Viajando espiritualmente na forja estelar - Parte 2

No centro da noite, junto com a brisa da madrugada, chega um chamado sutil.
Eu escuto-o com o coração... E meus olhos ganham o brilho do infinito,
Parte de mim, em espírito, se liga a outros climas, algures, na imensidão da vida...
A outra parte, a humana, escreve de improviso o que o coração ordena.
E, por entre os planos, com o espírito no ar, e o corpo sentado, o amor vem...
Algo desce aqui, e eu me recolho em mim mesmo, com receio de não ser forte.
Sim, receio de não aguentar o tranco de tanto amor no meu pequeno coração.
Retraído, eu me sinto acariciado pela luz, por dentro, como um afago do Céu.
Sem saída, entrego-me ao fluxo desse amor, que vem da nascente do Eterno...
E algo acontece: um jorro de luz dourada sobe pela minha coluna, até o coração.
Dentro dele, a luz transborda... E surge um rio luminoso, cheio de almas livres...
Elas nadam para o infinito, felizes e conscientes, na luz de um Grande Amor.
Observando tal espetáculo, sou invadido por uma alegria espontânea.
Sinto a liberdade deles em mim mesmo. A alegria deles é a minha.
É como um sonho... Elas estão voltando para casa, na luz do Eterno.
E eu sinto que há um Poder Maior, magnânimo e sereno, ajudando-as na passagem.
Alguém, que é como uma Mãe Sutil, vela pelos sonhos deles, e também pelos meus.
Alguém que me acaricia, sem que eu veja, e que viaja junto com as almas livres...
Ah, as almas livres estão rindo... E eu olho-as daqui, dentro de mim mesmo.
Eu não as invejo, pois sei que cada coisa tem seu tempo. Só fico admirado...
Sei que elas fizeram por merecer a liberdade espiritual. Ralaram muito...
E eu admiro-as, torcendo para que, quando for a minha hora, eu também esteja rindo.
Como agora, quando a Mãe delas faz o rio entrar no infinito, na direção de casa.
E, ao mesmo tempo, Ela, que também é minha Mãe, toca o meu coração, e me diz:
“Obrigada. Seus irmãos estão em casa. Eles passaram pelo seu coração, que é da luz.
Saiba que, mesmo na carne, é possível ser livre... Quando a luz guia a jornada.
E só reconhece a luz, o que é da luz. É o amor que move a tudo e a todos, sempre...”
Então, o amor segue... E eu fico aqui pensando no carinho e na grandiosidade d’Ela.
Ela, a Mãe das almas livres, que também é minha Mãe, e de todos os seres.
Ela, que faz correr o rio das almas, por entre os planos, na luz de um Grande Amor.
Ela, que, novamente, fez o meu coração virar rio de luz, e iluminou minha noite.
E eu fico aqui, cada vez menor, admirado, e pensando nas almas livres e felizes.
E também sonhando em ser como elas, no dia em que a Mãe vier me buscar.
Oxalá, quando chegar essa hora, que eu esteja rindo e nadando num rio dourado.
Por enquanto, vou rindo por aqui mesmo, pois o que é da luz reconhece a luz.
P.S.:
No centro da noite, eu oro e agradeço.
Penso nas almas livres, e fico feliz demais.
A alegria delas é a minha.
A liberdade delas é uma inspiração.
A Mãe delas também é a minha.
E Ela vela por todos nós...
Enquanto um Grande Amor embala nossos sonhos.
(Dedicado às almas livres, que, por merecimento, voam felizes, por aí...)
Paz e Luz.
Wagner Borges – seu colega de evolução, cada vez menor diante de um Grande Amor, que não se explica, só se sente...
São Paulo, 14 de março de 2009.






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