Por que nosso corpo não foi projetado para Carboidratos?

Por que nosso corpo não foi projetado para Carboidratos?

Autor Rodolfo Fonseca

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 18/05/2025 00:36:09


Nos últimos 50 anos, as dietas ocidentais se tornaram dominadas por carboidratos - pães, massas, açúcares e grãos processados. Governos e nutricionistas nos dizem que eles devem ser a base da nossa alimentação, representando 50-60% das calorias diárias. Mas se olharmos para a biologia humana e nossa história evolutiva, uma pergunta surge: será que nossos corpos realmente foram feitos para funcionar com tantos carboidratos?
A resposta é não. E aqui está o porquê.

1. Carboidratos não são essenciais

Ao contrário das gorduras e proteínas, que contêm nutrientes vitais que o corpo não pode produzir sozinho, não existe um requisito bioquímico para consumir carboidratos. Nosso corpo pode fabricar toda a glicose necessária através de um processo chamado gliconeogênese, que converte gordura e proteína em energia. Isso explica por que populações tradicionais, como os Inuit* (que comiam quase zero carboidratos) ou os Masai* (que viviam de carne, leite e sangue), não desenvolviam diabetes ou obesidade. Nossos ancestrais não dependiam de carboidratos para sobreviver.

2. O corpo faz de tudo para se livrar do açúcar no sangue

Se os carboidratos fossem tão bons para nós, por que o corpo trabalha tão duro para removê-los da corrente sanguínea?
Quando comemos açúcar ou amido, o pâncreas libera insulina, um hormônio que força a glicose para dentro das células. Se a glicose não for usada imediatamente como energia, é armazenada como gordura.
Picos frequentes de insulina levam à resistência à insulina, diabetes e inflamação crônica, ou seja, o corpo trata o excesso de glicose como um perigo, não como um nutriente essencial.

3. O açúcar danifica nossos vasos sanguíneos e órgãos

O revestimento interno das artérias, chamado glicocálice, é extremamente sensível à glicose. Quando o açúcar no sangue sobe muito, essa camada protetora é danificada, levando a inflamação arterial (a raiz de doenças cardíacas), vazamento de partículas nocivas (como LDL oxidado) e ao envelhecimento acelerado (através da glicação, um processo que "torra" proteínas no corpo).
Pessoas com diabetes têm um glicocálice mais fino, o que explica por que sofrem mais com problemas circulatórios, renais e de visão.

4. Frutose: O açúcar que engorda e destrói o fígado

A frutose (metade do açúcar de mesa e abundante em xaropes e sucos) é ainda pior que a glicose. Ela vira gordura no fígado, causando doença hepática gordurosa não alcoólica (já presente em 8% das crianças); bloqueia a leptina, o hormônio da saciedade, fazendo você comer mais e aumenta o ácido úrico, que eleva a pressão arterial e prejudica a circulação.
Na natureza, a frutose existe em frutas sazonalmente, sinalizando aos animais para engordarem antes do inverno. Hoje, consumimos frutose o ano todo - e o resultado é obesidade e fome constante.

5. A dieta moderna é um experimento falido

Por milhares de anos, os humanos comeram carne, peixe e gordura animal (ricos em nutrientes essenciais); vegetais e frutas ocasionais (em pequenas quantidades) e Zero alimentos processados. Nos últimos 100 anos, entretanto, a pirâmide alimentar invertida nos fez acreditar que carboidratos devem ser a base da dieta. O resultado?
- Obesidade, diabetes e câncer em níveis epidêmicos;
- Doenças cardíacas como principal causa de morte;
- Crianças com fígado gorduroso e resistência à insulina.

Conclusão: Seu corpo não precisa de Carboidratos

A ciência e a evolução mostram que nossos corpos não foram projetados para uma dieta rica em carboidratos. Eles são uma fonte de energia opcional, não essencial, e em excesso causam:
✔ Fome constante e ganho de peso
✔ Inflamação e dano celular
✔ Doenças crônicas modernas

Se você quer melhorar sua saúde, reduza os carboidratos refinados, priorize proteínas e gorduras naturais e dê ao corpo o combustível para o qual ele foi realmente projetado. O metabolismo agradece!

Mas o que fazer agora?
1) Experimente reduzir açúcares e grãos por algumas semanas e observe como se sente.

2) Priorize carnes, ovos, peixes e vegetais como base da alimentação.

3) Use um monitor de glicose para ver como seu corpo reage a diferentes alimentos.

Nosso corpo não evoluiu para viver de pão e açúcar. É hora de voltar a comer como humanos de verdade.

Isso não é uma recomeçadão, pois não sou médico, mas faz parte da minha estratégia alimentar atual. Procure sempre seu médico antes de tomar qualquer atitude muito drástica em relação a sua alimentação.
Esse artigo foi o meu entendimento em relação aos argumentos do vídeo do Dr. Gary Fettke sobre Carboidratos. Recomendo muito assistir e tirar suas próprias conclusões:


*Os Inuit e os Masai são dois grupos étnicos com culturas e modos de vida tradicionais muito distintos, embora ambos sejam conhecidos pelas suas tradições e relação com a natureza. Os Inuit, que vivem em regiões polares, são tradicionalmente pescadores e caçadores, com uma dieta baseada em produtos do mar e da terra local. Os Masai, por sua vez, são um grupo étnico africano conhecido por sua economia pastoralista, com a criação de gado como base da sua subsistência.


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