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Viajando na nave do discernimento consciencial

por Wagner Borges em Espiritualidade
Atualizado em 01/12/2006 11:46:38


Há muito tempo que várias tradições religiosas falam da vinda de um ser superior para colocar a casa em ordem na Terra. Para uns, é o Cristo; para outros, o Maytreya; e, outros mais esperam a descida de Kalki ou de algum outro luminar espiritual. Ou seja, tem sempre alguém esperando a descida de algum ser celeste por aqui.

Na verdade, essa esperança é antiga, e o que muda são apenas os discursos e os arautos que pensam representá-lo, cada um com sua suposta verdade, sempre calcada na fé (que deve ser respeitada sempre, pois a liberdade de expressão é direito inalienável de cada um, desde que não “encha o saco” dos outros que pensam diferentemente, nem tente doutrinar o discernimento alheio).
Porém, quando as coisas não acontecem como o esperado, ou a profecia de alguém falha, a decepção aparece. Então, vemos vários fiéis abandonando a nave de sua fé, porque o lance esperado não rolou; e outros, reinventando explicações e remarcando datas, como se suas consciências dependessem da descida de alguém de fora para resolver suas encrencas de dentro.

Há muitas explicações e muito “disse me disse”, mas poucos fatos concretos para embasar o que se acha; e, também, pouca fé, pois quando o coração arde verdadeiramente na sintonia de algo maior do que o ego humano, pouco ou nada representa a profecia ou o arauto tal; vale mais o que o amor diz dentro da alma; vale mais sentir a luz de dentro, que sabe, mesmo sem ver.
Logo, a preocupação maior deveria ser portar tal luz dentro do coração e não se deixar envolver por pessoas e coisas de fora, sempre sujeitas a mudança de interpretação ou de foco.

A nave tal vai pousar ou não? Jesus, Kalki, o anjo e os ETs, vão descer ou não?
Sinceramente, sei lá! E isso não tem importância alguma, pois o melhor está dentro de cada ser humano mesmo. O ruim é não tomar consciência de que o perigo está na nave dos próprios pensamentos não descer no campo de pouso do coração e, assim, perde-ser na necessidade de seres celestes de fora terem que vir fazer o serviço por nós.
Esse é o grande perigo: valorizar a vinda de alguém de fora, prescindindo da própria capacidade de regeneração e progresso. Esquecer-se de que se é uma centelha do Todo que está em tudo; privar-se de andar pelas próprias pernas e venerar o céu de fora, esquecendo-se do céu de dentro, real e muito mais próximo do que se imagina.

Sei lá o que vem por aí... Tudo é possível; mas, é uma benção não depender de possibilidades relativas (como tudo na vida) para ser feliz. Com nave ou sem elas; com Cristo, Krishna ou Buda; com espíritos, Ets ou anjos; precisamos todos nós de uma boa dose de discernimento e amor em nós mesmos.
Precisamos ser felizes, aqui e agora; o momento presente é o que existe; o amanhã dependerá do que realizarmos hoje. E, mesmo que não fosse assim, ainda dependeria de cada um de nós a mudança de dentro, pois essa é sensível ao que pensamos e fazemos.

Se grandes mestres descerem por aqui novamente, penso que é isso o que eles diriam aos homens. E, se eles não descerem, penso que a própria consciência, no tom do bom senso e da inteligência, é que deveria dizer isso a si mesma.
De qualquer forma, ao observar os olhares injetados dos supostos arautos e suas reações diante de quem não aceita seus vaticínios, prefiro ficar mesmo com o bom e velho discernimento em ação.
Na nave de minha vida, quem voa alegre e pousa feliz sou eu!
Que, um dia, finalmente role um contato com outros seres do universo, não porque alguém vaticinou isso, mas porque é provável mesmo, principalmente tendo consciência da imensidão sideral e do anseio de conhecer outras plagas do Cosmo, que não deve ser coisa apenas dos seres humanos.
Que esse encontro seja num dia bem ensolarado, longe de vaticínios apocalípticos e de pessoas medrosas, para saudarmos junto com eles a beleza da natureza.
Para voarmos alegres e pousarmos felizes, juntos.
Até lá, vamos tocando a bola e tentando ser felizes, da melhor maneira possível, aqui e agora, pois o que somos depende do que pensamos e do que fazemos. E isso ninguém jamais fará em nosso lugar (nem Cristo ou os ETs): evoluir por nós!
Com nave ou sem elas; com Cristo ou não; discernimento a todo vapor, por favor!

- Nota: Esses escritos não são direcionados a alguém (ou algum grupo) especificamente. E retratam, naturalmente, apenas o meu ponto de vista (relativo, como o de todos) sobre a sobreposição de vaticínios religiosos com a temática ufológica. Ninguém é detentor da verdade. Por isso, precisamos de mente aberta, pois, na vida, tudo é possível; mas, sem abdicar do filtro do bom senso e do discernimento nas ponderações. E, também, sem irritações descabidas ou ataques pessoais aos outros, por causa dessa ou de outra opinião; para quem raciocina, a questão é sempre a da discussão de idéias, nunca sobre pessoas.

- Wagner Borges –
Nascido no Rio de Janeiro em 1961, é projetor-pesquisador, conferencista e autor de nove livros: "Viagem Espiritual Vols. 1, 2 e 3", "Uma lição Extraterrestre", "Falando de Espiritualidade”, “Cia. do Amor - A Turma dos Poetas em Flor - Vols. 1 e 2”, “Falando de Vida Após a Morte” e “Ensinamentos Extrafísicos e Projetivos”.
É o fundador do Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas - IPPB - link
É colaborador de várias revistas: “Sexto Sentido”, “Espiritismo e Ciência”, "UNNO", "UFO" e “Revista Cristã de Espiritismo”. – Também colabora com artigos no “Jornal de Umbanda Sagrada”, "Jornal O Guaíra" e no Jornal “O Legado”.
É colunista de vários sites da Internet.
É o produtor e apresentador do programa “Viagem Espiritual”, na Rádio Mundial de São Paulo – 95,7 FM. (às 5as feiras, das 19h às 20h.).


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Wagner Borges é pesquisador, conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros.
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