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Somos Bolhas

por WebMaster em Autoconhecimento
Atualizado em 25/09/2002 15:52:15


Recebido de Alessandra Milani

Um amigo interpelou-me com a seguinte proposição: "A vida é como uma bolha de sabão". – nascemos, vivemos e morremos, e que bem há nisso? Discutimos o assunto e chegamos a uma interessante dedução.

Enquanto bolhas, isto é, contidos dentro do mini universo da individualidade, não passamos de algo bem simples, qual bolha de sabão, linda ao refletir a luz, multicolorida, que vai se desgastando lentamente, sua crosta vai ficando cada vez mais fina até que explode, liberando seu conteúdo ao meio ambiente – como qualquer animal.

O fato de o homem necessitar de 10 a 30 anos para tornar-se hábil o suficiente a sobreviver só no universo, lhe transmite através das gerações todo o conhecimento que os outros animais não se dão ao trabalho de desenvolver porque já estão providos de artifícios, que os torna naturalmente aptos. A fragilidade do homem; de não ter dentes afiados, garras possantes ou velocidade, fez surgir, a partir de sua sociabilização, soluções racionais que fizeram dele o atual rei da natureza terrestre. E estas características estão contidas dentro da bolha de cada um. É sua herança material e cultural. E quando a bolha explode, parte do conteúdo da bolha se incorpora a outros seres ou materiais e o resto volatiliza, some, desaparece para sempre.

O que faz o homem ser diferente de outros animais - bolhas também - é a sua capacidade de amar. De que servem estas capacidades afetivas inerentes apenas ao homem? Isto é algo que parece não estar previsto no mecanismo do mundo material. – não é necessário dentro das bolhas – Basta ver o desprendimento que existe nos animais com respeito a isto. O bichinho nasce, cresce e se desprende de seus pais para levar vida própria. Podem até constituir matilhas, cardumes ou outro agrupamento, porém, não existe laço afetivo entre eles; é cada um por si. O homem, ao contrário, fica ligado a seus pais, aos amigos, a sua terra natal ou ao seu animalzinho de estimação, por um vínculo emocional invisível, que não faz parte do mundo material. É nisto que está o seu grande poder na natureza. De sua fraqueza diante da agressividade do meio-ambiente nasceu uma capacidade única, a capacidade de amar.

E o amor é uma energia que está fora da bolha de cada individualidade. É a capacidade que eterniza o ser. É uma energia eterna que existe por aí, em profusão, basta abrir um furo na bolha e coleta-la, gozar dela, e então, num arroubo, redistribui-la. Ao romper a bolha para arremessar para fora o fluxo desta energia, é por este mesmo orifício de nossa casca que penetra mais desta fantástica energia.

Receba meu abraço fraterno,
Charles Evaldo Boller


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