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O Sagrado

por Rubia A. Dantés em Espiritualidade
Atualizado em 08/02/2007 11:59:28


Final
No dia seguinte acordei pensando sobre as palavras daquele homem...
“Você se lembra de um dia em que fez o compromisso de trazer a sua verdadeira essência à tona”...
Pensei também naquela sensação de que a hora tinha chegado...
É claro que já tive essa sensação antes... sempre antecedendo alguma transformação profunda... uma morte-renascimento... quantas temos ao longo da vida...
Pensava nisso tudo quando de novo o telefone me chama e dessa vez era a moça que toma conta da casa nas montanhas, me falando que eu precisava ir lá para resolver algo.
Acho que tenho mesmo que me deitar naquela rede vermelha... pensei, e isso me fez decidir passar a noite lá

À medida que entrava na mata pela pequena estrada que sobe serpenteando as montanhas, foi me dando uma sensação muito forte de que estava voltando para casa...

Depois de resolver tudo que tinha me levado lá, me vi finalmente sozinha naquela montanha que tanto amo... e é claro, me deitei na rede vermelha na varanda... esperando que alguma coisa mágica fosse acontecer...
E nada...
Percebi então que tinha criado uma expectativa em cima daquela situação, pensando talvez que aquele homem pudesse voltar e me falar mais algumas coisas que clareassem mais nessa hora.... Enfim, fiquei ali um bom tempo e nada aconteceu...
Desisti e fui preparar a minha comida...

À tarde... o vento que sempre sopra ali, começou a ficar mais forte, balançando as árvores que faziam um barulho e um movimento que sempre me encantam.
Foi para ouvir o som do vento nas folhas que distraída me deitei na rede e me deixei levar devagar pelo balanço suave das folhas...
Nem sei quanto tempo fiquei ali porque, sem perceber... entreguei-me ao som e ao não fazer nada, entrando em outro estado de consciência...
Senti assim a presença daquele homem... mas era algo tão natural que não esbocei nenhuma reação...
Não perguntei nem esperei que ele me falasse nada...
Mas ele me falou de coração para coração... e eu fiquei ali recebendo o que ele me passava, sem tentar racionalizar sobre o que estava recebendo...
Aquilo fazia tanto sentido naquele momento e alimentava tanto a minha Alma que eu só recebia tudo com muita gratidão...

Mais tarde tentei organizar o que recebi em pensamentos e ficou muito clara a importância desse momento que estamos vivendo e a grande escolha que fazemos ao aceitar que não precisamos mais ficar presos a padrões antigos.
Se até então precisávamos de muito esforço e de fazer muitas coisas para alcançar determinada coisa, agora podemos alcançar a mesma coisa com extrema leveza.
Sem sacrifício
Isso acontece quando nos livramos dos limites tão antigos das velhas crenças que tentavam tirar o nosso poder.
Agora é um tempo em que os milagres são possíveis para quem acreditar neles.
Deixar morrer o velho para que o novo possa nascer...

Ficou muito forte que agora é hora de cada um realizar aquilo que veio fazer nesse planeta, cumprir o seu Propósito Divino. A chave, que cada um de nós tem, pode abrir muitas portas... e essa chave é ativada á medida que deixamos nossa verdadeira essência se manifestar...
De alguma forma esse contato me deu uma certeza muito grande que não precisamos mais nos sacrificar para acreditarmos que somos merecedores de todas as coisas boas... e que o cumprimento do nosso propósito não é algo tão difícil....
Pelo contrário... o que fazemos, ao esconder com muitas máscaras a nossa verdadeira essência, é que dá muito trabalho e requer muita energia.

Mais tarde, já deitada para dormir... enquanto o vento soprava cada vez mais forte, me deu a sensação de que nada seria mais igual... e isso me dava um pouco de medo... a sensação de morte.
Mesmo sabendo que essa sensação é indicio de uma transformação profunda, quando estamos perto desse limiar... dá medo...
E foi esse medo que senti...
Tentei fazer muitas coisas para afastar aquele medo indefinido...
Rezei... recitei alguns mantras... tentei colocar pensamentos bons na cabeça...
Mas nada disso adiantou... e fiquei com medo até do barulho do vento que agora era um pouco assustador... Agora o ventou uivava...

Foi então... que senti a presença daquele Homem de branco me lembrando de um “não fazer” que abre espaço para que fiquemos receptivos a uma força maior..
Era incrível como eu recebia o que ele me passava muito além das palavras... parece que elas já traziam a cura.
Então... aos poucos fui aquietando a mente... parei de tentar fazer qualquer coisa para afastar o medo... fiquei silenciosa... vazia de pensamentos, e isso me acalmou e me levou a uma sonolência muito boa...

Então... como em um sonho, no qual estava acordada, fui arrancada desse estado por uma força tão grande, que a princípio me espantou... mas esse sentimento logo foi trocado por gratidão profunda...
Vi-me no centro de um movimento indescritível... seja pela força, seja pela sensação maravilhosa... parecia que eu entrava em contato com o a força de todos os ventos e o Som do Universo...

O Sagrado me arrebatou para sempre...


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rubia
Rubia A. Dantés é Designer, cria mandalas e ilustrações em conexão...
Trabalhos individuais e em grupo, com o Sagrado Feminino, o Dom e o Perdão...
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