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O que estamos fazendo com nosso tempo?

por Rosemeire Zago em Corpo e Mente
Atualizado em 03/10/2008 12:18:56


Nossa!!! Como o tempo passa... e rápido! Isso todos nós já estamos habituados a falar e ouvir, mas estive pensando a respeito quando me deparei com o tempo em que estive distante do STUM. Não bem distante... apenas não estava escrevendo os artigos, pois de uma forma ou de outra, estamos sempre interligados e assim nos mantemos perto. Mas neste tempo que se passou muitas coisas aconteceram, mudanças de casa, consultório, pessoas faleceram em minha família, e tudo isso me fez refletir: como avaliamos o que é prioridade em nossa vida? Prioridade é pagar nossas contas? Claro! É trabalharmos pelo dinheiro, para que este possa nos trazer conforto e conquistas? Também, mas será só isso?

Por que deixamos que a rotina diária, os afazeres domésticos, os compromissos profissionais, sociais, serem mais importantes do que estarmos ao lado de quem amamos? Por que ainda carregamos orgulho, vaidade, culpa, remorso, mágoas, diante de tantos valores mais nobres como amizade, verdade, amor? O que é a vida diante de tanta “pequenez” com a qual vivemos? Por que, ainda, negligenciamos os sinais que o Universo, com sua maestria e sabedoria nos contempla?

Como é viver sob os seus valores? Será que você tem essa resposta? Quantas decisões não são tomadas apenas para agradar a outras pessoas? Ou para evitar desagradá-las? São os outros que nos impedem de viver de acordo com o que acreditamos, ou somos nós mesmos que nos aprisionamos com verdadeiros grilhões, os quais podemos chamar de carência, dependência, vergonha, culpa, medo, entre outros?

O que você faria se alguém que você ama ligasse neste momento pedindo sua ajuda, seu colo? Ou se fosse para te contar algo muito bom que lhe aconteceu, qual seria sua reação? Você poderia largar o que está fazendo, inclusive deixar de ler este artigo, e ir ao seu encontro? Ou você diria que tem muito a fazer, mas quem sabe outro dia, outro horário, outro momento? Provavelmente, seria essa sua resposta, e a minha também, afinal aquilo que estamos fazendo sempre é mais importante.
É evidente que não podemos largar nosso trabalho a toda e qualquer solicitação. Mas e se fosse um telefonema avisando que a pessoa citada acima está na UTI ou que acabara de falecer, qual seria sua atitude? Eu, você, todos nós, largaríamos tudo e iríamos até lá. O que faz com que tenhamos reações tão extremas?
Pensei sobre isso quando estava no velório de um tio... era uma quarta-feira, 10hs da manhã, e todos estavam lá reunidos, pessoas que não se viam há anos, pois até então não tiveram tempo para ser ver... mas neste dia, todos haviam deixado tudo que estavam fazendo para estarem presentes naquele momento. Por que em geral, só em situações extremas podemos nos fazer presentes? Por que não conseguimos o mesmo tempo disponível em outros momentos para ver aqueles que nos são caros? Por que somos tão egoístas em privarmos aqueles a quem amamos de nossa presença e de nossa demonstração constante de amor, e fazemos isso com tanta facilidade? Pare por alguns segundos e pense nas pessoas que marcaram positivamente de alguma maneira sua vida. Não importa quantas sejam. Uma, duas, dez? Para quantas você verbalizou o quanto eram, ou lhe são, importantes? Você demonstra seu amor para todos a quem você ama? Se não, o que acha de começar hoje?

O que temos de mais valioso na vida? A casa que compramos, roupas, o carro, o sucesso profissional? Creio que não. Com certeza nosso maior tesouro está guardado bem dentro de nós, são nossos sentimentos, nossos amores eternos, e só podemos doar, dividir, perante nossas atitudes, palavras e, principalmente, nossa presença. É importante sempre nos lembrarmos que aquilo que o dinheiro pode comprar, qualquer pessoa que o tenha poderá nos dar; mas o amor, este sentimento tão nobre e valioso, só pessoas especiais podem nos oferecê-lo e isso, penso eu, é o que deveria fazer toda a diferença! E nem sempre faz. Deixamos sim, e com muita freqüência, de estarmos juntos de quem nos é importante, seja para rir, chorar, apoiar, trocar, e lamentavelmente, nos aproximamos em momentos de extrema urgência. Não que nestes momentos nossa presença não seja necessária, longe disso, mas que tal dedicarmos um pouco mais do nosso tempo para estarmos ao lado de quem amamos e que verdadeiramente nos ama? E você, o que está fazendo com seu tempo?...

Tem uma frase de Buda que representa um pouco isso que estou dizendo, da qual gosto muito e deixo para sua reflexão:
“O que mais me surpreende na natureza humana é o homem que perde
a saúde em busca de riqueza material e depois
gasta toda a riqueza material para recuperar a saúde.
Vive uma vida como se nunca fosse morrer e morre como se nunca tivesse vivido”.
Buda


Não viva como se fosse imortal, nenhum de nós o é, por isso, valorize e, acima de tudo, conviva com aqueles que lhes são caros, eles podem não estar amanhã para receber sua visita!
Até o próximo artigo!


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zago
Rosemeire Zago é psicóloga clínica CRP 06/36.933-0, com abordagem junguiana e especialização em Psicossomática. Estudiosa de Alice Miller e Jung, aprofundou-se no ensaio: `A Psicologia do Arquétipo da Criança Interior´ - 1940.
A base de seu trabalho no atendimento individual de adultos é o resgate da autoestima e amor-próprio, com experiência no processo de reencontrar e cuidar da criança que foi vítima de abuso físico, psicológico e/ou sexual, e ainda hoje contamina a vida do adulto com suas dores.
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