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A responsabilidade também é nossa

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E a cidade amanhece...
As pessoas tentam voltar ao seu ritmo normal.
Mas em cada canto paira a insegurança.
Em cada rosto está expressa a cruel dúvida: “Até quando seremos vítimas de tanta violência?”
O que se presenciou nos últimos dias parecia uma verdadeira guerra.
Inocentes morreram, criminosos também, quantas mães não choraram a morte de seus filhos?
E a sociedade assistiu atônita a tudo isso.
Até quando?
É a pergunta que agora, depois da batalha, fica no ar.
Procuramos os responsáveis pelo ocorrido, culpamos as autoridades, nos sentimos desprotegidos e até parece que Deus também nos abandonou.
Mas será que também não temos responsabilidade por tudo isso que está acontecendo?
Será que não nos fechamos demais em nossos mundos internos, batalhando freneticamente pelo sucesso, pelo dinheiro, pelos louvores humanos e nos esquecemos de que o que realmente importa são os bens espirituais?
Será que a nossa vaidade e orgulho não calaram os gestos de solidariedade?
Estamos tão apressados e preocupados com os nossos problemas que nem notamos as pessoas que estão ao nosso lado. E muito menos se precisam de ajuda.
Um sorriso ou um bom dia sincero passou a ser algo em extinção.
A solidariedade se tornou uma palavra estranha ao nosso vocabulário.
Queremos sim, justiça, punição aos criminosos e uma sociedade mais protegida, mas o que cada um de nós está fazendo?
Não estamos apenas nos protegendo em nossas casas, estamos construindo imensas muralhas que nos isolam do mundo.
Recusamos-nos a estender a mão.
A socorrer quem perdeu tudo, até a esperança.
Deixamos a fé guardada naquela velha gaveta.
Pedimos auxílio a Jesus, mas nem nos lembramos mais dos seus ensinamentos.
Rogamos proteção divina, mas não praticamos a fraternidade.
Queremos um combate intensivo ao PCC, mas quantas crianças, futuras integrantes do bando, poderíamos socorrer com um simples gesto de caridade?
Quantas lágrimas poderíamos evitar se decidíssemos arregaçar as mangas?
Quanto desespero acabaria se vencêssemos o desânimo e nos tornássemos soldados da paz?
Sim, muita coisa poderia ser feita.
Chorar os mortos é louvável, mas levar esperança e levantar os vivos que estão caídos se faz necessário.
Afinal, a responsabilidade também é nossa....

Sônia Carvalho
16/05/06

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