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Não existem uniões por acaso?!

por Luís Vasconcellos em Psicologia
Atualizado em 17/03/2003 18:13:52


RELACIONAMENTOS formam-se e se consolidam de acordo com leis internas definidas. Vivências compartilhadas fortalecem estes vínculos.
É o que está por trás da expressão: "Perdi a cabeça completamente"!!!!!

Esta noção de finalidade ou sentido, destino e ideal a ser atingido (levando-nos a ilusões e expectativas além da realidade aparente) aponta a presença de forças inconscientes poderosas e de eficácia indiscutível.

O que projetamos de nosso na cena a ser vivida com outra pessoa nos pertence, assim como a ela suas projeções e fantasias, sonhos e necessidades existenciais, igualmente projetadas sobre nós. UM e OUTRO, cada qual a seu tempo tomam a si a responsabilidade e a presença existencial no papel de "condutor do processo", muito mais freqüentemente movidos por necessidades e impulsos inconscientes do que conscientes.

As projeções entrecruzadas de ambas as partes formam uma cena inconsciente onde uma história pode ser desenvolvida ou um roteiro ser cumprido. Isso nasce do fato de que nossas projeções só são eficazes se o(a) candidato(a) a "ancora-las" se encontram em sintonia e vibração compatíveis. Em assim não sendo provavelmente nem paixão nem enlevo são possíveis.

Estamos imersos em um mecanismo impessoal, um processo (de POLARIDADES) e em um sistema que nos obriga a funcionar dentro de regras e leis específicas. É o seu peculiar funcionamento que precisamos conhecer, e sobretudo compreender. A compreensão traz o entendimento e o perdão. É preciso ter grande força de vontade e determinação para aceitar dar um "basta" aos conflitos, inseguranças, disputas, "discussões de surdos".

Esta reflexão em torno de nossos desempenhos nos relacionamentos tem o objetivo de criar oportunidades de percepção e de experiência das POLARIDADES PSÍQUICAS, dando aos envolvidos no processo, os elementos necessários à compreensão / explicação da ação das POLARIDADES em suas vidas, tanto no âmbito introvertido das relações com o próprio Inconsciente, quanto no âmbito extrovertido das relações interpessoais mais significativas.

Alguns exemplos facilmente visíveis destas conseqüências são as diferenças entre pessoas identificadas e apegadas à polaridade masculina ou feminina, ativa ou passiva; e que são percebidas de fora como poderosas ou impotentes, cheias de si mesmas ou inseguras quanto à própria capacidade de realização. De fato, cada um de nós carrega em diferentes proporções ambas as polaridades, mas em decorrência de especializações e propensões pessoais, acabamos nos especializando em uma ou em outra destas facetas de nós mesmos, em detrimento das demais. Acreditamo-nos capazes de umas coisas e incapazes de outras, bons nisto ou naquilo e ruins em outras áreas de experiência. Naturalmente projetamos sobre o OUTRO tudo aquilo que não é aceito como pertencente ao EU.

Estamos sempre em luta com o mundo que "se recusa a se comportar em acordo com nossos desejos e expectativas". Podemos ficar indignados ou revoltados, mas esta sempre será uma tentativa frustrante e frustrada de submeter o mundo aos nossos próprios e limitados meios e recursos; trata-se de uma intenção infantil de força-lo a comportar-se de acordo com nossas necessidades e limites, renunciando ao "inesperado", ao "novo" e ao "desconhecido". Esta é a tendência básica de quem quer controlar, manipular tudo e todos, para forçar a continuidade de suas próprias adaptações passadas. Toda pessoa rígida é assim. Há tentativas de controle tipicamente dentro da polaridade ativa e há tentativas de controle tipicamente dentro da polaridade passiva.

Faz-se hoje em dia extremamente necessário demonstrar que no mais das vezes é um MECANISMO que TEM SUAS PRÓPRIAS LEIS aquele que comanda nossos atos, sentimentos, valores, opiniões etc. (em termos de polaridades), nas interações de paixão, de amor, de simpatia - mas também nas antipatias, ódios ou negações - MECANISMO INCONSCIENTE que, enquanto tal, nos domina.
Nossa única chance de influir sobre este MECANISMO é conseguir a maior consciência possível de sua ação, para podermos agir em suas etapas e ajudar a definir os seus resultados.

Se o mecanismo pode ser compreendido e se o modo de compreende-lo é bom, não se pode temer a vida, temer experiências ou controlar as manifestações de vida do OUTRO, como se houvesse alguma coisa CERTA para se fazer.

- Aviso do Autor:
Esta semana o canal 41 da rede NET abordará o tema "Sono e Sonho."
Com evidente prazer, tive a oportunidade de apresentar algumas características (e objetivos) do trabalho do psicólogo com os sonhos. Convido vocês a assistirem o programa.

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luis
Luís Vasconcellos é Psicólogo e atende
em seu consultório em São Paulo.



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