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Sinal Vermelho

por Izabel Telles em Espiritualidade
Atualizado em 12/02/2009 16:07:01


Alguns astrólogos vinham falando desde o ano passado, quando Plutão entrou em Capricórnio, que de 2009 em diante e por alguns largos anos os palcos da nossa civilização viveriam mudanças profundas e radicais com algumas tensões e muitos confrontos fortes.

Pensei que esta metáfora estaria representada, por exemplo, na guerra entre Israel e a Faixa de Gaza, ou nas greves que mobilizaram partes da Europa, ou na neve castigando fortemente os países onde ela aparece todos os anos. Ou na quebradeira geral da economia com suas demissões e cortes generalizados.
Mas não pensei - que inocência - que esta luta poderia também está na minha cidade, na minha rua, no meu dia-a-dia.

Dia 2 de fevereiro não será esquecido pela violência na favela de Paraisópolis, nesta capital. Vimos pela TV homens armados de paus, pedras, fogos de artifícios, ateando fogo em carros, batendo nos policiais e vice-versa, numa fúria somente comparada às imagens que recebemos das Tvs do Oriente.
Neste mesmo dia, não suportando mais ver as imagens, fui ao supermercado fazer algumas compras.
Bem, entrei e fiz minhas compras com o maior cuidado para que os produtos de limpeza não tocassem os alimentos - coisas de dona de casa perfeccionista!
Quando fui passar pelo caixa, a funcionária começou a jogar os produtos com tanta violência na esteira inclinada que algumas tampas saíram dos frascos despejando limpa-vidros, multiusos, ceras líquidas sobre o pão, a farinha e os ovos.
Olhando atônita para isso, perguntei porque ela fazia isso. Ela simplesmente respondeu que ia chamar o "cara do estoque" para ele trocar o que tinha quebrado ou sujado.
Agradeci e fui embora. Deixei tudo lá. Nem esperei fechar a conta.
Será que estou emanando alguma fúria que não estou percebendo?

Observo que as pessoas estão ficando cada dia mais agressivas, desesperadas, mal criadas, diria até um pouco cínicas.
Há um clima tenso no ar, uma evaporação de fluídos de revolta e desesperança...
Na verdade, sou meio antiga. No meu tempo quando a gente entrava numa loja, o vendedor ou vendedora sorria, perguntava se podia ajudar em alguma coisa. Fui mal acostumada.

Hoje, se não estão falando no celular, alguns vendedores/as estão conversando uns com os outros deixando o consumidor esperando que o assunto acabe.
No meu tempo, a gente agradecia, dava bom dia, boa tarde, boa noite, sorria para o outro num código de respeito e apreço.
As pessoas quando batiam o carro primeiro perguntavam ao outro se ele estava bem para depois ir olhar o estrago. Não me lembro de ver ninguém sair do carro de arma em punho.

Os assaltos no meu tempo eram até elegantes. Tinha o “Lanterna Vermelha” que entrava nas mansões e saía deixando tudo em ordem.
Imagine que nos outros tempos, os filhos respeitavam os pais, os avós e, como não existia televisão, as pessoas sentavam na sala e con-ver-sa-vam de forma elegante e calma, trocando impressões, comentando livros, relatando viagens.
Os alunos chamavam os professores de "professor/a". Tia era a irmã do pai ou da mãe.
É, sou eu que estou fora de moda.
Preciso me acostumar aos novos tempos!

Depois de refletir sobre isso voltei para casa e pensei em não sair mais por algum tempo. Estou com medo da reação das pessoas. O espírito da guerra está circulando no nosso sangue. Será Plutão em Capricórnio? Vou perguntar para a Graziella Marracini.

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izabel
Izabel Telles é terapeuta holística e sensitiva formada pelo American Institute for Mental Imagery de Nova Iorque. Tem três livros publicados: "O outro lado da alma", pela Axis Mundi, "Feche os olhos e veja" e "O livro das transformações" pela Editora Agora.
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