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Como se comportar diante uma rejeição?

por Silvia Malamud em Psicologia
Atualizado em 26/05/2021 16:55:23


Feche os olhos, respire fundo e observe a sua própria respiração. Pouco a pouco, vá percebendo que dentro de você existe um universo não palpável, só seu e que lhe pertence. Sim, você pertence a si mesmo e a mais ninguém, portanto, absolutamente nenhuma pessoa jamais terá a capacidade de lhe roubar de si mesmo. Em algumas circunstâncias de vida, até pode se esquecer disso a ponto de suspeitar de que não há mais ninguém lá dentro. A ponto de imaginar que sem um outro ao seu lado, a sua existência inexiste. Engano. Você é, sempre foi e sempre será o absoluto para si mesmo.

Vale lembrar-se de como funcionamos: as nossas máquinas biológicas são modeladas por meio de uma tecnologia fantástica que visa a própria sobrevivência, somos tecnologicamente programados para isso. Podemos pedir ajuda quando estamos tristes e sair das crises, sejam elas quais forem, mas no final, sempre quem faz o serviço somos nós mesmos. Ninguém o fará para nós. A lição de casa do autodesenvolvimento é somente de responsabilidade nossa e no fundo todos nós sabemos disso. Uma mão estendida, um olhar amigo até podem ajudar, mas jamais serão suficientes para fazer o que temos que fazer por nós mesmos. O crescimento e o aprendizado, via de regra, sempre é individual.

Exercícios bons para sair das imagens que lhe provocam a percepção da rejeição ou mesmo qualquer percepção que lhe cause algum desconforto: por apenas um momento olhe para dentro de sua tela interior e observe as imagens e os acontecimentos do mundo afora apenas como imagens. Observe tudo o que se passa como se fossem cenários que vêm e vão, e que passam pelas vidas de todos nós. Respire fundo e conecte-se com a sua respiração enquanto faz este exercício. Espere por alguns instantes e, quando sentir-se mais relaxado em seu próprio corpo, oriente seu olhar para compreender que esses são apenas cenários criativos desenhados, composições que muitas vezes criamos em conjunto com outras pessoas... Na sequência, mude seu olhar de posição e veja as mesmas cenas como se você estivesse plainando numa vista aérea, voando ou dentro de um avião. Observe esse filme de vida como se fossem paisagens e perceba que eles dão certo apenas enquanto estão fazendo sentido para aqueles que os constroem. Irrestritamente todas as criações sempre têm um começo, um meio e um fim e quando são feitas em conjunto, portanto, parceiros de criação, pelos motivos mais adversos, podem inclusive, desistir de participar dos processos partindo para desenhar outras histórias, em outros cenários... faz parte da vida.

Portanto, permanecer sofrendo por uma suposta rejeição, quando o outro desiste de participar do mesmo cenário que o seu, é apego na criatividade do que está sendo desenhado em conjunto ou do que já foi construído até agora. Seria como um artista que se confunde com a sua própria obra.

Se após este exercício, ainda assim, estiver colado nessa situação, ainda pensando por demais e sofrendo, como cura emocional, sugiro que feche os olhos novamente e faça uma série de respirações profundas e prazerosas até que se sinta mais confortável dentro de si mesmo. Em seguida, observe-se na tela que lhe provoca a sensação que o faz sentir-se mal com a suposta rejeição ou o que seja, redesenhe-se nela a ponto de começar a sentir-se pleno e feliz na nova realidade que esta criando em sua tela interior. Para que este intento realmente aconteça, em primeiro lugar, você deve ir de encontro a esse cenário e, na sequência, vê-lo também como uma imagem criada e descolar-se dela, a ponto de deixá-la verdadeiramente ir. Fazendo isso, você estará apto para criar e se associar à outra nova tela, até que esta um dia também possa se esvair e você possa partir outra vez para outras infinitas experiências. Sem apego.

Existem inúmeras situações em que o descolamento das telas podem ocorrer. Tem gente que faz esportes e num dado instante desidentifica-se de uma situação, meditação também pode ajudar muito. Pode-se estar tomando um banho e isso ocorrer. Basta focar no objetivo de descolar de um cenário perturbador e confiar que o seu cérebro fará o serviço.

Às vezes, quando se compreende essa dica, tudo fica mais fácil, mas para algumas pessoas a detecção dessas telas não é tão simples assim. As pessoas em geral esquecem de si mesmas e fica difícil de se fazer o autorresgate de modo individual. Nessas ocasiões, o suporte e auxílio terapêutico com pessoas capacitadas podem fazer toda a diferença. Ajustes sempre serão necessários fazermos por toda a nossa vida.

A nossa máquina biológica é extremamente eficiente. Confie, ouça os sinais e esteja desperto.
Visão interior e autoconsciência. Quem tem, pode ver e fazer além!



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silvia
Silvia Malamud é colaboradora do Site desde 2000. Psicóloga Clínica, Terapias Breves, Terapeuta Certificada em EMDR pelo EMDR Institute/EUA e Terapeuta em Brainspotting - David Grand PhD/EUA.
Terapia de Abordagem direta a memórias do inconsciente.
Tel. (11) 99938.3142 - deixar recado.
Autora dos Livros: Sequestradores de almas - Guia de Sobrevivência e Projeto Secreto Universos

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