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O espaço da felicidade...

por Rubia A. Dantés em Espiritualidade
Atualizado em 08/04/2020 11:35:08


De tempos em tempos, volto a aprender alguma coisa com a arrumação dos armários... e, dessa vez, não foi diferente. Quando resolvi tirar tudo do lugar para me desfazer de algumas coisas que guardo, assim meio por guardar, surpreendi-me com uma percepção que tive que veio acompanhada de um sentimento de não dar conta...
Percebi que acumulava muita coisa porque não sabia o que fazer com elas e que, chegou a um ponto, onde meu armário estava abarrotado de coisas que guardava para adiar uma tomada de decisão.
Claro que isso bateu mais profundo e me revelou coisas que não eram ainda tão claras para mim como se tornaram a partir de então...
Naquelas partes de cima, onde a gente guarda o que não usa... e que acaba se esquecendo que um dia guardou... encontrei coisas das quais nem me lembrava que tinha, mas, ao me deparar com algumas delas, percebi que tinha uma certa dificuldade de me desapegar e de resolver o que fazer com elas.... algo aparentemente simples, mas que me causava um incômodo e uma falta de energia. Me lembrei que, de outras vezes, preferi adiar a decisão e deixá-las mais um pouco guardadas...
Como tinha muito espaço disponível, fui deixando-as ali... não usava, nem queria dispor delas... Quanto mais espaço, mais coisas desse tipo ia acumulando...
Mas, dessa vez, resolvi olhar de frente para tudo que ainda está pedindo por solução... por desapego... e resolvi esvaziar meus armários. Não pensem que está sendo fácil, vejo que quando chega um ponto, tenho dificuldade de continuar e num impulso me dá vontade de voltar com tudo e adiar mais um pouco essa arrumação.
Só que dessa vez, essa arrumação veio como parte de uma decisão profunda que fiz de mudar as coisas que não quero mais e que, por ter me acostumado com elas, fica difícil desapegar.
Rotinas... pontos de vista... escolhas que me prendem onde é mais cômodo e conhecido... e mais um monte de coisas que usamos para criar um casulo acolhedor e familiar onde podemos nos mover até o limite do conhecido... e só...
Mas, tem horas que esse casulo fica pequeno demais e apertado demais... e o aperto acaba tirando nosso ar... Parece que minha Alma está dando um ultimato... ou você sai do casulo ou ele a sufoca.
E optei por sair do casulo... e na arrumação dos armários foi onde eu vi partes minhas que, por apego ou medo... preferiam adiar do que resolver as coisas.... e decidi que não vou guardar nada por comodidade só para não ter que encarar de frente e escolher o que precisa ser feito aqui e agora...
E quando uma decisão profunda lhe move e você ultrapassa aquele ponto que sempre a fazia voltar atrás e deixar para depois... guardando o passado mais uma vez, você percebe que o obstáculo que parecia enorme era só um grãozinho de areia, mas, quando encarado de frente e removido lhe mostra que você pode ser muito mais forte e corajosa do que imaginou... e vê então que, o que a prendia ao passado era um tênue fio de ilusão...
Prendemo-nos de várias formas, umas visíveis... outras não... e as mais sutis são talvez as mais difíceis, porque se tornam grades aparentemente preciosas que podem parecer muito acolhedoras para serem abandonadas...
Mas, tudo que prende e limita costuma ocupar o espaço da felicidade...



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rubia
Rubia A. Dantés é Designer, cria mandalas e ilustrações em conexão...
Trabalhos individuais e em grupo, com o Sagrado Feminino, o Dom e o Perdão...
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