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O Corpo que uso...

por Ivan Ademar Ditscheiner em Espiritualidade
Atualizado em 06/01/2003 11:56:51


Tu me pões a escrever e eu escrevo.
Só que hoje te falarei de mim com tua aquiescência para dizer-te dos infortúnios que Tu provocas em mim. Por favor! Deixe que eu escreva, e não comeces já em tua insegurança a pensar o que os outros dirão do texto. O texto é meu!
O diálogo hoje é nosso, é particular (se quiser publique para que “colegas” meus tomem conhecimento).

Este sistema central que possuo chamado cérebro é que traz a todas as minhas partes, os Teus desejos, propósitos e aspirações, como Tu bem o sabes.
Tu és meu Senhor, sou teu servo.
Porquê me maltratas tanto? Tu que és infinitamente superior a mim porque me desprezas? Por que procuras tantas panacéias, se Tu és meu remédio? Meu médico? Meu guru?

Porquê me fazes andar ridiculamente enfeitado para atender Tua vaidade? Olhe com que dificuldade escrevo e esta mão treme. Não podes vislumbrar que és Tu e não eu que tremo? Até quando deverei esperar pacientemente a felicidade que tantos e tantos outros colegas anteriores esperaram, e voltaram à terra deformados e tristes?
No momento Te sinto querendo colocar minhas palavras à teu modo.
Rogo-te outra vez, deixe que eu escreva. Viu como parou de tremer a mão que usas?
Não, não me faças chorar senão não consigo escrever.
Faz-me andar, e eu te obedeço. Levas-me a lugares escusos e te obedeço.
Em Tua insanidade quebraste-me os ossos das pernas e de um braço.
Não querias sentir dor, mas que culpa tenho eu?
Tenho que dar um tempo... Lá vem Ele querendo falar Dele e não de mim!
É a tal mente que é Dele e que me perturba muito.

Agora começou com espiritualismo, esquecendo-se sempre que também é um Espírito. Já começa a querer voar mais alto (acho que é coisa de aviador apressado), e quem leva as trombadas sou eu!

Estou envelhecendo. Meu tempo é curto o Dele não. Deixe-me aproveitar bem este raro momento.
Quantas funções tenho! Por que não as usa melhor? Tenho aqui um aparelho genital. Não tem ele uma função específica? Coitado, fizeram dele o caminho do pecado. Então uma de minhas partes é pecaminosa? Quando meu Senhor não crê nisso transforma-me em instrumento de luxúria. Sofro imensamente nos dois casos.
Porquê será que Ele não me ama com o mesmo amor que o sirvo? Assim fazendo não seria o básico ou o início do amar?

Como gostaria que fossem os olhos mais brilhantes e compreensivos. Que pena. Ele ainda não descobriu que os olhos tristes que tenho são os olhos Dele.
Ele ainda se mira nos outros corpos e as vezes se envergonha de mim.
Aí quem chora sou eu...

Será que Ele não sente que é parte do Universo? Que eu sou uma cópia física de uma galáxia, e que em mim habitam milhares e milhares de vidas?
Que estas vidas - como eu próprio - somos regidos por Ele, este Sol que rege a nós?
Quando vai Ele sentir que é uma extensão, fagulha ou essência do GRANDE SOL?
Oh! como gostaria que meu Senhor se unisse ao GRANDE SENHOR, sabe por que?
Porque sabedor de que meu tempo é pequeno, me levaria a estar mais em contato com minhas origens. Me colocaria em contato com as árvores, com os rios, com os lagos, com os pássaros, com as flores. Como é bom este perfume!

Estou feliz e Ele também pois está em contato com Suas origens. E quando nos separarmos e eu estiver sendo velado para me colocarem de volta à minha terra, possa sentir a presença de meu Senhor ao meu lado comovido e agradecido para os fins que lhe servi.

* Ivan é um ser humano muito especial que se juntou à Família Vidanova no ano passado. Esteve varias vezes em São Paulo desde então nos dando o prazer de sua companhia.
Este dialogo, ou melhor esta “comunhão” - entre Ele e o seu corpo - aconteceu durante uma viagem de carro em Goiás, em Dezembro de 2002, enquanto estava dirigindo sozinho na estrada, num trecho de 170 Km. Quando se apercebeu já tinha percorrido por volta de 70 Km sem qualquer registro na memória, ficando a profunda intuição e vontade de escrever este precioso texto.
Sergio Scabia


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Ivan Ademar Ditscheiner é um ser humano muito especial
que se juntou à Família STUM em 2002.
Esteve varias vezes em São Paulo desde então nos dando o prazer de sua companhia.
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