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Ciclo da Evolução X - Desapego

por Saul Brandalise Jr. em Espiritualidade
Atualizado em 21/04/2006 12:32:42


Certo dia, quando conversávamos com um de nossos executivos, no meio do diálogo disse-lhe:
“Não gosto de você por aquilo que você me proporciona com seu trabalho, mas sim por aquilo que fazemos juntos. Nossa relação não é familiar porque é profissional. Pode e deve ser fraterna, obviamente. A família não se relaciona para produzir lucro. Nós sim. Portanto jamais seremos uma família. Na família há tolerância, aqui a tolerância gera despesas ou custos”.
Ficou me olhando por alguns segundos e depois me confessou que ele havia sido treinado para acreditar que a empresa seria uma grande família...

Não, isso é um engano.
Uma empresa é uma empresa e uma família é uma família.
A finalidade dos relacionamentos em cada uma destas instituições é absolutamente diferente.
Uma empresa planeja sua vida em função do lucro que se busca obter. Na família é impossível planejar, vamos atrás de amor, felicidade e satisfação, pelo do calor dos membros que a compõem... No máximo temos um plano sobre onde passaremos as férias.
Cada membro da família é um individuo único, e como ser humano temos que respeitar o seu Livre Arbítrio, a sua necessidade de escolher do seu caminho. Na empresa isso não existe. Na família o filho pode explicar porque chegou tarde, madrugada adentro. Na empresa não. Não podemos confundir as coisas e as instituições.

Algumas empresas possuem seu futuro comprometido porque se tornam uma verdadeira bagunça com contratações de genros, filhos, cunhados, primos, sobrinhos, afilhados, etc. As atitudes passam a ser familiares, a tolerância aumenta, as desculpas crescem e o lucro desaparece. Claro que sempre temos as exceções. Já vi muitos filhos e genros competentes. Mas também já conheci cada um!!!

Jamais devemos fazer da empresa nosso objeto de satisfação. Ela gera lucro e com o lucro temos então as nossas recompensas. É preciso ter consciência de que a empresa não nos pertence, ela está emprestada para a nossa jornada evolutiva. É lamentável acharmos que algo terreno é nosso, nos pertence. Quando formos desta vida para outra, nada levaremos de material.

Mas levaremos, sim, os reflexos de todas as nossas atitudes: boas ou ruins. Obviamente que você já ouviu falar de karma. Sim, isso existe. E quem o gera somos nós. Como quem o resgata também. Nenhuma religião tem capacidade para resgatar karma.
Para se entender a vida é importante o desapego. Isso não só do lado material como do lado humano. Claro que não é fácil chegarmos a este ponto de total "abandono" daquilo em que cremos, que amamos, nos acostumamos a gostar, a admirar e a amar.
Isso é evoluir.

Temos que nos conscientizar de que o desapego é exatamente uma das coisas que precisamos conhecer, sentir e exercitar. Saber como fazer - e como tratá-lo - é uma das combinações do grande cofre da vida. Sem conhecer esta parte a porta do cofre não se abre.

Não adianta ter a chave da felicidade. A religião não resolve se não tivermos consciência disso: Desapego material e para com o ser humano. Nada que está sob nosso controle é nosso.
Você ou eu podemos ter a chave e a maioria dos segredos que abrem nosso cofre, mas não temos o segredo maior: Desapego.
A chave é fazer tudo com amor. O segredo e as combinações são variáveis e dependem de suas encarnações já vividas e o que você determinou para si nesta vida.
Nada do que é material e que nós costumamos afirmar: “Isso é meu”, é real e verdadeiro.
Na realidade nada mais é do que um empréstimo. Quanto mais temos, mais precisamos saber usar e escolher melhor o caminho de como obter... Não me refiro a sermos demagogos e esmoleiros, mas sim treinadores do bem.

O que está contigo agora vai permanecer se você souber usar. Nada fica quando vem de forma incorreta. Manter um parente na sua empresa porque não TEM COMO MANDAR EMBORA, é o mesmo que achar que temos uma única vida. Ambos funcionam como droga. Um dia, quem sabe tarde demais, descobrimos que foi um erro. O desapego familiar na empresa é fundamental.

Não se compra sentimento. Não se mantém relacionamento com posses ou tolerância de incompetência. O tempo que se perde jamais será recuperado. O mesmo com o dinheiro.
Saber o momento de parar é fundamental em tudo na vida. Cada coisa no seu devido lugar. Não adianta acumular riqueza material se somos pobres em essência.

O que é verdadeiramente meu, efetivamente seu, é o que está contido na memória de nossa essência, em nosso espírito.

Sei que nos veremos.
Beijo na alma


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saul
Saul Brandalise Jr. é colaborador do Site, autor do livro: O Despertar da Consciência da editora Theus, onde mostra através das narrativas de suas experiências como extrair lições de vida e entusiasmo de cada obstáculo que se encontra ao longo de uma vida.
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