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Mitos e Verdades da Autoestima - Parte 2

por Rosemeire Zago em Autoconhecimento
Atualizado em 08/04/2020 11:35:13


Muito se fala sobre autoestima, mas geralmente as pessoas confundem autoestima com falsos valores. Como há muita confusão sobre o tema.
Segue abaixo a continuidade sobre mitos e verdades sobre a autoestima:

11. Quando duvido de minha capacidade, de ser capaz, minha autoestima está baixa.
Verdade:
Sempre! Quando duvidamos de nosso próprio valor é porque não tivemos uma base sólida de quem somos. Isso acontece desde muito cedo, quando não recebemos a atenção, carinho e amor, fazendo com que a criança não se sinta importante e especial, se estendendo na vida adulta.

12. A autoestima começa a se formar na infância.
Verdade:
Autoestima começa a se formar na infância, a partir de como as outras pessoas nos tratam,
mas também pode ser afetada pelos êxitos ou fracassos no decorrer da vida.
Quando criança pode-se alimentar ou destruir sua autoconfiança. Ou seja, as experiências do passado exercem influência significativa quando adulto. Pais exigentes, agressivos, críticos, autoritários, superprotetores, que demonstram que a criança não é digna de confiança, impondo suas próprias vontades, não ouvindo o que as crianças têm a dizer, criam filhos inseguros e dependentes.
A superproteção durante a infância também pode gerar muita insegurança quando adulto, pois estas pessoas quando crianças não foram incentivadas a acreditarem em si mesmas. Assim, crescem, ainda que inconscientemente, acreditando que faziam tudo por ela por não terem a capacidade de fazer por si mesma.

13. Ter sofrido algum tipo de abuso, seja físico, emocional e/ou sexual, durante a infância, pode comprometer a autoestima.
Verdade:
Qualquer tipo de violência é tão apavorante para a criança que compromete a noção de seu próprio valor. Em geral, a criança agredida acredita que isso acontece porque ela é má, e sendo assim, é a culpada dos maus-tratos sofridos. É preciso lembrar quando adulto, que a criança sempre é vítima, e portanto, não é responsável pelo abuso de que é vítima. Além do que, uma criança impotente e ferida pode se transformar em um adulto agressor.

14. A baixa autoestima interfere em todas as áreas da vida, principalmente no campo profissional e afetivo.
Verdade:
Sim, interfere nas relações como um todo, pois a pessoa tende a ser crítica, rígida, exigente, controladora, porque na verdade é insegura, não confia em sua própria capacidade, mantendo relações profissionais muito abaixo de sua real capacidade, e/ou relações afetivas destrutivas. E quanto mais elevada a autoestima, mais possibilidades em manter relações saudáveis.

15. Uma pessoa que mantém relações destrutivas pode estar com baixa autoestima.
Verdade:
Sim, pois em geral não consegue terminar uma relação mesmo que traga muito sofrimento. E ainda pode fazer de tudo para agradar, cede em tudo, esquecendo e perdendo-se de si mesma. Tem muito medo de ficar só.

16. Quem é perfeccionista pode estar com autoestima baixa.
Verdade:
Aquele que não permite erros, nem seu nem dos outros, buscando sempre a perfeição em tudo, na verdade quer provar o quanto é capaz, porque ele mesmo não acredita em sua capacidade. Demonstra insegurança - não se permite errar e nem assume quando erra. A insegurança interna é compensada pelo perfeccionismo excessivo.

17. Manter um trabalho muito inferior a capacidade profissional pode ser um sinal de baixa autoestima.
Verdade:
O sucesso não é garantia alguma de autoestima elevada, mas quem tem consciência de seu valor tende a buscar trabalhos compatíveis com sua capacidade.

18. Pessoas sempre preocupadas em agradar - o tipo bonzinho - está com autoestima elevada.
Mito:
Quem faz de tudo para agradar é porque precisa do reconhecimento constante para se sentir importante, útil, aceita, porque no fundo não ela mesma não se aceita. Quer ser agradável para mostrar que sua presença é importante. É facilmente manipulada ou induzida a fazer o que não quer. Não consegue dizer "não". Está sempre tentando adivinhar o que os outros querem que ela seja e como deve agir.

19. Conversar consigo mesmo pode ajudar a elevar a autoestima.
Verdade:
Manter o diálogo interno, ou seja, conversar muito consigo mesmo, identificando seus sentimentos e suas necessidades, poderá ajudar muito nesse processo.

20. A psicoterapia ou análise ajuda a elevar a autoestima.
Verdade:
Sim, é um dos caminhos mais indicados. Para elevar a autoestima é preciso se conhecer e para obter autoconhecimento o mais indicado é fazer psicoterapia ou análise com um profissional que estuda o comportamento humano - psicólogo/analista. Ao realizar um processo de autoconhecimento a percepção de seu valor irá aumentar, que é o básico para uma elevada autoestima.
Quando nos conhecemos passamos a ter mais controle sob nossas emoções, há um maior equilíbrio entre a emoção e razão, ouvimos muito mais nossa voz interior, também conhecida como intuição e assim, dependemos muito menos da opinião de outras pessoas.

21. Autoestima elevada é confundida com egoísmo, narcisismo.
Verdade:
Há uma tendência em classificar como egoísta quem pensa em seu desenvolvimento pessoal, em se realizar, evoluir. Desde criança somos ensinados a suprir a necessidade do outro, respeitar ao outro, mas somente podemos suprir e respeitar ao outro quando suprimos as próprias necessidades e respeitamos a nós mesmos. Queremos ser e conviver com pessoas submissas, manipuladas, exploradas, ou pessoas responsáveis, realizadas, independentes, felizes?

22. A autoestima influencia tudo que fazemos.
Verdade:
Sim, pois é o resultado de tudo que acreditamos ser, por isso o autoconhecimento é fundamental. Uma pessoa com baixa autoestima estará sempre duvidando de sua capacidade em todas as áreas de sua vida, comprometendo assim as relações, pois quem não acredita em si mesmo, na verdade não acredita em nada e em ninguém.

23. Quem está mais preocupado em ter do que em ser pode estar com baixa autoestima.
Verdade:
Em geral, pessoas que trabalham muito para obter bens materiais, poder, sucesso, estão distante da família, da espiritualidade e dos próprios sentimentos. As conquistas externas podem estar compensando outras relações que são insatisfatórias, e também pode ser uma forma de obter aprovação e reconhecimento, mas a busca interna e inconsciente é de atenção e amor.
Na verdade, as pessoas não valorizam o que tem de mais sagrado: sua saúde e seus sentimentos! Quando o ser humano aprender a identificar o que sente, perguntando-se o que deseja no fundo de sua alma, valorizar suas próprias conquistas, acreditando ser capaz de conquistar aquilo que realmente o faz feliz, com certeza a busca no prazer momentâneo irá diminuir e teremos seres humanos muito mais satisfeitos consigo mesmos, buscando muito mais ser do que apenas a ilusão em ter!

24. Supervalorizar a opinião dos outros é sinal de baixa autoestima.
Verdade:
Sim, quem supervaloriza o outro, seja no seu jeito de ser, em suas opiniões, suas conquistas, em geral se desvaloriza na mesma proporção. Aprendemos desde cedo que o outro sempre é mais importante que nós, e carregamos essa crença por toda nossa vida, comprometendo nossa própria imagem.

25. As crenças podem interferir na autoestima.
Verdade:
Tudo que nos ensinam desde os primeiros anos de vida, acreditamos como verdades absolutas. E não devem ser! Devemos sempre questionar os valores que aprendemos e atualizá-los, do contrário ficaremos reféns dos valores dos outros. Acredite na sua verdade!

Mas afinal, o que é autoestima? É ter consciência de seu valor pessoal, ou seja, acreditar, respeitar e confiar em si, é a soma da autoconfiança com o autorrespeito. Se sua autoestima ficou comprometida pelo modo com que foi tratado desde criança, sem consciência de seu valor pessoal, você pode mudar isso agora! Identifique suas qualidades, sua beleza, reconheça e valorize todas suas conquistas! Tenha certeza de ser merecedor, digno de ser feliz e ser amado, principalmente, por si mesmo. Acredite que você é capaz! Seja você mesmo, acredite em si, aceite-se, e acima de tudo, ame-se!



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zago
Rosemeire Zago é psicóloga clínica CRP 06/36.933-0, com abordagem junguiana e especialização em Psicossomática. Estudiosa de Alice Miller e Jung, aprofundou-se no ensaio: `A Psicologia do Arquétipo da Criança Interior´ - 1940.
A base de seu trabalho no atendimento individual de adultos é o resgate da autoestima e amor-próprio, com experiência no processo de reencontrar e cuidar da criança que foi vítima de abuso físico, psicológico e/ou sexual, e ainda hoje contamina a vida do adulto com suas dores.
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