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APENAS POR UM SEGUNDO

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Certa vez, um relógio começou a preocupar-se: "Tenho que bater duas vezes por segundo, 120 vezes por minuto, 7.200 vezes por hora, 172.800 vezes num dia e 63.115.200 vezes num ano. Meu Deus! Em dez anos terei de bater 631.152.720 vezes. Isto é demais para mim". E desesperou-se.
Depois de chorar algum tempo - se é que os relógios choram - teve um lampejo de sabedoria: não posso bater 630.720.000 vezes, mas posso perfeitamente dar as duas "pancadinhas" deste segundo. Ele fez isso. Já são mais de vinte anos que ele continua batendo duas vezes por segundo.

Uma das piores doenças modernas é o famoso estresse. Já existia no passado e era chamado de depressão. Hoje grande parte da população vive no limite, vive estressada. Não dorme direito, e porque não dorme direito, perde em qualidade profissional e em alegria de viver. Eles têm a mesma lógica inicial do relógio, preocupados com milhões de batidas que precisam dar e esquecem que o importante são as duas batidas deste segundo.

Os Alcoólicos Anônimos buscam a superação de seu problema nessa ótica. É difícil alguém assumir uma postura: nunca mais vou beber. Imagina mil situações, festas, amigos, um copo de cerveja gelada... "Isso é impossível para mim!" Mas ele pode dizer: "Nas próximas 24 horas, ou mesmo, nas próximas 12 horas, não vou beber!" E assim se constroem os dias, semanas, meses, anos e a desejada sobriedade. Cada dia renovando seu propósito por apenas algumas horas.

Esse método serve para outras dimensões. Por um dia eu posso ser bom, sorridente, compreensivo, estudioso, cumpridor dos deveres. Por um dia posso aceitar o colega antipático ou o vizinho implicante. Só por um dia posso manter limpo meu ambiente de trabalho. Só por um dia posso tirar um tempo maior para rezar, estudar ou recuperar tarefas atrasadas. Por um dia. Qualquer pai pode dispor de um tempo exclusivo para os filhos que gostariam de brincar com ele ou visitar um amigo doente.

O segredo está em planejar por um dia, executar cada tarefa como se fosse a primeira e última vez. E não se trata de alienação ou engano. O passado já está fora do meu alcançe e o futuro ignorado. Meu, inteiramente meu, é o presente. Minha obrigação é dar as duas pancadinhas deste segundo.

Eu posso tranqüilamente carregar um pequeno peso hoje. Mas se colocar em minhas costas todos os pesos que terei de carregar num ano, certamente vou sucumbir. "Para cada dia basta seu peso", nos adverte a Bíblia Sagrada. Hoje vou tentar resolver os problemas deste dia. Mas um problema de cada vez.

Isso vale também para a oração. Não devo pedir a Deus luzes e inteligência para toda minha vida. Posso e devo pedir a Deus luz para o próximo passo. Depois, certamente, virão novos passos e novas luzes. O tempo de Deus é hoje, por isso chamamos tempo presente. É um presente de Deus. E Deus, que é a divina sabedoria, pede a fidelidade apenas por um segundo.

Fr. Aldo Colombo
https://www.capuchinhosrs.org.br


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