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E agora?!

por Maria Guida em Espiritualidade
Atualizado em 18/08/2003 10:55:40


Quando você se sente perdido provavelmente é porque está.

Mas, ao contrário do que se imagina, a sensação de não saber o que fazer em determinada situação pode ser bastante construtiva para nós, seres humanos.
Como sempre, ao afirmar isso, não estou falando de alguma coisa que eu desconheça, ou que não esteja vivendo.
Estou perdida. Agora, nesse exato momento em que escrevo esse artigo.
Estou experimentando a sensação de estar perdida, não apenas em um determinado aspecto de minha vida, mas em vários.

Por causa disso mesmo, e até porque já vivi essa mesma situação dentro e fora da conexão com a Luz, posso garantir que há uma grande diferença entre estar perdido, acreditando na maravilhosa força que mantém todo o Universo unido, e estar perdido, sem ter certeza de que esta força existe.

Mas, - dirão vocês - espera aí. Se você acredita que há uma força tão poderosa que é capaz de manter o universo unido, então, você não pode se sentir perdida, porque afinal, essa força há de apontar o caminho certo a você.

Tão certo quanto dois mais dois são quatro, eu lhes digo que não. Eu digo que o Incriado Ser Supremo, o grande mantenedor do Universo não fará por nós aquilo que nos propusemos fazer por nós mesmos. E que, uma das leis que regem a nossa jornada de expressão e aprendizado na matéria, é a de que somos responsáveis por todas as nossas escolhas e decisões. E isso, como outras tantas coisas importantes que viemos realizar aqui, nem mesmo o próprio Deus pode fazer por nós.

Nos últimos anos de convivência com mestres e instrutores invisíveis, que muito recentemente se dignaram apresentar-se a mim, pude perceber o quanto eles prezam e respeitam essa nossa capacidade, ou melhor, essa nossa possibilidade de escolha, denominada livre arbítrio.

É como se, em todo o Universo, apenas nós, seres que se expressam na densidade, pudéssemos ter essa escolha.
Ou como se a Lei, que tudo determina, disciplina e ordena, abrisse para nós, seres mortais, uma extraordinária exceção: a de escolher caminhar em outra, desarmônica e discordante direção.

Pessoalmente, eu preferiria estar na situação de anjos, instrutores e guardiões, que, felizmente, não podem se furtar à Lei, ou transgredir a Divina orientação. A Lei está inscrita de tal forma em seus corações, que se torna impossível para eles descumpri-la.

Eu adoraria me manter sob a clara Luz de um perene sim ao Universo, fossem quais fossem as conseqüências deste sim.

O que me aflige agora, é que, apesar de todas as minhas boas intenções e da amorosa colaboração de meus instrutores, me vejo ainda diante de encruzilhadas, tendo que escolher caminhos que absolutamente não sei aonde irão me levar.

A vida me apresenta escolhas e não me permite utilizar os artifícios de antigamente. Não posso mais seguir a linha de menor resistência. E não posso parar. Fazer isso seria o mesmo que regredir, me arriscar a ter que recomeçar.

É desconcertante experimentar a confusão e a insegurança diante de uma escolha entre diversos caminhos, mesmo tendo certeza de que todos eles nos conduzirão à realização. É duro admitir que é difícil fazer uma opção, mesmo quando sentimos a Divina Mão em nossa mão.

É impressionante descobrir que, apesar de estarmos totalmente determinados a cumprir nossa missão sobre a terra, e de sabermos que o Plano Divino, para nós, já está traçado, há ainda muito a escolher, decidir, determinar.

Com a mesma tranqüilidade com que me disseram que eu nunca estaria só, e que iriam me apoiar em tudo, meus instrutores agora me pedem que eu escolha, entre inúmeras possibilidades, aquela que eu desejo realizar.
Eles me dizem que eu é quem deve escolher, e que, seja qual for a minha escolha, eles irão me acompanhar.

Decidir entre as vertentes de autoconhecimento que se estendem diante de mim deveria ser fácil. Afinal é uma escolha entre Luz e Luz.
Deveria ser mais fácil do que me render ao incondicional amor dos Mestres Ascensionados, aceitar a maravilhosa evidência de que somos eternos, ou reconhecer a grande verdade de que nosso destino é retornar, iluminados, ao coração da criação.

Mas não é.

Quando me entreguei de corpo e alma ao caminho da Luz, imaginei que poderia abdicar do livre arbítrio. Estava quase convencida disso, até ver se desdobrarem diante de mim vários caminhos, cada qual com suas promessas e seus desafios. Desdobramentos que eu não posso prever, nem imaginar.

Paralisada, peço ajuda aos oráculos, apenas para ouvir como resposta que estou livre para escolher o que quiser.

A certeza de que todos os caminhos me levarão a uma maior comunhão com tudo o que vive e se expressa no Universo não me facilita a escolha, porque, seja qual for o caminho escolhido, ele exigirá de mim qualidades que eu tenho me recusado a desenvolver:

- Disciplina para racionalizar a utilização de meus talentos.
- Sabedoria para estabelecer limites.
- Coragem para administrar confrontos produtivos.
- Paciência para conviver com as diferenças.
- Humildade para continuar a aprender.

Parada diante do novo projeto de mim mesma, ainda não sei o que vou escolher. Nem que passos eu darei, quando finalmente me sentir pronta para avançar. Mas uma coisa é certa. Avançarei. Não há como voltar atrás.

Se por um lado me sinto perdida, por um outro estou feliz o bastante para não me desesperar. Porque sei que todo o Universo conspira a meu favor.
A responsabilidade é grande, mas junto com ela há uma certeza que faz toda a diferença.

A de que somos todos um.



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Maria Guida é
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