Viajando espiritualmente na forja estelar
Autor Wagner Borges
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 06/11/2025 09:14:02
E rindo, igual criança arteira, no infinito do coração.
No bojo da expansão da consciência, eu me tornei estrela...
Ou, melhor dizendo, me reencontrei.
Eu me fundi com o universo?...
Ou foi o universo que se fundiu em mim?
As vagas de estrelas se espraiavam pelo infinito...
E eu surfava nelas.
Nos mares do eterno, submergi nas ondas do samadhi*...
Ah, eu me dissolvi na Grande Luz.
Miríades de astros ardiam na imensidão...
Sob o aceno da mão da Mãe Divina.
O tecido sideral cantava a vida...
E eu percebia isso, em meu coração.
A música das esferas ressoava em tudo...
Ah, o OM se expandia sobre si mesmo, infinitamente.
Então, alguém invisível me disse que era hora de voltar para o mundo...
E, assim, eu fiz, rindo muito, igual criança arteira.
E, quando retornei me lembrei de Paramahamsa Ramakrishna...
Que, um dia, me disse: "Viaje espiritualmente pelo útero da Mãe Divina."
E eu lhe perguntei: "Nas ondas do samadhi?"...
Ah, ele riu e me disse: "Sim, mas só por um pouco!"
Daí, eu pensei: "Depois das estrelas, o que vêm?"...
Ele captou isso, e me disse: "Depois das estrelas, o trabalho no mundo".
E, rindo, ele arrematou: "Vá trabalhar, meu filho, como quer a Mãe Divina!"
P.S.: Lá em cima é aqui, em mim.
Pois as vagas estelares se espraiam pelo meu coração.
No oceano cósmico da Mãe Divina, eu sou um de seus peixinhos.
Por Ela, eu nado, trabalho, aprendo e sigo...
Às vezes, aqui, neste mundo de provas e expiações, eu também vejo estrelas.
Sim, elas estão aqui, aqui, aqui...
(Abaixo, o link do CD que eu estava escutando enquanto editava estes escritos.
Dawn Melodies - do músico colombiano Leonardo Rubinstein.)
- Wagner Borges - mestre de nada e discípulo de coisa alguma.








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