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Liberdade

por Silvia Fávero em Corpo e Mente
Atualizado em 05/03/2009 16:41:30


Era uma vez uma menina chamada Joana. Ela era uma garotinha linda, o cabelo cacheado, dourado como o sol. Sua pele era branca como a lua. E ela sabia que tinha vindo das estrelas.
Às vezes ficava olhando o céu e sentindo saudades de casa, pois se sentia um pouco estranha no lugar onde morava. Eram todos tão diferentes dela! E, por isso mesmo, ela tentava ser igual a todos.
Era difícil, pois ela nem sempre sabia como agir. Então, ela conversava com seus pais, seus irmãos, seus amigos, pedia a opinião deles, mas agia de acordo com ela mesma.

Ficava quietinha, ouvindo o que os outros diziam e sempre concordava com eles. Dessa forma, procurando agradar a todos, acreditava comportar-se como era certo na sociedade em que vivia.
Nem sempre isso acontecia e não entendia o porquê.
As pessoas achavam que ela era boba, pois concordava com tudo e muitas vezes queriam dominá-la. Ela se enredava nas opiniões alheias, querendo ser simpática a todos, mas não conseguia agradar ninguém, nem a si própria.
Vivia carente, tendo a impressão de ser jogada continuamente de um lado para o outro e continuava sem saber qual o seu papel naquele lugar ou na vida. Até que um dia resolveu se rebelar.

Já que não conseguia mesmo encontrar alguém que gostasse dela, ia tentar começar a pensar sozinha e fazer o que achava certo.
Não era fácil. Afinal, estava acostumada a ser comandada.
“Mas”, pensou Joana, “do modo como está não está bom. Qualquer esforço vale a pena para sair dessa situação”.
Começou, então, a dizer o que pensava e a agir como queria.
Não deu certo. Ela era fraca, as pessoas em seu entorno muito acostumadas a comandá-la. E depois, sempre a deixavam sozinha para sofrer as consequências do que desse errado.
“O caminho não é esse”, pensou novamente Joana.
“Preciso continuar a concordar com todos, enquanto me fortaleço internamente. É isso aí. Mãos à obra”.

E continuou sendo a mesma menina dócil de sempre. Mas apenas por fora, pois, sem que ninguém soubesse, ou sem que lhe notassem a intenção, colocou suas energias na busca de coisas que pudessem lhe fortalecer o espírito. Começou a estudar várias religiões e, aos poucos, foi percebendo sua ligação com o Universo. Passou a procurar técnicas consideradas pouco ortodoxas pela sociedade, para buscar seu equilíbrio interior. Incorporou algumas e descartou outras.
Sua família e seus amigos a achavam cada vez mais estranha, mas como ela continuava tentando ser simpática e concordar com todos, a deixaram em paz.
O que ninguém percebia é que essa atitude, agora, era somente externa. Era o que Joana precisava para ter tempo de encontrar seu equilíbrio.

E aos poucos, ela começou a entender seu caminho, a se sentir mais e mais conectada às estrelas de onde tinha vindo. Decidiu que desse dia em diante ia começar a fazer somente o que achasse certo. Sentiu-se fortalecida e mais equilibrada. Libertou-se das amarras que a prendiam à Terra. Conseguiu voar e se comunicar com seus verdadeiros amigos espalhados pelo Cosmos.
A partir de então, passou a aprender cada vez mais lições importantes para sua vida. Seus problemas, seus conflitos começaram a se resolver.
Externamente ela continuava a mesma menina que concordava com todos, pois uma das lições importantes que aprendeu foi a de que não valia a pena querer impor sua vontade. Que cada um procurasse seu caminho, lutasse por sua própria liberdade. Mas internamente, cada vez mais, ela se tornava uma pessoa forte e determinada que só agia de acordo com o que achasse certo.
Somente então, afinal, ela encontrou a paz. Descobriu seu caminho. Definitivamente, tornara-se livre.

Nesse momento, sentiu que encontrava seu destino: tornar-se um farol que, sem sair do lugar, nem interagir com quem está ao redor, oferece sua luz para guiar quem quiser dela dispor. E foi assim que a menininha de cabelos cacheados cor do sol, de pele branca como a lua, encontrou a verdadeira LIBERDADE!



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silvia
Silvia Fávero é cromoterapeuta
com especialidade em gestantes
e atende em São Paulo.


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