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Dançando fora do corpo na chuva - Parte 2

por Wagner Borges em Espiritualidade
Atualizado em 22/12/2009 14:54:27


Eu olho vocês cantando na noite
Na grande avenida.
Os carros passam acelerados
E os transeuntes correm da chuva.

Mas ninguém os vê.
Nem escutam canção alguma.
Entretanto, eu escuto daqui.
Porque eu ouço com o coração.

E porque sua canção é linda
E cheia de amor.
Porque ela tem alma.
E, por isso, é verdadeira.

Ah, (Brothers – do inglês – irmãos.) brothers(*), que coro é esse?
Que faz as estrelas descerem
Ao asfalto molhado e sujo,
E que também limpa os corações...

Eu vejo vocês dançando na 5ª Avenida,
E suas (Aura – do latim, aura - sopro de ar – halo luminoso de distintas cores que envolve o corpo físico e que reflete, energeticamente, o que o indivíduo pensa, sente e vivencia no seu mundo íntimo; psicosfera; campo energético.) auras(*) brilham bem mais
Do que as luzes da cidade.
Será porque Deus dança com vocês?

Estamos ligados, hein brothers?
Vocês aí, e eu aqui, corações que cantam...
Enquanto as estrelas também escutam
E descem na noite dos homens.

Ah, eu nem sei o que dizer!
Eu olho vocês dançando, e fico admirado
Como os seus sapatos brilham tanto.
Será porque seus movimentos são de luz?

Vocês estão no duplo extrafísico da avenida
E a chuva atravessa os seus ( Corpo espiritual - Cristianismo - Cor. I, cap. 15, vers. 44.
Sinonímias: Corpo astral - do latim, astrum - estrelado - expressão usada pelo grande iniciado alquimista Paracelso, no séc. 16, na Europa, e por diversos ocultistas e teosofistas posteriormente.
Perispírito - Espiritismo - Allan Kardec, séc. 19, na França.
Corpo de luz – Ocultismo.
Psicossoma - do grego, psique - alma; e soma, corpo. Significa literalmente corpo da alma - Expressão usada inicialmente pelo espírito André Luiz nas obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier e por Waldo Vieira, nas décadas de 1950-1960, que atualmente é mais usada pelos estudantes de Projeciologia.) corpos espirituais(*).
Mas vocês estão além do frio e da sujeira,
Porque a fé aquece seus corações.

É por isso que vocês cantam na noite...
Trazendo as estrelas para o asfalto
E falando de um Grande Amor.
Os homens não escutam, mas os espíritos, sim.

E muitos deles, infelizes, trocam a sujeira
Pela canção e abrem o coração para a Luz.
E, então, são levados para o Céu.
Será por isso que as estrelas desceram?

My brothers, que coro é esse,
Que só o coração escuta?
Que atravessa os planos e chega aqui,
Como som do Eterno?

Aí e aqui, corações que cantam na noite,
Enquanto a chuva cai na 5ª Avenida;
E as estrelas dançam no asfalto,
Enquanto os espíritos voam...

Ah, brothers, eu vejo vocês daqui.
E sinto a fé que os move.
Porque é a mesma que move meu coração,
E que fala de um Grande Amor.

Então, mesmo à distância, estamos juntos!
Vocês cantam e dançam, e eu escrevo;
Enquanto as estrelas fazem o serviço...
Será por isso que Deus nos juntou espiritualmente?

Ah, que coro é esse, que enche o chão
Da 5ª Avenida de estrelas dançantes?
E que liberta os espíritos infelizes
E também enche o meu coração de luz?

E essa alegria, que vem da fé?
Que não doutrina nem julga, só ama.
Que não fala de religião alguma.
E que fala da eternidade da consciência.

Ah, brothers, que canção linda!
Que faz pensar na Luz do Eterno;
Que faz as estrelas descerem, não só no chão,
Mas, também, em meu coração.

Eu vejo vocês na noite da 5ª Avenida.
Vocês continuam cantando e dançando,
Enquanto as estrelas dançam no asfalto,
E eu vou escrevendo, em nome de um Grande Amor...

My brothers, thank you !

(Dedicado a Pixinguinha e a Martin Luther King*).

P.S.:
Fiz esses escritos enquanto via, extrafisicamente, um trabalho de assistência espiritual rolando na cidade de Nova York. O mesmo era realizado por um grupo de amparadores extrafísicos ligados à música. Todos eles eram negros e cantavam e dançavam como os mestres do Soul, do Blues, do Gospel, e do Jazz.
Olhando os caras dançando e cantando na noite dos homens tristes e sem luz, lembrei-me de Sam Cooke, que foi o grande crooner negro da América.
Além da alegria deles, ficava evidente sua fé e seu amor pela música. E eu sentia a atmosfera deles aqui comigo. O Grande Amor uniu nossos corações, e os motivos disso, só o Grande Arquiteto Do Universo é que sabe.
Na verdade, eles não são americanos, e eu não sou brasileiro. Somos cidadãos do Universo. E eu não sou branco, e nem eles são negros. Somos da raça da Luz, que é a de todos.
Acima de nós, brilham as estrelas. Mas, nessa noite de hoje, elas desceram ao asfalto e dançaram com os espíritos, lá na 5ª Avenida, em Nova York. E elas também vieram aqui para o Brasil, no bairro da Saúde, na cidade de São Paulo, tão grande e cosmopolita quanto a sua irmã americana, e dançaram em meu coração.
E, agora, eu nem sei mais o que dizer. Porque tem um chão de estrelas aqui.
E, lá em cima, no Astral Superior, talvez Pixinguinha e Martin Luther King estejam compondo algumas canções juntos, quem sabe?

Paz e Luz.

- Wagner Borges - sujeito sem jeito, que, na Terra, não dança nada; mas que, no Astral, dança como nunca, junto com um grupo de espíritos cheios de alegria, música e amor, sempre em nome da Luz.
Em tempo: Não tenho como provar as coisas do espírito para outros. Apenas escrevo e compartilho o que O Grande Arquiteto Do Universo me deixa ver no imenso concerto da vida universal. E só isso já me deixa muito contente. Não tenho verdades absolutas nem sei explicar mistérios universais. Mas, o pouco do infinito que já percebo em meu coração, me deixa cheio daquela alegria e amor que não se explica, só se sente...
Sim, não posso provar nada; mas, que tem vida além da morte, ah, tem sim!
E os espíritos dançam, sim, pois estão bem vivos. E que legal poder escrever sobre isso, e dançar junto, pelas pistas do Eterno, e por aquelas outras, que estão dentro do próprio coração espiritual.
Como diz o Pai Joaquim de Aruanda, sábio mentor extrafísico das lides da Umbanda, “cada um de nós é como uma gotinha; os mentores espirituais são copos de água; os grandes mestres são galões cheios de água; e o Papai do Céu é o oceano de todos.”
Concluo esses escritos com duas palavras fortes, cheias de valor:
NA FÉ! NA LUZ!- Nota:
* Dediquei esses escritos a Pixinguinha e Martin Luther King porque foi o que senti intuitivamente para fazer. Então, deixo na sequência algumas informações sobre esses dois gigantes da raça negra; um do Brasil, e o outro dos Estados Unidos da América.

- Alfredo da Rocha Viana Filho, conhecido como Pixinguinha, (1897-1973) foi um flautista, saxofonista, compositor, cantor, arranjador e regente brasileiro.
Pixinguinha é considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira e contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva.
Em 1919, ele formou o conjunto Oito Batutas, formado por Pixinguinha na flauta, João Pernambuco e Donga no violão, dentre outros músicos. Fez sucesso entre a elite carioca, tocando maxixes e choros e utilizando instrumentos até então só conhecidos nos subúrbios cariocas.
Quando compôs "Carinhoso", entre 1916 e 1917, e "Lamentos", em 1928, que são considerados alguns dos choros mais famosos, Pixinguinha foi criticado e essas composições foram consideradas como tendo uma inaceitável influência do jazz, enquanto hoje em dia podem ser vistas como avançadas demais para a época. Além disso, "Carinhoso", na época, não foi considerado choro, e sim uma polca.
Outras composições, entre centenas, são "Rosa", "Vou vivendo", "Lamentos", "1 x 0", "Naquele tempo", e "Sofres porque Queres".
No dia 23 de abril comemora-se o Dia Nacional do Choro, trata-se de uma homenagem ao nascimento de Pixinguinha. A data foi criada oficialmente em 4 de setembro de 2000, quando foi sancionada lei originada por iniciativa do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola de Choro Raphael Rabello.
Pixinguinha faleceu na igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, na cidade do Rio de Janeiro, quando seria padrinho de um batizado.

- Martin Luther King, Jr. (1929-1968) - Líder de movimentos que buscavam o respeito aos direitos dos negros e o fim da discriminação racial nos EUA.
Pastor protestante, liderou vários protestos pacíficos e conseguiu mudar bastante a situação dos negros em seu país.
Eis aqui alguns extratos do que ele falava:

“É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que em vão, que sentar-se, fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder.
Prefiro ser feliz, embora louco, que em conformidade viver.”

“Se soubesse que o mundo se desintegraria amanhã, ainda assim plantaria a minha macieira. O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos. Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos.”

“Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo.”

“Saiba que seu destino é traçado pelos seus próprios pensamentos, e não por alguma força que venha de fora. O seu pensamento é a planta concebida por um arquiteto para construir um edifício denominado prosperidade. Você deve tornar o seu pensamento mais elevado, mais belo e mais próspero.”

“Cada dia é o dia do julgamento, e nós, com nossos atos e nossas palavras, com nosso silêncio e nossa voz, vamos escrevendo continuamente o livro da vida. A luz veio ao mundo e cada um de nós deve decidir se quer caminhar na luz do altruísmo construtivo, ou nas trevas do egoísmo. Portanto, a mais urgente pergunta a ser feita nesta vida é: o que fiz hoje pelos outros?”

“Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização.”

“Quando os nossos dias se tornarem obscurecidos por nuvens negras e baixas; quando as nossas noites forem mais negras do que mil noites, lembremo-nos que no universo há um grande e benigno poder, que é capaz de abrir caminho onde não há caminho, e de transformar o ontem sombrio num luminoso amanhã.


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Wagner Borges é pesquisador, conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros.
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