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Uma viagem espiritual com Shiva, o Maha-Deva!

por Wagner Borges em Espiritualidade
Atualizado em 21/08/2008 16:40:38


Nas asas da meditação, no centro do olho espiritual, surge uma visão.
É um círculo azulado, circundado por uma aura dourada. No centro do azul, uma estrela de cinco pontas, branco-prateada.
Uma força invisível me atrai para dentro da imagem, como se ela fosse uma passagem espiritual. Atravesso a estrela – verdadeiro portal interplanos – e me vejo por cima da imensidão do Himalaia.

Estou lúcido e sereno, incorpóreo, flutuando por cima da cadeia montanhosa.
Há uma fragrância sutil na atmosfera. Reconheço-a. É cheiro de sândalo.
E o mais incrível: vejo zilhões de partículas brilhantes permeando o ar.
Elas pulsam, enchendo a atmosfera de vida. Reconheço-as. São partículas de ( Prana – sopro vital; força vital; energia.) prana(*), o sopro vital.
Suspenso no meio dessa massa energética aérea, plena de vitalidade, sinto uma presença portentosa. Então, Ele surge à minha frente, montado num touro branco.
Sua figura gigantesca se destaca em contraste com o azul do céu.
Por obra de Sua graça sutil, estou na frente do Sr. ( Shiva - na Cosmogonia hinduísta, o Divino é representado por três aspectos fenomênicos: Brahma - O Criador, Vishnu - O Preservador, e Shiva - O Transformador.
Shiva é o senhor de todas as transmutações na natureza, é o senhor das energias e de todo movimento vital. Em muitas representações simbólicas, Ele é representado como o ´Nataraja´, O Dançarino Divino que faz o universo vibrar e girar em sua eterna dança cósmica. Por isso algumas imagens O mostram dançando dentro de uma roda (o universo).) Shiva(*), o Senhor das energias e das transformações, o mentor dos iogues, o ( Maha-Deva – maha: grande, vasto, imenso, grandioso – deva: divindade, ser celestial. Logo, Mahadeva significa ´Grande Divindade´, ´Grande Ser Celestial´, ´Grande Deus´.) Maha-Deva(*).
De forma que não sei descrever, Ele interpenetra minha mente.
Em frações de segundo, sinto que o universo inteiro pulsa dentro de mim.
Estrelas e seres estão em minha consciência, e eu neles, como uma só consciência, a d’Ele!

Ele sabe tudo sobre mim. Dessa e de outras vidas. Conhece os meus pensamentos e sentimentos mais secretos, desde sempre. No entanto, não sinto que Ele condena ou absolve nada. Ele apenas compreende e me respeita.
Sim, Ele me compreende e nada julga. Ele me respeita, assim como respeita a todos os seres, centelhas vivas d’Ele mesmo.
Com carinho, Ele vibra o ( Tridente de Shiva - dentro do contexto hinduísta, as energias se manifestam no plano fenomênico da existência em três aspectos vibracionais: Rajas (atividade), Tamas (inércia) e Sattva (equilíbrio ou pureza).
O tridente que Shiva carrega expressa essas três manifestações vitais (cada uma das pontas do tridente é uma das expressões energéticas). Sendo o Senhor das energias, nada mais natural do que Ele ´portar nas mãos´ o controle de suas manifestações.
Num contexto ainda mais esotérico, as três pontas do tridente também representariam os três nádis (condutos sutis – Ida, Píngala e Sushumna) que correm ao longo da coluna, e que são muito importantes na circulação da energia pelo corpo energético e nos processos de ascensão da Kundalini.
Inclusive, é muito comum vermos imagens de Shiva com diversas cobras najas penduradas pelo seu corpo. Elas representam a sabedoria, da qual Ele está repleto. Também representam a expansão da consciência (consciência cósmica, samadhi) nos processos ascensionais da Kundalini (Shakti).
Aqui, por e-mail, fica difícil explicar esses mecanismos bioenergéticos tão conhecidos dos iogues de todos os tempos e linhas.
Obs.: Alguns fundamentalistas cristãos associaram o tridente de Shiva e as cobras najas (que são apenas simbolismo iogue) à figura do diabo. E aí nem precisa dizer da confusão que eles fazem com isso, oriunda diretamente da falta de informação (ou, em alguns casos, de má intenção mesmo).) tridente(*) que carrega na mão direita. Então, três rajadas luminosas se projetam de suas pontas, para baixo, transformando o meu peito em sol.

E uma faixa de “luz viva” interliga o meu ( Chacra Cardíaco - é o centro de força responsável pela energização do sistema cárdio-respiratório. É considerado o canal de movimentação dos sentimentos. Por isso é o chacra mais afetado pelo desequilíbrio emocional. Bem desenvolvido, torna-se um canal de amor para o trabalho de assistência espiritual. Está ligado à glândula timo. O seu nome em sânscrito é ´Anahata´, o inviolável, o invicto, o som sutil do espírito imperecível.) chacra cardíaco(*) ao ( Chacra Coronário - é o centro de força situado no topo da cabeça, por onde entram as energias celestes. É o chacra responsável pela expansão da consciência e pela captação das idéias elevadas. É também chamado de chacra da coroa. Em sânscrito, o seu nome é ´sahashara´, o lótus das mil pétalas. Está ligado à glândula pineal.
Obs.: a pineal é a glândula mais alta do sistema endócrino, situada bem no centro da cabeça, logo abaixo dos dois hemisférios cerebrais. Essa glândula está ligada ao chacra coronário, que, por sua vez, se abre no topo da cabeça, mas tem a sua raiz energética situada dentro dela. Devido a essa ligação sutil, a pineal - também chamada de ´epífise´ - é o ponto de ligação das energias superiores no corpo denso e, por extensão, tem muita importância nos fenômenos anímico-mediúnicos, incluindo nisso as projeções da consciência para fora do corpo físico.) chacra do topo da cabeça(*).Na verdade, não sei se essa energia vai do peito para cima, ou de cima para o peito, pois me parece uma coisa só, e os dois (Chacras - são os centros de força situados no corpo energético e que têm como função principal a absorção de energia - prana, chi - do meio ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Além disso, servem de ponte energética entre o corpo espiritual e o corpo físico.
Os principais chacras são sete – que estão conectados com as sete glândulas que compõem o sistema endócrino: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical, sexual e básico.) chacras(*) também, parceiros da mesma expansão da consciência. Ao mesmo tempo, escuto o seu ( Mantra – palavra oriunda de Manas: Mente; e Tra: Controle; liberação – Literalmente, significa ´Controle ou liberação da mente´.
Determinadas palavras evocam uma atmosfera superior que facilita a concentração da mente e a entrada em estados alterados de consciência. Os mantras são palavras dotadas de particular vibração espiritual, sintonizadas com padrões vibracionais elevados. São análogos às palavras-senhas iniciáticas que ligam os iniciados aos planos superiores.
Pode-se dizer que os mantras são as palavras de poder evocativas de energias superiores. Como as palavras, são apenas a exteriorização dos pensamentos revestidos de ondas sonoras, pode-se dizer também que os mantras são expressões da própria mente sintonizada em outros planos de manifestação. ) mantra(*) ecoando por dentro de mim:
Om Namah Shivaya, Om Namah Shivaya, Om Namah Shivaya...
O amor me inunda e eu me dissolvo na consciência d’Ele, o Maha-Deva, Senhor de todas as transmutações. Entrego-me à luz, completamente, sem barreiras, pronto para qualquer coisa, nas mãos d’Ele.

Ficar ou partir, voltar ao corpo ou mergulhar no turbilhão estelar, descer ou subir, que seja o que Ele decidir.
Nele, com Ele, por Ele, que seja feita Sua vontade, e não a minha!
No centro da luz, Ele ri e me olha de maneira divertida e profunda. Sinto-me como uma criança diante do Seu olhar.
No centro do meu Ser, Ele me passa alguns toques conscienciais preciosos e me fala de trabalhos a realizar e de luzes e sentimentos espirituais a serem compartilhados entre os homens e os espíritos.

Finalmente, Ele me ordena voltar para o corpo, nas ondas do ( Dharma – dever, missão, programação existencial, mérito, bênção, ação virtuosa, meta elevada, conduta sadia, atitude correta, motivação para o que for positivo e de acordo com o bem comum.) Dharma(*).
Daí, uma força invisível me puxa abruptamente pelas costas e eu caio de volta dentro da estrela. Passo por ela e me vejo encaixado no centro da testa, de volta ao padrão normal de lucidez.
Abro os olhos e me lembro de tudo e compreendo...
Olho o relógio e vejo que se passaram duas horas desde que fechei os olhos para meditar. Mexo o corpo e fico surpreso, pelo mesmo não estar dolorido ou estalando, depois desse tempo sentado e imóvel. Pelo contrário, os movimentos estão flexíveis e eu quero andar um pouco.
Ainda sinto a fragrância de sândalo no ar e o amor d’Ele em mim.
E a luz segue viajando aqui dentro, mas continuo não sabendo se é do peito para cima, ou se do peito para baixo, pois é uma coisa só, cheia de amor.
Oxalá, um pouco dessa fragrância d’Ele viaje junto com esses escritos, até outros corações sensíveis às coisas do espírito.
Que as energias d’Ele abençoem a todos os leitores, de hoje e de amanhã, encarnados e desencarnados, terrestres e extraterrestres, na Terra e além, como deve ser.

Om Namah Shivaya*!
*Mantra evocativo das vibrações espirituais de Shiva.
Obs.: Para maiores detalhes sobre Shiva e seus diversos aspectos e simbolismos, favor ver o texto ´Nas Luzes de Shiva, O Mahadeva´- postado no site do IPPB, no seguinte endereço específico:
link

Paz e Luz.


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Wagner Borges é pesquisador, conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros.
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