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Algo sobre a Grafologia

por Sergio Scabia em Psicologia
Atualizado em 20/06/2000 00:37:17


Para a maioria dos Grafologos modernos tudo começou com o italiano Camillo Baldi que em 1.622 escreveu um pequeno livro sobre esse tema. Mas tudo andou muito devagar até 1.871 quando Jean Hippolyte Michon (O Abade Michon) em Paris, na França, deu nome aos bois (grafo - escrevo; logos - teoria ou doutrina) e publicou um jornal sobre Grafologia.
Dizem que Michon, que chegou a ser o pregador oficial em Notre Dame, mandou abrir uma janelinha no seu confessional e que pedia ao devoto que contava suas mazelas - protegido pelo segredo da confissão - que escrevesse e passasse para ele numa folha de papel (que ele fornecia junto com a caneta) algumas linhas com sua letra e assinatura. Entre um penitente e outro provavelmente o que tinha sido dito em segredo passava para as anotações do abade, (acredito eu na própria folha recolhida durante a confissão) começando assim a associar a escrita com os aspectos da personalidade dos fieis.

A energia e o entusiasmo que ele colocou na divulgação dessa novíssima técnica foram suficientes para que estudiosos e pesquisadores finalmente desenvolvessem as bases solidas sobre aquela que ainda hoje é considerada a pedra fundamental. J. Crepieux Jamin, também francês, é unanimemente considerado o maior organizador e inspirador da moderna grafologia com seus tratados e seus livros; ele a organizou em 7 categorias e 175 aspectos dominantes.
A contribuição do alemão Ludwig Klages foi a introdução dos conceitos de nível de forma e o ritmo da escrita sendo que ambos não dependem dos sinais gráficos mas na forma da escrita como um todo que outros grafologos chamaram de sinais invisíveis.

A Suíça contribuiu com Max Pulver que via a folha em branco como o mundo que ia ser desbravado de acordo com a natureza da pessoa, velozmente mas com hesitação, lentamente com os olhos sempre voltados ao passado, ou numa impulsiva busca que tudo quer abraçar. Pulver notou as inclinações para cima das pessoas espiritualizadas e os mergulhos profundos das pessoas de natureza mais "terra".
Ela também sabia que a maioria desses impulsos são inconscientes que nos governam tanto quanto (ou mais) que as nossa atitudes e decisões conscientes.

A escrita é sobretudo visual e os simbolismos ajudam a pessoa treinada a perceber o penetrar o mundo individual de acordo com conceitos mentais.
A psicologia entra de mãos dadas e Carl Gustav Jung tem contribuição importantíssima - não podemos deixar de lembrar o seu livro Tipos psicológicos que conduz à avaliação do caráter da pessoa. Sua discípula Anne Teillard foi a primeira a escrever um livro de grafologia no qual a psicologia tinha um papel predominante.

Infinitos são os campos aonde esta técnica pode ser empregada, e vão desde o teste para a empregabilidade, uma compatibilidade de um casal de namorados até uma fonte preciosa de dados para um diagnostico sobre o estado físico de um paciente.

"Grafologia é o estudo da estrutura psicológica do indivíduo, feito através de sua maneira de escrever". É o estudo do caráter, mas também do momento especifico que a pessoa atravessa, e é ferramenta excelente para ajudar no diagnostico e orientar no preparo da melhor formula utilizando por exemplo a Terapia Floral.

Isso não é extraordinário? Experiência, pesquisa, intuição... mais um caminho preciosíssimo na direção do evolução e do bem estar.
Tudo isso é fascinante. O autoconhecimento que conquistamos através da grafologia permite inclusive que, ao mudar conscientemente traços desarmoniosos, os aspectos relativos venham a ser trabalhados positivamente (Grafoterapia). De fato, ao repetir continuamente esses gestos e movimentos estamos perpetuando o circulo vicioso de um padrão errôneo.

Sim, cada movimento da mão que escreve representa um estado interior.
Sim, temos mais uma técnica que funciona para demonstrar a unicidade de cada ser humano, com milhões de combinações, fruto de duas centenas de sinais e símbolos. Cada indivíduo que existiu, existe ou existirá é único e como tal tem de ser tratado. Não é fabuloso isso? Sim, pois mesmo os que já passaram para o outro lado é como se ainda estivessem conosco, pois, a escrita que eles deixaram tem uma "aura" que os imortaliza no bem e/ou no mal.

Como em outras técnicas, porém, podemos estar numa polaridade negativa, que julga, rotula e até condena o ser humano objeto da analise, ou na positiva que busca em primeiro lugar os bons aspectos do indivíduo e que o incentiva na direção da expansão dessas características...

Bom, mesmo que na escola tenham tentado até o fim fazer com que nossa escrita fosse idêntica à dos outros, com o passar do tempo, as experiências de vida, os fatos marcantes do nosso desenvolvimento nos levam a assumir um estilo cada vez mais personalizado e que pode ser reproduzido somente pelo próprio indivíduo e mais ninguém.
Existe somente um caso conhecido de pessoa que pelo amor e admiração e 30 anos de convivência podia imitar a escrita do esposo: Ana Magdalena Bach e nada menos que Johan Sebastian Bach... bom até a musicalidade? Sim. Ana também era música... Mas este é o único caso conhecido.

Conheceremos os oito tipos de personalidade que podem ser identificados pela grafia, verificaremos a harmonia, o ritmo, o nível de forma, a pressão, a velocidade, a direção, a dimensão, a continuidade, e muitos outros sinais particulares.
Conheceremos o significado do espaço (ou como distribuímos a nossa escrita pela folha de papel). Verificaremos as polaridades Marte/Vênus, a libido, as emoções e/ou a sua ausência, o nível de atividade, a introspeção e a extroversão e muito mais...
Bom proveito...
Sobre o material contido nesta categoria: Os mais profundos agradecimento a Margareth Gullan~Whur cujo livro "The Graphology Workbook" - The Aquarian Press - foi fundamental pano de fundo para produzir o trabalho.


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sergio
Sergio Scabia é co-fundador do Site Somos Todos UM
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