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As Cartas de Cristo (Carta 6 - Parte 3) – O ensino correto da Unidade e Igualdade na infância

As Cartas de Cristo (Carta 6 - Parte 3) – O ensino correto da Unidade e Igualdade na infância
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A dor e o sofrimento que surgem da concordância ignorante com os impulsos do ego persistirão, até que minha Verdade da Existência seja plenamente compreendida e os princípios geradores da vida tornem-se um guia consistente dos hábitos de pensamento e de respostas às experiências da vida.
A igreja descreve esta dificuldade humana como “tentação de Satanás”. Não se trata disso. Este é um processo natural causado por reações incontroladas diante da vida, provocadas pelos Impulsos do Ego, cujo único propósito é o de trazer felicidade e contentamento individual, satisfação da necessidade – ou – intimidade, independência, segurança, paz... tudo direcionado para a SOBREVIVÊNCIA.

Deve entender-se que não há nada de mal no impulso do ego. Ele é o instrumento necessário da criação. É o indivíduo por si mesmo quem provoca os desequilíbrios na vida, ao dar ao impulso do ego o pleno controle de sua personalidade, sem pensar ou ter consideração por outras pessoas.
Isso também não deve ser julgado, nem criticado, uma vez que a pessoa que está possuída pelo impulso de seu ego não conhece outra maneira de pensar ou de operar dentro da dimensão terrena.
A criança nada sabe sobre o autocontrole além daquilo que os seus pais e mestres da escola ensinam para ela. Portanto, os erros que comete ao responder perante a vida com os seus altos e baixos só podem ser aceitos com bom ânimo pelos pais e mestres, uma vez que a criança não tem compreensão do que a está impulsionando.
Se ela quer algo – o QUER imediatamente e se pergunta por que não pode tê-lo. Não há nada mais em sua mente do que isso. Ela vê algo de que gosta – e o quer.
É cruel dizer a uma criança bruscamente: “Não, não pode tê-lo”. Isso insulta e agride o seu sistema inteiro. Desde a mais precoce infância, o processo de educação da criança deve iniciar-se com lógica e confiança – afirmando seu direito de sentir-se seguro em seu ambiente. Seu sentido de segurança deve ser desenvolvido pela explicação da maneira correta de expressar os seus desejos. É o AMOR – e não a irritação ou a raiva – que deve escolher as palavras que expliquem à criança por que não pode ter o que quer. A criança escutará a mensagem quando for dada com amor. Quando for dada com impaciência, provocará seus impulsos do ego mais profundos e começará a assumir a forma de ressentimento – aberto ou oculto – ou um sentimento de frustração profundamente arraigado, que fere o ego, reduzindo o sentido natural de valor próprio da criança. Uma criança necessita possuir este sentido natural de valor pessoal que não deve ser subjugado ou destruído.
É necessário que os pais e os mestres sinalizem à criança, muito claramente, que as outras pessoas do mundo também têm necessidades, seus direitos sobre suas posses, seus desejos de paz e prazer. Ninguém, criança ou adulto, tem o direito de perturbar outra pessoa com a finalidade de obter a sua própria satisfação!
Se uma criança bate em outra e isso a faz chorar, é natural que a criança agredida, pelo impulso de seu ego, queira reagir de volta – ela está programada para defender-se do outro. Isso requer que pais e mestres ensinem às crianças que a vingança em um conflito somente o aumenta, trazendo mais dor para cada criança e, por esta razão, a vingança não tem sentido algum. O melhor é optar pelo RISO e contornar a situação. E em lugar de permitir que continue na mente a irritação e a dor, é melhor levar o problema à CONSCIÊNCIA DIVINA em oração, pedir que a dor seja removida de sua consciência, e buscar um modo de reconciliação.
É necessário também ensinar à criança a tirar tempo para compreender que ela e a outra criança são igualmente nascidos do Momento Divino. Quando uma criança é espiritualmente receptiva, pode converter em hábito o processo de identificar sua afinidade espiritual com as outras crianças e com todo ser vivo, e reconhecer que os “direitos dos demais são iguais aos seus próprios”; assim ela terá recebido o maior dom espiritual possível. Desta maneira, enfraquece-se o impulso do ego pela prática e aplicação diária do amor inspirado, enquanto o “Eu original” da criança permanece forte e seguro de si mesmo.
Deve-se ensinar à criança os benefícios do riso, que descreverei e explicarei em uma das próximas Cartas.
Portanto, o ensino qualificado e sensível é absolutamente necessário para levar a criança a considerar os direitos dos demais como – IGUAIS AOS SEUS PRÓPRIOS DIREITOS.
Esta é a lei espiritual que deveria predominar no lar e nas escolas.
Qualquer outra lei que julgue as circunstâncias é defeituosa e sem equilíbrio
.
A melhor instrução dependerá – não da vontade do professor e da atitude de “por que Eu disse e pronto” – mas de uma referência sistemática, em cada circunstância, ao “amor fraternal” e aos direitos iguais para todos.
Ao mesmo tempo, uma criança não deveria ser doutrinada no “autossacrifício”, uma vez que este tipo de cuidado deve ser desejado e originado somente das percepções e objetivos espirituais do indivíduo.
O autossacrifício nasce da iluminação espiritual, do seguir um caminho mais elevado, do negar o pequeno eu a fim de eliminar as barreiras do ego que obstruem a capacidade de sintonizar-se com a universalidade da Consciência Divina. O verdadeiro e iluminado autossacrifício leva a consciência espiritual às alturas da alegria. Não há nenhum tipo de sentimento de perda.

Parte 81

Leia também a Parte 83

082/C6

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