onde pertencemos ou nos rejeitará? A energia pisciana abre nosso coração para a espiritualidade e nos oferece uma ocasião ímpar para perdoar, por essa razão devemos sintonizar nossa energia pessoal com aquela do Universo, sentindo-nos todos unidos, como o lema de nosso site indica. Afinal, SOMOSTODOSUM!

Uma boa semana a todos!


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Graziella Marraccini é astróloga, taróloga, cabalista e estudiosa de ciências ocultas e dirige a Sirius Astrology. Conheça meus serviços on-line
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