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Compulsão: Quando o desejo é maior que a vontade

por Izabel Telles em Espiritualidade
Atualizado em 09/05/2007 16:02:39


Tenho recebido muitos e-mails onde nossas amigas (mais que nossos amigos) têm pedido para eu falar um pouco sobre a voracidade na hora de comer. “Ando comendo compulsivamente, socorro! Estou cada dia mais gorda e não consigo me controlar”, tem sido este mais ou menos o resumo dos pedidos que venho recebendo.
Sentei para meditar sobre o assunto e encontrei uma primeira hipótese que coloco para que você medite sobre ela:
- Quem tem fome: seu corpo ou sua alma?

A maior parte dos clientes que me procuram com problemas de obesidade, revelam imagens mentais contraditórias ao volume dos seus corpos. Geralmente são pessoas leves, inseguras, que flutuam nas nuvens sem densidade, sem pernas e pés. São seres tão desconectados da realidade que precisam usar seus corpos físicos como pesadas âncoras para conseguirem se manter com os pés firmes no chão. Como se estivessem querendo comunicar o seguinte sentimento: preciso ser “forte” para estar neste mundo que agride a minha leveza.
Quando vejo estas imagens penso: o corpo desta pessoa não pode voar. Então ela deixa que seu espírito seja leve e com isso voe.
E isso, para mim, parece ter sentido porque percebo que as pessoas muito acima do peso são pessoas engraçadas, alegres, bem dispostas... claro que isso não é uma regra, mas observo que costuma ser assim.

Conto o caso de uma cliente. Ela apresentava as imagens da compulsão e da voracidade. Fomos caminhando na história dela e descobrimos que ela tinha sido rejeitada pelos pais quando os mesmos souberam que ela viria ao mundo. A imagem que sua mente guardava deste evento ela era sendo literalmente chutada escada abaixo de sua casa sendo expulsa daquele lugar, ouvindo o portão da entrada bater nas suas costas. Sozinha no mundo, ela inicia um processo de voracidade como se ela quisesse agarrar a vida com a boca. No caso deste ser, na verdade, ela luta até hoje para que a vida não escape de suas mãos e, para isso, come o dia todo como quem respira ansiosamente para continuar a viver.

Estas pessoas já se sentem deslocadas da realidade deste mundo, onde somos guiadas por padrões de perfeição: pense nas revistas femininas, nos programas da TV, onde o corpo esguio é exaltado como único caminho para a felicidade. Sentindo-se fora dos padrões, o ser, com excesso de gordura no corpo, tende mesmo a fugir para outros espaços onde escape da comparação. E, para reforçar este escape, via de regra, prefere ficar em casa, fechada no seu mundo onde é senhora e dona de sua vida. Fazendo assim ela perde o referencial da dita “normalidade” e se desliga das regras sociais, criando sua própria realidade. Porém quando entra em contato com outras pessoas, vê um filme, lê uma revista ou é atingida pela mídia - seja de que forma for -, imediatamente vem a culpa e o alerta vermelho de que algo está errado com o corpo dela.
E, neste impulso procura uma dieta rigorosa e passa do consumo excessivo de calorias para o quase jejum, que dura apenas alguns dias.

Nesta alimentação desregrada é possível que este ser acabe facilmente com sua saúde, sua energia e disposição para viver, criando o tal círculo vicioso do “estou gorda, não quero sair de casa. Fico em casa e, porque estou só, como, e já que comi um pacote de bolacha agora como uma caixa de chocolate e assim fico mais gorda e, como estou gorda”....

Como sair deste ciclo?

Primeiro aceitando que ele é composto de aspectos físicos, emocionais, mentais, psíquicos e espirituais. Portanto, há que trabalhar com todos estes aspectos.

Para o aspecto físico procurar um nutricionista competente que poderá criar uma dieta balanceada e recomendar um médico para medir os hormônios de todo o corpo. Ou ao contrário. Além disso, buscar praticar algum esporte, fazer exercícios que queimam as gorduras: como andar todos os dias pelo menos 1 hora ou conforme a recomendação dos profissionais que a orientam.

Para os aspectos psíquicos, emocionais buscar a orientação de uma profissional que possa mergulhar ao seu lado no seu mar de sentimentos e organizar as ondas que muitas vezes vêm em forma de ansiedade e tiram você de seu propósito fazendo com que o desejo vença a vontade.

Para os aspectos espirituais, exercitar muito sua fé - que move sua força de vontade, através de conselheiros espirituais, leituras, florais, aura-soma, aromaterapia, exercícios com imagens mentais, enfim tudo que possa criar laços mais estreitos com sua porção divina - essa sim portadora de uma força inabalável. E, para tudo isso, você tem também este site que oferece uma gama imensa de conhecimento e possibilidades.

Eduque e submeta seus desejos à sua vontade. Faça isso que seu corpo, sua mente e seu espírito irão agradecer infinitamente seus esforços.



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izabel
Izabel Telles é terapeuta holística e sensitiva formada pelo American Institute for Mental Imagery de Nova Iorque. Tem três livros publicados: "O outro lado da alma", pela Axis Mundi, "Feche os olhos e veja" e "O livro das transformações" pela Editora Agora.
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