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A LÁGRIMA DA LUA

A LÁGRIMA DA LUA
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No reino infinito do Universo
Há uma lenda de real beleza;
“A Lua, com ternura e singeleza”,
apaixonou-se pelo Sol perverso.
Mas, não podendo o seu grande anelo,
aborrecer as Leis da Natureza,
Ela foi obrigada, com tristeza,
A não realizar o sonho belo!
E teve ainda um castigo infame;
- foi condenado a não amar alguémnem ser admirada por ninguém.
(embora - às escondidas – eu a ame).
Na sua interminável desventura
Ela passou a caminhar errante:
Vivendo de quadrante em quadrante
Pra esconder a face de amargura.
E ela ficou fria... diferente...
E, se tristonha a sua dor deplora,
a chuva e o orvalho que ela chora
são devorados pelo Sol ardente!
Outrora, lastimando a sina ingrata;
em noite escura – estando o céu sombrio
Seu pranto ia perder-se na cascata.
Quando havia seresta, em lua-cheia,
Ela descia a Terra e – de relance
Chorava escondido o seu romance
e ocultava as lagrimas na areia.
Um dia, apressada e distraída,
Quando ela quis voltar ao firmamento,
Talvez por lamentável esquecimento,
Deixou uma das lágrimas perdida!...
E certa noite enluarada e bela,
Apareceu, em ressequida folha,
Uma pequena e desprezada bolha
de pranto – luminosa como estrela!
Mas... as asas sutis do esquecimento
Levaram-na pra longe... – ela se esconde!
Pois nunca mais souberam para onde
Foi a folha levada pelo vento.
Porém, se causticante o Sol flutua,
Aqui, evaporando-se, ignorado,
Infelizmente eu sou a triste gota
de lágrima deixada pela Lua!

Bernardino Nilton Nascimento
[email protected]


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