Aceitar os dois lados da Vida
Atitudes
I - Atitudes diante de derrotas
Se considerarmos o fato de que a vida é um jogo, e sem dúvida, sob certo ponto de vista, ela o é, compreendemos que ela será pontuada por vitórias e derrotas. Sendo assim, sabemos que ninguém está livre disso.
Todas as grandes figuras da história da humanidade sofreram derrotas, muitas delas humilhantes. Mas foram realmente grandes aqueles seres que, apesar das derrotas, não deixaram de lutar, não aceitaram a derrota como ponto final. As grandes figuras não incorreram no erro de acreditar covardemente que, por terem sido derrotadas, tinham de desistir. Podemos resumir a atitude desses homens de valor na seguinte frase: “Posso ser derrotado muitas vezes, mas não desistirei”.
Há um provérbio chinês que diz: “Se caíres sete vezes, levanta-te oito”.
II - Atitude diante dos dois lados da vida
O grande Leonardo da Vinci nos dá uma lição importantíssima no seu estranho desenho onde o prazer e a dor são representados como irmãos siameses.
O que Leonardo nos transmite através dessa obra, pouco conhecida do grande público, é que existe uma verdade incontestável: a de que a vida comporta, obrigatoriamente, dois lados inseparáveis que são o agradável e o desagradável, o desejável e o indesejável, o bom e o mau. Essa verdade foi sempre reconhecida pelos grandes sábios da humanidade.
Não compreender esse fato faz com que não o aceitemos. E isso traz uma conseqüência desastrosa para nós, pois passamos a vida lutando desesperadamente na expectativa de que não nos aconteçam coisas desagradáveis. No entanto, a realidade é bem outra.
Precisamos, pois, ficar cientes de que a vida é uma rua com duas calçadas: uma mais luminosa e outra mais sombria. Se compreendermos esse fato, encontraremos a atitude adequada para conviver com esses irmãos siameses. Passaremos, então, a aceitar tudo, confiantes de que qualquer coisa que nos aconteça nos tornará um ser humano melhor.
A verdadeira coragem consiste em aceitar os dois lados gêmeos da vida.
PAULO A. S. RAFUL
LAURO DE A. S. RAFUL
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