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Psicoterapia Reencarnacionista em 10 lições - Parte 2

por Mauro Kwitko em Vidas Passadas
Atualizado em 17/12/2004 11:40:52


2ª Lição: A Personalidade Congênita

Contrariando a concepção básica da Psicologia oficial de que a nossa personalidade se forma a partir de aspectos genéticos, familiares e sociais, a Psicoterapia Reencarnacionista diz que nós já encarnamos com uma personalidade definida: a que viemos apresentando nas nossas últimas encarnações. As características individuais do nosso modo de agir e de reagir são as tendências que já trazemos latentes conosco e que, no confronto com as situações da vida terrena, passam a manifestar-se. São modos de pensar, de sentir e de expressar-se que trazemos em nossos corpos emocional e mental, que nos caracterizam e que já nascem conosco. Nós não formamos uma personalidade, nós a revelamos. Somos um Ser de vários corpos, sendo o físico o único facilmente visível, por isso parece que apenas ele existe, mas além dele temos o corpo emocional, dos sentimentos e emoções, e o corpo mental, dos pensamentos.

Após a morte, que é apenas a morte do corpo físico, mais tarde, ao reencarnarmos, aqui chegamos no mesmo nível de sentimentos e de pensa¬mentos de quando saímos da última vida terrena e, portanto, cada um de nós, ao passar pelas situações atuais da vida intra-uterina e da infância, vai reagir a seu modo. Isso é facilmente observável em famílias com vários filhos, em que cada um tem a sua maneira de ser desde nenê: um é bravo, impaciente e agres¬sivo, um outro é calmo, suave e meigo, um outro se magoa com facilidade, é retraído e entriste¬ce-se facilmente, e assim por diante. Tudo é uma continuação, nós somos o mesmo que desencarnou na vida terrena passada, apenas mudamos a nossa forma física, o nome e os demais rótulos, mas permanecemos intrinsecamente iguais.
Essas tendências negativas revelam, por si só, o que viemos curar, ou melhorar, ao reencarnarmos. O que acontecerá serão reforços ou atenuações des¬sas características pelas vivências atuais, intra ou extra-uterinas, e no decorrer da encarnação, ou seja, a piora, a melhora ou, às vezes, a mera manutenção do que já veio conosco ao nascermos. Esse aspecto intrínseco (o que já veio) rotulado como genético, na verdade é energético, pré-genético, ou seja, são características impressas em nossos corpos emocional e mental.

Nós já nascemos com características próprias, inerentes a cada um de nós, de¬senvolvidas durante as sucessivas encarnações. Então nós observamos as crianças calmas e as agitadas, as carinhosas e as refratárias ao carinho, as egoístas e as altruístas, as organizadas e as bagunceiras, as extrovertidas e as introverti¬das, as autoritárias e as submissas, as medrosas e as corajosas, etc. Tudo é uma continuação, "vida" após "vida". Aí revela-se a Personalidade Congênita.
Não estamos negando as conseqüências das vivên¬cias e situações às quais somos submetidos na nossa infância, elas são da maior importância, mas, na verdade, são apenas reforços patogênicos às características de personalidade, pensamen¬tos e sentimentos que já trazemos de vivências anteriores a essa encarnação, ou seja, trazemos uma tendência a reagir emocionalmente de uma determinada maneira a certas situações específicas. E essas tendências inerentes a nós, no confronto com situa¬ções que as fazem aflorar e manifestar-se, irão apenas revelar o que já existe em nós, que é o que veio para ser melhorado, ou curado. Essa é a nossa principal Missão ao reencarnarmos; a outra é a busca de harmonização com Espíritos conflitantes.

Esse modo de ver e exercer a Psicoterapia amplia enormemente os horizontes traçados pelos enfo¬ques tradicionais, que só trabalham com o limitado espaço de tempo entre o início e o fim dessa vida.
Nós reencarnamos para nos "limpar¬mos" de sentimentos e pensamentos ainda inferiores, não somos perfeitos, passando por situações que os fazem aflorar e transparecer, com o objetivo evolutivo de os enfrentar¬mos e vencermos. Aqui estamos, novamente, para detectar essas características negativas e modificá-las positivamente, o que ainda não conseguimos em tentativas anteriores (encarnações passadas), ou então já conseguimos, mas, com o passar dos séculos, as recriamos novamente.

Nós reencarnamos para encontrar nossas imperfeições, mas quando as encontramos não gostamos das pessoas e/ou situações que as fazem aflorar... Exemplificando: um paciente refere um forte sentimento de re¬jeição e mágoa por ter-se sentido abandonado e não-querido durante a infân¬cia. Acredita que a causa disso foi o fato de seu pai não ter assumido a pater¬nidade e abandonado a família. Esse paciente revela, desde criança, uma postura perante a vida calcada nesses sentimentos e durante sua vida freqüentemente sente-se triste, magoado, e com a sensação e o medo de ser rejeitado. Mas inúmeros outros pacien¬tes, que quando crianças passaram por situações semelhantes, não referem esses pensamentos e sentimentos ou, pelo menos, não em nível tão profundo. Por quê? Claro que fatores atenuantes como atenções e orien¬tações dos demais familiares, atendimento psicológico precoce, etc., ajudam a que isso não ocorra de modo grave. Mas a explicação para o fato daquele paciente ter demonstrado enormes sentimentos de abandono e rejei¬ção, ou seja, ter sentido aquela situação de um modo tão intenso (e outras pessoas que passaram por situação semelhante não terem sentido tanto assim), é que ele já trazia essa tendência consigo - a de sentir desse modo - de situações semelhantes vivenciadas em encarnações anteriores, e que nessa encarnação sofreu mais um reforço, pela atitude paterna.
O psicoterapeuta reencarnacionista deve falar sobre reencarnação com seus pacientes, sobre a necessidade dos nossos reencontros, sobre os cordões energéticos, sobre o Karma, ou seja, passar ao paciente uma visão da infância e da vida do ponto de vista reencarnacionista.

É sobre o aproveitamento da encarnação que o psicoterapeuta reencarnacionista conversa com seus pacientes, ajudando-os a aprofundar seu entendimento sobre a vida terrena, ajudando-os a ver as coisas de uma maneira diferente de como viam antes. O conhecimento da reencarnação amplia enormemente a compreensão dos fatos “negativos” da infância e da vida terrena. Nós descemos do Plano Astral para a Terra para passar por fatos “negativos” necessários e para nos purificarmos passando por eles. Os exemplos multiplicam-se na lida diária do consultório. Aquele desfiar de mágoas, tristezas e rai¬vas não é real, é uma visão equivocada de um propósito maior, anterior, mas esquecido. São ilusões vivendo de ilusões e realimentando-se patologicamente. O que está acontecendo de “negativo” conosco é mais uma oportunidade de eliminarmos uma tendência inferior, como a raiva ou a mágoa, a Lei do Retorno, ou ambas?

Nós não recordamos dos objetivos, das metas e das decisões pré-reencarnatórias porque durante a vigília a nos¬sa Consciência permanece o tempo todo no corpo físico enquanto que essas informações estão no corpos sutis. Durante o sono (do corpo físico) a nossa Consciência sai e vai para esses corpos, mas quando acordamos não recordamos o que aconteceu, o que vivenciamos, o que aprendemos, ou parece sonho, ou pesadelo... Quando nosso corpo físico morre e a nossa Consciência assume o corpo astral, passamos a ter acesso a essas questões e aí vêm os arrependimentos, as lamentações, as expressões "Ah, se eu tivesse me lembrado”... ou "Ah, se eu soubesse”...
Entre as premissas básicas da Psicoterapia Reencarnacionista colocam-se as tendências que trazemos (o que queremos curar) e as situações que as fazem aflorar, aparentemente negativas e desagradáveis, mas necessárias para nosso crescimento e evolução. Devemos conversar com os pacientes sobre essas questões e enfatizar a finalidade da encarnação: a busca da purificação, da evolução espiritual.

Fomos acostumados, por uma Psicologia não-reencarnacionista, a acreditar que nossos problemas psicológicos e características negativas de personalidade são oriundos dos fatos da infância. Mais recentemente, as situações durante a gestação passa¬ram a ocupar também o seu lugar na "gênese" dos traumas, não as negamos, mas não atribuímos a esses fatos a origem dos nossos proble¬mas emocionais. Quem nasceu com raiva, irá reagir desse modo às situações que em outra pessoa irá se manifestar como tristeza, em outra como timidez e insegurança, em outra como medo e assim por diante, sempre dependendo do que trazemos conosco ao reen¬carnarmos. E pelo que vemos nas regressões é como viemos nos comportando e sentindo há séculos.

É um obstáculo à cura as pessoas atribuírem seus sofrimentos e características negativas de personalidade aos fatos de sua infância e às situações no decorrer da vida. O que não se pensa é justamente o que estou colocando aqui, do porquê de se reagir de uma determinada maneira a essas vivências. Os pacientes depressivos atribuem a sua depressão aos eventos tristes de sua vida desde a infância, mas não pensam por que reagiram/reagem com depressão a esses fatos. Preferem culpar alguém, vitimizar-se, buscar explicações e justificativas para o fato de serem depressivos. A explica¬ção é simples: eles reagem com depressão porque re¬encarnaram com uma tendência a reagir com depressão às dificuldades e aos obstáculos da vida terrena. E o que precisam entender é que isso é justamente a sua meta pré-reencarnatória, a sua Missão, e as situações aparentemente dificultosas e limitadoras irão se suceder em sua vida até que eles curem essa tendência. Ela já estava lá, ao reencarnar, na sua Personalidade Congênita. As pessoas ou situações que as fizeram/fazem manifestar-se não são preju¬diciais para a sua evolução, pelo contrário, estão lhes mostrando o que vieram curar em si.

Muitos pacientes referem medo, baixa auto-estima, falta de confiança, etc., e costumam atri¬buir essas características a fatos de sua infância e/ou situações da vida. O raciocí¬nio é o mesmo: por que reagiram/reagem com medo e insegurança ante esses fatos? Por que não reagiram/reagem com agressividade e rebeldia, por exemplo? Porque trazem medo e não raiva, insegurança e não rebeldia, e é o que devem curar em si. Por que eu reagi/reajo assim? Dessa maneira saberemos o que viemos curar, ou melhorar, nessa encarnação.

Os tímidos vieram curar sua timidez; os medrosos, o seu medo; os raivosos, a sua raiva; os ciumentos, o seu ciúme; os invejosos, a sua inveja; os materialistas, o seu materialismo; os egocêntricos, o seu egocentrismo; os desconfiados, a sua desconfiança; os deprimidos, a sua depressão e assim por diante. Devem entender que já nasceram com essas tendências e que os fatos da sua infância e os do decorrer da vida são fatores reveladores, e não causadores, dessas inferioridades que devem eliminar. A passagem aqui pela Terra, que é o Astral Inferior, tem a finalidade de nos mostrar nossas inferioridades e, então, tudo o que acontece ou o que "nos fazem" são elementos reveladores dessas características que viemos curar, para nos libertarmos delas, através da mudança de postura. Não devemos culpar ninguém que nos ajude a detectá-las, pelo contrário, devemos agradecer, pois estão atuando a nosso favor.



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clubestum Mauro Kwitko é médico auto-licenciado do Conselho de Medicina para poder dedicar-se livremente ao seu trabalho como psicoterapeuta reencarnacionista. Em 1996, começou a elaborar e divulgar a Psicoterapia Reencarnacionista. É fundador e presidente da ABPR. Ministra Cursos de Formação em Psicoterapia Reencarnacionista e Regressão Terapêutica há muitos anos, tendo formado centenas de psicoterapeutas reencarnacionistas.

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