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A Solução

por Simone Arrojo em Autoconhecimento
Atualizado em 06/07/2022 15:23:32


A solução de um tal emaranhamento torna-se possível quando a ordem básica é restabelecida, isto é, quando os excluídos voltam a ser acolhidos e respeitados. Neste caso, por exemplo, a segunda mulher deveria dizer à primeira: "Eu tenho este homem às suas custas. Eu honro isto e reconheço que foi feita injustiça a você. Por favor, queira bem a mim e a meus filhos". Desta forma, a primeira mulher é respeitada. Nas constelações familiares, pode-se perceber então como se relaxa o rosto da primeira mulher, como ela se torna amigável pelo fato de ser respeitada. Com isso, é reconhecido o seu direito de pertencer.

A solução exige também que a menina, que imita essa mulher, lhe diga interiormente: "Eu pertenço apenas à minha mãe e ao meu pai. Aquilo que se passou entre vocês adultos não tem nada a ver comigo". Ela diz a seu pai: "Você é meu pai, e eu sou sua filha. Por favor, olhe-me como sua filha". Então o pai não precisa mais ver nela sua ex-mulher, não precisa mais defrontar-se com o ódio ou a tristeza que ela possa ter. Ou, se ele ainda a ama, não precisa ver a criança como sua amante, mas apenas como sua filha. Então a criança pode ser a filha, e o pai pode ser o pai.

A criança precisa também dizer ao pai: "Esta aqui é a minha mãe. Com sua primeira mulher não tenho nada a ver. Eu tomo esta como minha mãe. Esta é para mim a certa". E então ela precisa dizer à mãe: "Com a outra mulher eu nada tenho a ver". De outra forma, essa criança se tornará uma rival da mãe, e não poderá ser filha. Talvez a mãe veja nela inconscientemente a outra mulher, e então mãe e filha entram em conflito como se fossem duas amantes rivais. Mas quando a criança diz: "Você é minha mãe e eu sou sua filha, com a outra não tenho nada a ver. Eu tomo você como minha mãe", então a ordem é restabelecida.

Existem contudo emaranhamentos bem mais complicados. Quando, por exemplo, numa família, um filho morre prematuramente, os filhos sobreviventes carregam muitas vezes um sentimento de culpa pelo fato de estarem vivos, enquanto seu irmão está morto. Acreditam que, por estarem vivos, possuem uma vantagem sobre o irmão falecido. Então eles querem compensar isto, por exemplo, deixando-se ficar mal, adoecendo ou mesmo desejando morrer, sem que saibam por quê.

Aqui pertence à ordem do amor que eles digam interiormente ao irmão morto: "Você é meu irmão (minha irmã). Eu respeito você como meu irmão (minha irmã). Você tem um lugar em meu coração. Eu me curvo diante do seu destino, da forma como lhe aconteceu, e digo sim ao meu destino, da forma como me foi determinado". Então a criança morta é respeitada, e a outra pode permanecer viva sem sentimento de culpa.



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simone
Simone Arrojo é apresentadora do programa Virando a Página, na Rádio Mundial, aborda assuntos relacionados a Constelação Familiar e Autoconhecimento.
Trabalha com Grupos todas às terças e quintas-feiras; Atendimentos Individuais com Constelação Familiar; Palestrante e Organizadora de Projetos de Qualidade de Vida e Constelação Sistêmica em Empresas; Dirige Grupos em Viagens a Lugares Sagrados em vários países para trabalhos terapêuticos.
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