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Nos braços do amor que gera a Vida

por Wagner Borges em Espiritualidade
Atualizado em 15/12/2003 11:18:23


Mãe Divina,
Outrora entrei em um dos seus templos sagrados movido pela arrogância, sequer tirei o calçado.
Entrei e pisei forte, para chamar atenção. Precisava ser durão diante dos meus asseclas. Entretanto, a minha realidade era outra, bem diferente do que eu mostrava.
Escondida dentro do brutamontes arrogante, havia uma criança chorando, perdida no mais triste dos mundos: o meu interior.
Eu carregava um mar de agonia, por dentro.
Porém, não houve muita ligação entre nós, não é, Mãe?
Que linha poderia unir a sua serenidade com a minha turbulência?
Eu era só gritos de arrogância, e você era só silêncio sereno. Contudo, mesmo sem que eu merecesse, senti algo que nunca havia sentido.
Alguém invisível me abraçou em silêncio no seu templo, e algo terno me tocou profundamente. Nesse instante a criança se aquietou, e pela primeira vez em muito tempo eu senti paz.
Sai dali desnorteado, querendo chorar quieto, mas não podia demonstrar isso para os meus homens. Fingi ser durão e me escondi dentro da casca grossa que criei para andar no mundo.
Mãe, nunca mais esqueci do toque terno do invisível que tocou minha criança naquele dia.
O tempo passou e a roda da vida me girou muitas vezes...
Na realidade, me emaranhei todo no cipoal das emoções desencontradas.
Bati e apanhei, amei e odiei, houve vezes em que fugi de medo, em outras lutei corajosamente. Matei muito, e também morri, muitas vezes... E renasci...
Recentemente, no ocaso de minha última existência, em que drenei na carne, pela doença e por muitas dores, muito dos sofrimentos que causei no passado, resgatei na dor o meu fel!
Pertinho do fim, já desgastado de tanta dor, senti um toque terno invisível.
E algo estalou imediatamente em minha mente: Eu conhecia aquele toque! Era o mesmo toque daquele dia em seu templo.
Dentro do corpo enfraquecido, o meu espírito lembrava. E logo depois, fui embalado por uma onda de amor sereno, que me ergueu no ar, acima do corpo já parado. Adormeci embalado em doces harmonias, igual criança no colo da mãe.
Tempos depois, já desperto numa casa de recuperação no Astral, um de seus trabalhadores espirituais se aproximou de mim, e disse:

"Você resgatou muita coisa, hein?
Desde aquele dia no templo da Mãe Divina, naquela sua vida furiosa, que nós estamos de olho em você. A Mãe ordenou que nós o seguíssemos, vida após vida, até o momento do despertar. No abraço sereno daquele dia, Ela operou uma sutil transformação em seu coração.
Por Sua graça, Ela plantou pequenas sementes de luz em seu espírito, para que elas germinassem novos rumos ao longo do tempo e guiassem os seus passos para longe da violência.
Naquele dia, Ela não viu o brutamontes, Ela viu a criança de dentro chorando perdida na escura noite do seu orgulho.
Ela não julgou o homem violento, apenas sintonizou a criança.
De lá para cá, muitas coisas lhe aconteceram, até essa ultima existência de resgate dolorido.
A Mãe Divina quer ver se as suas sementes germinaram. Você gostaria de trabalhar com nossa equipe, ajudando a outros que estão sofrendo na jornada?
Que tal agradecer o toque da Mãe tocando a outros que vivem nas trevas da violência? Você gostaria de ver essas sementes luminosas crescendo a favor de outros?
Se desejar isso, de coração, você poderá aprender muitas coisas, e ser feliz.
Servir ao mundo no silêncio que ama e ajuda os homens, é servir a Mãe Divina!"

Então, aceitei o convite, contente pela chance.
Agora, é hora do meu treinamento, e seguirei para aprender a germinar as sementes luminosas da Mãe, na hora certa, e a favor de todos.
Pela graça desses trabalhadores da Mãe, seguirei para uma escola do Astral, onde aprenderei a ser benfeitor anônimo.
Seguirei para a escola dos semeadores do amor...
Por esse motivo, antes de seguir, os meus amigos me pediram para dar o meu testemunho aos homens, para alicerçá-los na certeza de que até mesmo os brutamontes casca grossa recebem o amparo na hora devida.
Mãe, com o apoio desses amigos, vim aqui para que um dos seus meninos trabalhadores na Terra transcreva os meus pensamentos e leve-os ao conhecimento de quem seja devido.
Agora a minha criança está em paz, pois o casca grossa se foi.
Ficou apenas um menino, que agora também é seu trabalhador.
Mãe, obrigado por me resgatar.

PS: "Quando a tranca do ego é removida do coração espiritual, o que se vê é só o amor".

(Recebido espiritualmente por Wagner Borges - São Paulo, Dezembro de 2003.)


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Wagner Borges é pesquisador, conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros.
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