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No alto da montanha, na Luz da Presença

por Wagner Borges em Espiritualidade
Atualizado em 23/10/2009 12:21:47


Eterna Presença que está em tudo e em todos, acolhe o nosso terno assombro... Aqui estou eu, no alto desta montanha, com os meus filhos pequenos. Eu os trouxe para que eles vejam o nascer de um novo dia. Para que eles vejam o nascer da aurora despontando na linha do horizonte escuro. Para que eles valorizem a luz deste dia!

Porque os dias são como divindades, deuses do eterno recomeço... Cada dia é uma nova oportunidade que vem junto com a luz a cada aurora. E eu trouxe os meus filhos pequenos para que eles aprendam o valor da luz deste dia. Eterna Presença! Assim como um dia meu avô trouxe meu pai ao alto desta mesma montanha e, no tempo certo, meu pai trouxe a mim, agora trago os meus filhos. E a lição é a mesma: o respeito à Luz! Mais tarde eu os trarei novamente aqui, para que eles vejam o momento mágico do crepúsculo, onde a luz descende e vão surgindo, no horizonte, as primeiras estrelas e, mais tarde, o brilho da lua. Para que eles também respeitem a noite, e saibam a diferença entre o momento da atividade diária e o momento do repouso necessário. Para que eles entendam os ciclos da natureza: do dia, da noite, das estações... E, assim, entendam seus próprios corações nos seus ciclos de amor e de vida! Eterna Presença, abençoa estes filhos! Como o dia abençoa a mim mesmo... como abençoou meu pai, meu avô e aos meus ancestrais... Derrama sobre eles a inspiração celeste! Para que eles sejam justos; para que eles vençam a si mesmos, por dentro, e se tornem trabalhadores da paz! Que eles encontrem a Luz dentro do próprio coração... Essa mesma Luz que brilha em outros corações, que brilha em tudo! Eterna Presença, sentimos saudades das estrelas, mas, estamos aqui neste momento... Aqui é o nosso lar temporário e precisamos honrá-lo. Ilumina nossas jornadas humanas e espirituais, para que sejamos justos. E nos dá força, para que nada neste mundo - e nem no outro - seja capaz de matar o espírito em nós. E que coisa alguma seja capaz de matar os melhores valores que carregamos em nós mesmos... Que jamais permitamos que a luz do nosso espírito seja abafada por qualquer coisa, porque este é o dom que nós trazemos das estrelas! E que, admirando a luz do dia e a beleza do crepúsculo, e aprendendo as lições da vida, nós possamos, assim, compreender todos os outros seres... Possamos respeitar a luz deste dia! Possamos respeitar a noite mais tarde, assim como Tu sempre nos respeitaste! E que os nossos filhos pequenos aprendam sobre este respeito; e que nós, como pais, sejamos exemplo desse respeito. Para que, um dia, nossos filhos também tragam os filhos deles ao alto da montanha, e os filhos deles... E que as novas gerações aprendam a agradecer a Luz. A tua Luz, da Presença!

Continua na próxima semana

Notas: A Presença – metáfora celta para o Todo que está em tudo. Quando os antigos iniciados celtas admiravam os momentos mágicos do alvorecer e do crepúsculo, costumavam dizer: “Isso é um assombro!” E assim era para todas as coisas consideradas como manifestações grandiosas da Natureza e do ser humano. Ver o brilho dos olhos da pessoa amada, a beleza plácida da lua, a alegria do sorriso do filho, ou o desabrochar de uma flor eram eventos maravilhosos. Então, eles ousavam escutar os espíritos das brumas, que lhes ensinaram a valorizar o Dom da vida e a perceber a pulsação de uma PRESENÇA em tudo. A partir daí, eles passaram a referir-se ao TODO QUE ESTÁ EM TUDO como a PRESENÇA que anima a Natureza e os seres. Se a luz da vida era um assombro de grandiosidade, maior ainda era a maravilha da PRESENÇA que gerava essa grandiosidade. Perceber essa PRESENÇA em tudo era um assombro! E saber que o sol, a lua, o ser amado, os filhos, as flores e a Natureza eram expressões maravilhosas dessa totalidade, levava os iniciados daquele contexto antigo da Europa a dizerem: “Que assombro!” Hoje, inspirado pelos amigos invisíveis celtas, deixo registrado aqui nesses escritos o “terno assombro” que sinto ao meditar na PRESENÇA que está em tudo. E lembro-me dos ensinamentos herméticos inspirados no sábio estelar Hermes Trismegisto, que dizia no antigo Egito: “O TODO está em tudo! O Inefável é invisível aos olhos da carne, mas é visível à inteligência e ao coração.” O TODO ou A PRESENÇA, tanto faz o nome que se dê. O que importa mesmo é a grandiosidade de se meditar nisso; essa mesma grandiosidade de pensar nos zilhões de sóis e nas miríades de seres espalhados pela vastidão interdimensional do Multiverso, e de se maravilhar ao se perceber como uma pequena partícula energética consciente e integrante dessa totalidade, e poder dizer de coração: “Caramba, que assombro!”




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Wagner Borges é pesquisador, conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros.
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