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Para Você pensar sobre Você

por Izabel Telles em Espiritualidade
Atualizado em 03/11/2003 11:24:02


De volta ao Brasil. Depois de quase dois meses atendendo meus clientes de Nova Iorque e depois Lisboa, estou de volta à minha casa física - porque nunca deixei de estar dentro da minha casa espiritual. Esta vai comigo para o Norte, para o Leste, para onde meu corpo for. Esta é minha primeira e verdadeira morada. Minha casa, meu altar, meu laboratório que vai clicando tudo que vejo, sinto, degusto e ouço e revelando em forma de hologramas, que meu fotógrafo imaginário vai arquivando neste organizado espaço chamado MENTE.

Vi, ouvi, degustei, senti uma infinidade de pequeninas e imensas paisagens que tenho gravadas dentro do meu Universo particular mas que poderá se tornar de todos nós num abrir e fechar de olhos.
Conto algumas paisagens sem fazer muito esforço.
Um rapaz desolado olhando pela janela as primeiras chuvas que anunciavam o outono chegando em Portugal. Ele ainda tinha a pele morena do verão causticante que atingiu aquele adorável país. Ele fitava desolado os pingos de chuva que traziam na sua alminha uns arrepios de frio. O outono caindo bravamente sobre o verão, lembrando a ele também que era chegada a hora de entrar para dentro de casa.

Revejo também minha querida amiga Maria Luisa que me ofereceu um jantar delicioso na sua casa regado a um belíssimo vinho tinto Alentejano. Depois do jantar ela chegou com um pacotinho perfeitamente embrulhado e quando abri encontrei um livro da Isabel Ferreira, A VERDADE SOBRE TI... Comecei a ler quando cheguei ao hotel e passei a noite toda lendo. Que perfeita e prática lição sobre os processos da mente esta autora tem. Parabéns, Isabel. Não a conheço pessoalmente mas seu livro é uma lição prática de como entender e disciplinar os processos de nossa verdade.

Mas vamos ao trabalho. Vamos refletir juntos sobre o tema que hoje apresento e que é sobre aquilo que mais gosto de pesquisar: A MENTE.
Para começar relembro a premissa básica: Tudo que você vive aqui neste mundo feito pelos homens, está primeiro na sua mente. Estamos combinados?

A partir desta premissa vem minha primeira pergunta:
- Qual é o sentimento que mais aflige você neste exato momento?
- Solidão? Por exemplo.
Quando foi que você percebeu a solidão pela primeira vez? Qual foi o momento em que a mente gravou a fotografia que representa a solidão dentro do seu arquivo mental? Como ela é?

Feche os olhos e vá buscar esta fotografia dentro da sua mente. Limpe esta foto. Use luz, som, água, fogo, esponja de aço, o que quiser. Limpe esta foto e coloque no lugar uma foto de um grupo onde você se sente incluída, amada, aceita, feliz.

Mas tem um outro jeito de olhar isso.
A solidão só é uma solidão porque você nomeou um sentimento com este nome. Porque a solidão não existe. Foi sua mente que criou e classificou um evento (usando as classificações que aprendemos no nosso meio cultural e educacional). Um homem sozinho pescando no Alasca não está só. Está? Um esquimó pilotando seu trenó no meio da maior vastidão fria do mundo não está só, está? Então a solidão não existe. Nós criamos solidão aqui fora porque nos desligamos da nossa essência. Aprendemos desde muito pequeninos que uma pessoa só é uma pessoa triste e infeliz. Quem disse? Uma pessoa só pode ser uma pessoa intensa, reflexiva, estudiosa, em harmonia consigo própria. Mas nosso sistema de crenças rotulou o ato de se estar só. E nossa mente acredita porque ela aceita tudo. A mente funciona como uma cera amolecida onde vamos enfiando fotos, personagens, marcas, impressões que mais tarde vão atraindo a mesma qualidade energética aqui neste mundo de fora. A mente, per se, não julga. Ela é um escravo obediente que obedece tudo o que você fala, vê, pensa, sente, ouve, degusta. Depois ela passa o tempo fazendo conexões.

Por exemplo:
Passo numa rua e vejo uma criança pedindo esmola na calçada. Imediatamente esta forte imagem vai buscar correlação dentro de mim de uma foto igual onde eu sou a personagem. Pronto, ela junta as coisas e minha sensação é de pena e compaixão porque reconheço dentro de mim uma criança abandonada, rejeitada, enfim esta série de atributos negativos que aprendemos a rotular dentro de nós. O que fazer então? E o mais interessante é que não tomamos conhecimento consciente disso. Saímos em disparada para ajudar ou socorrer a criança (muito bem!), mas sem tomar ciência de que desencadeamos dentro de nós uma lembrança igualmente dolorosa e que depois de acudir esta criança externa temos que acudir a criança interna. Como?

Quanto tiver chegado a um lugar seguro, onde possa sentar e fechar os olhos, então sentada, de olhos fechados, respire três vezes lentamente e veja, sinta, perceba ou imagine esta criança da rua dentro de você e ampare esta criança dando a ela uma família afetuosa, perfeita e amorosa onde ela encontra segurança e paz. Então respire e abra os olhos.
Faça este exercício por no mínimo 7 dias, sempre ao acordar.


De volta ao Brasil abraço amorosamente cada um de vocês e envio aos meus queridos clientes e amigos de Portugal o meu mais profundo e sincero abraço.


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izabel
Izabel Telles é terapeuta holística e sensitiva formada pelo American Institute for Mental Imagery de Nova Iorque. Tem três livros publicados: "O outro lado da alma", pela Axis Mundi, "Feche os olhos e veja" e "O livro das transformações" pela Editora Agora.
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