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A influência da Projeção Astral na antiguidade

por Wagner Borges em Espiritualidade
Atualizado em 17/06/2005 12:23:43


Diariamente, todos os seres humanos são visitados por um personagem ilustre, ((Do grego): Deus do sono, filho de Érebo e da Noite e irmão de Thanatos, o deus da Morte.) Hipnos(*), que inexoravelmente colhe a todos em sua malha de inconsciência temporária chamada sono.
Diariamente, também, alguns seres humanos são visitados por outro personagem ilustre, Thanatos, que inexoravelmente colhe alguns escolhidos em sua malha de inconsciência permanente chamada morte.
Hípnos é considerado amigo e recebido com satisfação. Todas as noites, bilhões de pessoas se deitam e esperam receber o seu abraço confortador até o dia seguinte.
Thanatos é considerado inimigo, e ninguém gosta de recebê-lo. Bilhões de pessoas ficam assustadas à simples menção de seu nome.
Hipnos é querido! Thanatos é temido! No entanto, os antigos gregos consideravam Hipnos, o sono, e Thanatos, a morte, como irmãos. Alegavam eles, que o sono e a morte não tinham muitas diferenças entre si.
De fato, o que é o sono senão uma mini-morte? O corpo físico adormecido é um "cadáver que respira". Tanto no sono como na morte, há ausência de lucidez no corpo humano.
Por essa semelhança de estados, sono e morte, é que os antigos gregos diziam que Hipnos era o irmão menor de Thanatos. E também porque eles acreditavam que, durante o sono, a alma se afastava do corpo e viajava para o mundo dos espíritos.
Na verdade, essa é a maior semelhança, pois tanto no sono como na morte, a consciência está fora do corpo.
A crença de que a alma podia abandonar o corpo e a ele retornar posteriormente não está só na antiga Grécia, está espalhada por toda a história.
A projeção é mencionada em diversos textos antigos da Grécia, China, Pérsia, Índia, Israel, Tibet e Egito.
Essas evidências de projeções na Antiguidade são difíceis de comprovar, já que as informações existentes são de escritores cuja fonte não podemos investigar.
Entretanto, muitas dessas informações dos antigos são confirmadas e repetidas pelos modernos fenômenos de projeção.

UNIFORMIDADE DE INFORMAÇÕES

A Projeção da consciência é sem dúvida um fenômeno universal, tão antigo como a própria humanidade.
Quase todas as culturas e sociedades humanas de todas as épocas se referiram a ela.
Tanto no Ocidente como no Oriente, a quantidade de registros mencionando a projeção é imensa.
Através dos tempos, pessoas de diversas raças, independentemente de cultura, sexo, credo ou idade, têm narrado casos em que, por um motivo ou outro, estiveram temporariamente fora de seus corpos físicos.
Pessoas tão diferentes como índios, crianças, cientistas, operários e artistas, têm relatado experiências fora do corpo de maneira semelhante.
Obviamente, esses relatos têm diferenças de um caso para o outro, já que a projeção é uma experiência pessoal e varia de indivíduo para indivíduo.
Entretanto, analisando esses relatos provenientes das mais variadas fontes, nota-se claramente que eles seguem padrões similares, criando assim uma uniformidade substancial nas informações.
É interessante destacar o fato de que homens e mulheres vivendo em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Londres, Roma, Paris e Nova York, descrevam suas projeções de maneira semelhante às dos xamãs da Sibéria, dos índios da Amazônia, dos lamas do Tibet, dos iniciados da antiguidade egípcia e grega, dos feiticeiros africanos e dos iogues da Índia.
Se a projeção não fosse um fenômeno real, como é que poderíamos explicar essa uniformidade nas descrições dos relatos?
O parapsicólogo Charles Theodore Tart, que foi o pioneiro nas pesquisas de projeção com controle de instrumentos em laboratórios nos E.U.A., efetuadas na década de 1960, acha que essas vivências fora do corpo são experiências humanas universais, não no sentido de que elas aconteçam a todas as pessoas, mas sim no de que elas vêm ocorrendo através da história, com diversas pessoas em diversos contextos diferentes.
O pesquisador alemão Hanz Herlin, afirma que as crenças dos povos primitivos a respeito da projeção estão profundamente gravadas na alma humana e talvez sejam tão antigas como a própria humanidade.

(Texto extraído da apostila do Curso de Projeção da Consciência – 2ª Fase)

Para enriquecer esses textos projetivos, posto na seqüência um texto do mestre extrafísico Ramatís sobre o tema. O mesmo já foi postado pelo site do IPPB no ano de 2000, mas sua reprodução aqui dá um toque mais profundo no tema em questão.
Segue-se o mesmo logo abaixo.


A PROJEÇÃO DA CONSCIÊNCIA E A LUCIDEZ EXTRAFÍSICA

Há um constante conflito entre o homem interior e o mundo exterior; entre seus ideais e a necessidade de sobreviver; entre seus sonhos e a realidade.
Entre a fantasia e a realidade, existe um limite onde são forjados os sonhos. Dependendo do engendramento desses sonhos, o ser humano pode ser fortalecido ou enfraquecido, alertado ou distraído, conscientizado ou obnubilado.
Aparentemente, dormir é como morrer, já que, tanto no sono como na morte, o véu da inconsciência envolve o ser humano.
O corpo físico permanece inconsciente durante o sono porque a consciência projetou-se naturalmente para fora dele.
Em termos reais, é uma mini-morte, não física, mas consciencial, pois a maioria dos seres humanos sai do corpo de maneira inconsciente ou semiconsciente.
Assim, os homens são totalmente envolvidos pelas idéias oníricas que acabam por influenciá-los, de maneira positiva ou negativa, durante a vigília física normal.
Enquanto as consciências encarnadas no plano físico não se esforçarem para melhorar sua lucidez física e extrafísica, a Terra continuará sendo um imenso "dormitório espiritual", suspenso no espaço sideral.
Durante a vigília física normal, os seres humanos são dominados pelos impulsos emocionais, oriundos da falta de controle do corpo emocional ((Do Grego: "Psique": "Alma"; e "Soma": "Corpo"): Significa literalmente "corpo da alma" - Expressão usada inicialmente pelo espírito André Luiz nas obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier e por Waldo Vieira, nas décadas de 1950-1960, que atualmente é mais usada pelos estudantes de Projeciologia). Sinonímias: "Corpo espiritual" (Cristianismo - Cor. I, cap. 15, vers. 44) - "Corpo astral" (do Latim "Astrum": "Estrelado" - Expressão usada pelo grande iniciado alquimista Paracelso, no séc. 16, na Europa, e por diversos ocultistas e teosofistas posteriormente) - "Perispírito" (Espiritismo - Allan Kardec, séc. 19, na França) - "Corpo de luz" (Ocultismo).) (psicossoma)(*), e pelas lentas vibrações do cérebro físico que restringem e amortecem o corpo mental.Durante o sono, esses mesmos seres humanos libertam-se temporariamente do restringimento físico, mas não se libertam do emocionalismo que lhes caracteriza a existência e nem da cobiça e orgulho que os fazem brigar entre si constantemente.
Envolvida pelas formas-pensamento, oriundas do descontrole mental manifestado na vigília física normal, a grande maioria das consciências encarnadas permanece flutuando acima do corpo físico, lidando com os assuntos triviais do seu dia-a-dia.
Algumas pessoas conseguem afastar-se do corpo físico, buscando, inconscientemente, emoções fortes e vibrações densas que tenha afinidade com seu padrão espiritual. São verdadeiros "sonâmbulos espirituais", que muitas vezes são atraídos automaticamente para os ambientes onde movimentam-se durante o dia ou para certas áreas do plano astral inferior bastante densificadas vibratoriamente, onde são vampirizados energeticamente por obsessores desencarnados que aproveitam-se da situação. Ao despertarem assustadas no físico, essas pessoas pensam que foram vítimas de um pesadelo.
Durante o dia, os encarnados arrastam-se pela vida, motivados por interesses mesquinhos e egoístas, brigando e matando uns aos outros como se fossem feras indomáveis.
Durante a noite, projetam-se espontaneamente e ficam a sonhar fora do corpo. Na verdade, é como se não estivessem projetados, pois estão totalmente inoperantes para o plano astral. Seu psicossoma está fora do corpo físico, mas sua consciência continua agrilhoada aos valores do plano físico.
Nos planos extrafísicos próximos ao plano físico, também encontramos multidões de pessoas em estado lastimável de semiconsciência. São os desencarnados que encontram-se sonambulizados astralmente após a morte. São verdadeiras legiões de zumbis espirituais envolvidos nas formas-pensamento engendradas durante a vida física pelo descontrole mental e emocional em que viviam. Dentro do monoideísmo espiritual em que se encontram, alguns pensam poder ressuscitar o cadáver e, assim, tornar a viver no plano físico. Outros sentem a falta das vibrações densas e pesadas do corpo humano. Outros, ainda, sentem dores atrozes devido à morte violenta que sofreram ou choram as oportunidades perdidas e a saudade dos familiares que ficaram encarnados.
Se todas essas pessoas tivessem aprendido a projetar-se conscientemente para fora de seu corpo humano durante a vida física, provavelmente não estariam nessa situação, pois teriam compreendido que a morte é apenas a passagem da consciência para outra dimensão. É simplesmente uma projeção final, da qual não se retorna mais para o físico. A adaptação ao plano extrafísico seria tranqüila, pois o meio-ambiente astral lhes seria familiar pelas visitas feitas anteriormente através das projeções.
Assim, observamos bilhões de consciências encarnadas e desencarnadas anexadas, mental e emocionalmente, apenas à realidade humana, totalmente bloqueadas para outras realidades extrafísicas.
A inconsciência e a semiconsciência imperam absolutas no reino humano. Isso pesa bastante na economia espiritual do planeta, que poderia ser considerado não só como um "dormitório espiritual", mas também como um "manicômio consciencial", situado em pleno espaço sideral, em um pequeno sistema solar inserido dentro da Via Láctea, logo ali (ou aqui), na esquina do Universo.
Enquanto o ser humano não descobrir o que acontece consigo mesmo durante o sono e não aproveitar seu potencial nessas horas ociosas, estará morto para a realidade existente em outras dimensões. Estará iludido pelos valores limitados que a vida humana lhe oferece. Urge que cada consciência aperceba-se da necessidade de vislumbrar outros planos de existência e neles adquirir força e conhecimento para não deixar que o véu de Maya (ilusão) lhe bloqueie as percepções e distorça seus pensamentos.
Se cada consciência encarnada melhorasse sua lucidez extrafísica durante a projeção, que ocorre naturalmente todas as vezes que seu corpo físico adormece, provavelmente teríamos uma manifestação mais equilibrada no plano físico. Assim, talvez esse nosso planeta louco deixasse de ser um "manicômio consciencial", podendo ser transformado ao menos em um "hospital decente".

Paz e Luz!

- Ramatís -
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges - Texto extraído do livro "Viagem Espiritual I” – Editora Universalista – 1993.)


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Wagner Borges é pesquisador, conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros.
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