Visões e sonhos da outra dimensão
por Wilson Francisco em EspiritualidadeAtualizado em 11/11/2005 12:34:08
Débora é uma colaboradora do site, dentre tantas criaturas que se disponibilizam a conversar comigo sobre a vida e seus mistérios. Ela narra uma experiência interessante, após ter lido o meu artigo "MUNDO PARALELO: A LUTA AINDA NÃO TERMINOU".
Acompanhemos a Débora, nessa sua incursão por este mundo paralelo:
“Morei em um bairro, que apesar da aparente calmaria, sempre me causava um medo indefinido. Sentia ‘uma violência no ar’, mas não compreendia o que poderia ser. Mudei de lá depois de muitos problemas e desentendimentos familiares. Minha mãe mora neste mesmo bairro agora e por esse motivo voltei a circular por lá, e ‘vejo’ pelas ruas onde ando um cenário diferente e às vezes sonho com este lugar cheio de casas destruídas, queimadas, gente machucada, desamparada. Parece-me existir ali mesmo uma favela ou um aglomerado de gente muito pobre, com alto grau de violência. Fico pensando se seria algo que aconteceu nesse lugar há muito tempo, ou será que vejo uma outra dimensão, deste mesmo lugar.
Hoje em dia não existe mais a tranqüilidade que conheci. Agora tudo está realmente se tornando muito agressivo. Será que posso ajudar de alguma forma sutil?
Esta multivivência sua, ou seja, “estar nas duas dimensões”, se dá em função de uma qualidade especial que você conquistou. Você não é a única, há muitas criaturas que tem este “dom”, que para os evangélicos é a manifestação do Espírito Santo; para os espíritas é mediunidade, mas há muitas outras definições.
É como se você tivesse um “chip”, que pudesse ser plugado a qualquer momento, por iniciativa sua (consciente ou inconscientemente) ou por interesse de “alguém” do outro lado, que recebe ou tem a permissão para acionar o processo.
Este ambiente, Débora, percebido por você em sonho ou através de uma “visão transdimensional” de que você é portadora, existe, sim. E está localizado em outra dimensão em tempo e espaço diferenciado. Não pode ser tocado, nem visto por todas as criaturas, mas é real e pode interferir em nossa existência. Somos todos seres multidimensionais, vivendo no corpo e na região do Espírito.
E esta multivivência na atualidade está permitindo ao ser humano o desenvolvimento de “virtudes” divinas.
Hoje, seres de alta expressão interferem na estrutura genética das criaturas, induzindo o universo celular de cada um a realizar mutações que as façam transcender o corpo de carne. Estas mutações abrem canalizações antes conseguidas tão somente através da ação do Espírito Santo ou Espíritos Superiores, como referi acima.
Portanto, mesmo que você não seja portador(a) de uma faculdade mediúnica ou não “receba” o Espírito Santo, ainda assim você pode desenvolver qualidades transcendentais que lhe permitirá acessar estes “outros cenários”.
Isto posto, passemos a outra parte da questão: O que você pode fazer?
Se você tiver vocação social, um bom caminho será estabelecer programas de apoio e orientação, organizando na comunidade em que vive, grupos de teatro, música, esportes etc. que atuem para alterar e transformar o ambiente do lugar; os eventos podem ser realizados atraindo crianças e adultos para as praças ou para outros locais, como salão de festas, igreja, etc. Estas iniciativas contribuiriam bastante para sanear o ambiente.
Gilberto Dimensten, na Rádio BCN, em 04 de junho deu uma notícia importante: há 45 dias não acontecia nenhum assassinato no Jardim Ângela. Em 1996, este bairro foi considerado pela ONU o lugar mais violento do mundo. O jornalista atribui este fato às atitudes tomadas pela comunidade, liderada pelo Padre Jaime e com a participação das escolas do bairro e da polícia. Unidos, empreenderam várias ações que resultaram nessa transformação.
Seguindo nossa investigação sobre o assunto, indagamos: pode qualquer pessoa interferir nesse “outro” ambiente, que segundo a Débora existia na atmosfera do bairro antes mesmo das ocorrências de violência? Aquele lugar estava destinado a ser um bairro violento?
As minhas experiências indicam que, por exemplo, num lugar onde existiu um matadouro, a atmosfera ficará infectada por causa do ódio irradiado pelos animais abatidos e também pela presença de vampiros espirituais que sugam a energia desses ambientes. Tanto as energias de ódio, como a presença desses Espíritos, plasmarão painéis, telas e campos de energia que poderão interferir por um longo tempo aquele lugar. A desmobilização e erradicação dessas energias que existem nesse lugar e permeiam o mundo físico dependem de alguns fatores: a construção de templo religiosos, criação de praças bem floridas, lagos, realização de eventos religiosos, musicais e sociais de amparo social.
Portanto, a partir dessas experiências entendo que nesse caso citado não houve fatalidade, ou seja, o tal bairro mencionado pela Débora poderia ter sido protegido, evitando-se que se tornasse um lugar violento. Ela “recebeu” o recado e com certeza muitas outras criaturas foram convocadas pelo Universo para fazer uma intercessão ali. Nada foi feito, pelo visto.
Aliás, quem já não teve, de repente, uma vontade enorme de realizar alguma coisa em sua casa, em seu bairro. É comum essa intuição. Somos nós os arquitetos do Universo. Ou será que ainda acreditamos que Deus, o criador desse maravilhoso mundo, é que tem de realizar o Bem e a Paz, apesar de nos ter dotado de um corpo, que é uma máquina extraordinária, acrescido de faculdades psíquicas de grande alcance?
Na verdade, não estamos aqui no Planeta Azul a passeio, para realizar um convescote. Cada um de nós, dentro de sua amplitude espiritual é um ser divino, com competência plena para pensar, sentir e agir. Quando a criatura pensa, sente e age como um ser divino, quebram-se as algemas, faz-se luz e a Paz se plenifica, em tudo e em todos.Na atualidade, estamos observando dois processos que merecem nossa reflexão: a contaminação do gado pela febre aftosa e a gripe aviária. Sem desmerecer a opinião de especialistas e da medicina, o meu entendimento é de que estas duas contaminações são oriundas da energia da corrupção, das guerras e da promiscuidade existencial. Estas atitudes da criatura humana transformam a atmosfera do Planeta num campo bastante propício para a proliferação de vírus e bactérias e elementos mutantes que destroem ou inviabilizam a qualidade da vida humana.
Louis Pasteur descobriu a existência do vírus, abrindo para a humanidade um caminho de luz para a proteção e restauração da saúde humana. No entanto, um pouco antes de morrer ele fez uma declaração extraordinária: O perigo não está no vírus, mas no campo. Essa declaração do grande cientista abre uma discussão importante. Lógico, é preciso combater a febre aftosa e descobrir o elemento que causa a gripe do frango. Porém, a ciência deve estar dirigindo sua atenção para o campo, isto é, para os ambientes que estão se contaminando, com a devastação das matas, com os poluentes que são dirigidos para os rios e a contaminação do ar.
Por outro lado, compete às religiões e aos políticos, descontaminar a sociedade das atitudes ilegais, corruptas, negligentes que infectam a humanidade, organizando “campos energéticos” extremamente propícios para a procriação de vírus e bactérias mentais que incendeiam corações fragilizados, desenvolvendo neles o ódio; que esvaziam cérebros juvenis, para abandoná-los ao domínio da cocaína; que marginalizam almas algemando-as nos pelourinhos da mágoa que as corrompem levando-as para o suicídio.
Tenham absoluta certeza, vocês que me lêem: Não teremos mais Tsunami, cocaínas, crimes, corrupções e Katrinas quando permitirmos e incentivarmos a existência de outras tantas Déboras, vários Padres Jaimes e tantas outras criaturas que percebam, sintam e tenham atitudes do Bem e da Paz, para alavancar as almas desfibradas; para devolver o verde vivo e brilhante de nossas árvores e para tornar de novo cristalinas as águas de nossos rios e mares.
Em algum lugar debaixo das estrelas, Deus tem uma tarefa para você realizar e nenhuma pessoa poderá realizá-la por você. Horace Buschell.
